A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado da América do Sul que aconteceu no período do Império brasileiro, envolvendo vários países nessa disputa e você não pode deixar de conferir esse conteúdo que o Estratégia Vestibulares preparou para te ajudar nos estudos de História do Brasil para o Enem.
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Como iniciou a Guerra do Paraguai
Esse conflito, que ficou conhecido também como Guerra da Tríplice Aliança, envolveu Brasil , Argentina, Uruguai e Paraguai na disputa pelo controle da região da Bacia Platina que durou de aproximadamente 1864 até o ano de 1870.
Na época do ocorrido, o Brasil ainda era um Império com liderança de Dom Pedro II, enquanto o Paraguai estava sendo governado por Solano López, que queria expandir as fronteiras do país, já que era uma localidade sem saída para o mar, e, portanto, dependia da passagem por outras nações para realizar o escoamento da produção.
O império brasileiro apoiou o governo dos unitaristas na Argentina e o governo dos colorados no Uruguai, o que gerou grande descontentamento por parte dos paraguaios, já que apoiavam a oposição: os federalistas e os blancos nos respectivos países.
A Guerra do Paraguai tem seu início definitivo quando um navio brasileiro foi aprisionado por embarcações paraguaias e a região do Mato Grosso foi invadida por tropas da nação, e essa atitude foi interpretada como uma reação de oposição ao apoio que o Brasil prestou aos unitaristas e aos colorados.
Principais acontecimentos
Os principais acontecimentos foram a invasão do Mato Grosso por tropas paraguaias e a captura de um navio brasileiro, dando origem ao conflito, e a morte de Solano López na Batalha de Cerro Corá, que deu fim à Guerra do Paraguai.
Um fato interessante sobre esse acontecimento é que o governo brasileiro, para conseguir soldados para a guerra, convocou escravos para lutar, prometendo a liberdade quando o conflito acabasse.
Forças Opostas
Brasil, Argentina e Uruguai assinaram o Tratado da Tríplice Aliança, consolidando a união desses países contra o governo paraguaio de Solano López.
Batalhas
Por ser um conflito longo, a Guerra do Paraguai contou com diversas batalhas entres as forças opositoras. Veja algumas das principais delas a seguir:
- Batalha de Riachuelo: uma das mais importantes e recordadas batalhas da Guerra do Paraguai, em que a marinha brasileira destruiu boa parte das tropas paraguaias;
- Batalha de Curupaiti: momento marcado pela derrota das tropas da Tríplice Aliança;
- Batalha de Cerro Corá: foi nesse conflito que o líder Solano López foi morto por soldados.
Consequências da Guerra do Paraguai
Como em todas as guerras, as consequências no campo humano, patrimonial e econômico são devastadoras, e a Guerra do Paraguai é considerada um dos conflitos mais sangrentos de toda a história da América do Sul.
Com foco no vestibular, vamos estudar as principais consequências sofridas pelo Brasil e pelo Paraguai, já que são os assuntos que mais aparecem nas provas:
Para o Brasil, a participação na guerra representou um enorme custo para a economia nacional e várias dívidas, além de que a guerra contribuiu para o fortalecimento do exército e para o enfraquecimento da monarquia.
Já para o Paraguai, a grande consequência foi a destruição do patrimônio material do país, o grande quantitativo de paraguaios mortos no combate e a invasão de diversas regiões por tropas aliadas.
Além disso, foi instaurado um governo provisório no Paraguai após a morte de Solano López e o país foi considerado culpado pelo conflito, perdendo terras para o Brasil e para a Argentina e foi forçado a pagar indenizações.
Confira o vídeo sobre a a crise do segundo reinado que foi impactada pela guerra do Paraguai!
Questões resolvidas
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(Enem 2020) Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
a) s, pela separação forçada dos filhos.
b) cativos, pelo envio compulsório ao conflito.
c) religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.
d) oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.
e) senhores, pela perda do investimento em mão de obra.
Gabarito: E, pois o texto evidencia a oposição dos proprietários à convocação dos escravos para a guerra.
(Enem 2015) Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).
No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil nesse período e indica o(a)
a) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
b) incentivo dos grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
c) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.
d) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
e) fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.
Gabarito: E, pois, de fato, os escravos receberam promessas de alforria quando retornassem da guerra.
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