O relevo terrestre é formado a partir de agentes internos e moldado pelas forças exógenas que atuam sobre ele. Ao interagir de maneira direta e indireta, esses fatores podem modelar a forma das rochas e compor diferentes formatos de relevo.
Para te auxiliar na compreensão das forças exógenas, o Estratégia Vestibulares resumiu os principais conceitos e tipos de agentes externos que atuam sobre a Terra. Acompanhe a seguir e, ao final, revise o conteúdo com questões de prova do assunto.
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O que são forças exógenas?
As forças exógenas do relevo são aquelas situações, substâncias, forças (entre outros) que atuam sobre a superfície terrestre e podem mudar a forma dela com o passar do tempo.
Esses agentes podem causar erosão e intemperismo, além de que a ação do homem aparece como uma alteração significativa na forma da Terra. Nos tópicos a seguir, você pode conhecer melhor as diferentes forças exógenas.
Forças exógenas: Erosão
A erosão é um tipo de força endógena em que as substâncias são transportadas de uma região para outra, o que altera o relevo em pelo menos um dos locais. Ou seja, esse processo acontece a partir da movimentação das massas e pode ser, principalmente, representado pela água, em diferentes níveis de atuação.
Água
A água é uma força exógena fluvial quando, por exemplo, um rio corre em uma região e a força do fluxo d’água causa recortes nas rochas e montanhas, como fissuras e profundidades.
As chuvas, quando são escoadas são considerados agentes pluviais que afetam, com mais frequência, a encosta de morros e podem causar o deslizamento de terras nas regiões em que a vegetação foi retirada por alguma razão.
O líquido também é um agente exógeno marinho. A composição química causa a abrasão das rochas e, consequentemente, pode alterar a forma do relevo.
Essas situações podem ser resumidas a partir de um simples ditado popular: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!”. Talvez demore um pouco, mas pode sim “furar” a rocha.
Ventos
A erosão eólica é um diferente tipo de força exógena atuante na modelação do relevo terrestre. Esse processo acontece quando os ventos de uma região conseguem transportar partículas das rochas e a “esfoliação” dessas pedras, o que forma desenhos terrestres específicos, com forma de taça.
A ação dos ventos é suficientemente intensa para transportar partículas do solo e formar morros com acúmulos arenosos, chamados de dunas — veja um exemplo na imagem abaixo.
Gelo
Novamente, a água aparece como agente externo, mas dessa vez o gelo e a neve são protagonistas. O processo de congelamento e descongelamento dessas substâncias causa erosão glacial e nival.
Nesse caso, os sedimentos são transportados em grande quantidade durante a mudança de estado físico que ocorre. Além disso, as avalanches e tempestades de neve podem causar o deslocamento de matéria durante sua trajetória.
Forças exógenas: Intemperismo
Por sua vez, o intemperismo consiste na degradação e transformações que a rocha pode sofrer ao longo do tempo. Ele pode ser classificado em três diferentes níveis: intemperismo físico, intemperismo químico e intemperismo biológico.
Físico
Acontece quando as mudanças físicas, em longo espaço de tempo, alteram a composição estrutural da rocha. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o relevo está sujeito a alterações frequentes na temperatura.
Além disso, os locais que sustentam geleiras ou grandes animais sofrem um grande impacto da pressão e peso. Com isso, pequenas modificações são aplicadas na rocha e resultam na transformação dela.
Químico
Por sua vez, reações químicas podem contribuir para alterar as propriedades presentes na rocha. Aqui, novamente, a água pode ser uma importante força exógena: ao passar pelo relevo pode trazer substâncias reativas ou, até mesmo, reagir com os químicos da rocha e contribuir para o intemperismo.
Biológico
Por fim, o intemperismo biológico está relacionado com os seres vivos que ocupam o lugar. Por exemplo, em longo prazo, locais onde existem florestas podem estar cheio de material orgânico em decomposição no solo, isso faz com que modificações sejam empregadas nas rochas.
É importante entender que, embora tenha um diferente tópico para ser tratado, o intemperismo biológico acontece a partir de uma alteração química ou física sobre o relevo.
Forças exógenas: ação antrópica
Ação antrópica é o nome dado para toda a ação empreendida pelo ser humano. No caso das forças exógenas, esse tópico aparece pois as escolhas humanas interferem direta e indiretamente na construção do relevo.
Por exemplo, na retirada da vegetação de uma encosta, a erosão é facilitada na região e os processos exógenos se aceleram. De modo semelhante, ao mudar o curso de um rio, altera-se a composição e perfil físico dos caminhos antigo e novo desse corpo hídrico — por fim, essas ações se refletem no relevo como um todo.
Veja também: forças endógenas do relevo
Questão de forças exógenas do relevo
Quer treinar seu conhecimento sobre forças exógenas do relevo? Resolva a questão a seguir e depois compare sua resposta com aquela proposta pelo Estratégia Vestibulares — com isso você avalia suas habilidades e pode reforçar os pontos de maior dúvida.
ENEM (Segunda aplicação) 2017
A destruição, o transporte e a deposição de pequenos fragmentos rochosos dependem da direção e intensidade com que este agente atua na superfície terrestre, sobretudo em regiões áridas e semiáridas, com pouca presença de vegetação. É nesse ambiente que se verifica o constante trabalho de formação, destruição e reconstrução de elevações de areia que recebem o nome de dunas.
LEINZ, V.; AMARAL, S. E.Geologia geral. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1995 (adaptado).
A modelagem do relevo apresentado relaciona-se ao processo de erosão decorrente da ação
a) glacial.
b) fluvial.
c) eólica.
d) pluvial.
e) marinha.
A formação de dunas nas regiões áridas e semiáridas é característica da força exógena chamada de erosão eólica, como prediz a alternativa C.
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