Proclamação da independência do Brasil: contexto, causas e consequências

Proclamação da independência do Brasil: contexto, causas e consequências

A compreensão do passado histórico é crucial para um bom entendimento das relações socioeconômicas do presente. Por isso, é muito comum que os vestibulares cobrem um conhecimento sólido de temas centrais como o processo de Independência do Brasil e suas nuances. 

Por essa razão, o Estratégia Vestibulares preparou um resumo com as principais informações desse tema e a resolução de questões sobre ele. Confira a seguir!

Contexto histórico da independência do Brasil

A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, quando Dom Pedro I estava no território e declarou a famosa frase “independência ou morte”. Com isso, o Brasil deixava de ser uma colônia totalmente dependente de Portugal e tornava-se uma nação independente. 

Quais foram as causas da independência?

Em 1808, Napoleão Bonaparte decretou um bloqueio continental em oposição à nação inglesa. Entretanto, Portugal foi pressionado a renegar as ordens napoleônicas e seguir seu contato com a Inglaterra. Isso causou uma reação das forças francesas, que passaram a ameaçar a integridade do reino português.

Nesse contexto, a corte portuguesa optou por transmigrar-se para o Brasil – situação que enfraquecia o pacto colonial, ou seja, uma vez que a própria realeza estava localizada aqui, o território tornou-se mais próspero e menos parecido com colônias típicas. 

Assim, Dom João VI implantou mudanças de âmbito cultural, político e econômico que ficaram conhecidas como medidas joaninas. Foram construídas faculdades, bancos, jardins, bibliotecas e ocorreu uma extensa reforma na capital imperial, o Rio de Janeiro. 

Um dos maiores exemplos foi a aplicação da “Abertura dos portos brasileiros às nações amigas”, que incluía uma maior dependência dos produtos industriais ingleses. Ao mesmo tempo, perde-se a relação de exclusividade de relação metrópole-colônia, um grande indício do enfraquecimento do elo colonial

Dadas as constantes alterações e a presença do Rei em território brasileiro, Dom João VI optou por decretar o Brasil como parte do reino português. Nesse sentido, algumas ideias separatistas começaram a se fortalecer entre os brasileiros. Isso porque eles se viam com medo de voltarem às rédeas da colonização massiva dos séculos anteriores.

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Como aconteceu o processo da independência?

Ao notar o cenário brasileiro, os portugueses conservadores ficaram revoltados e formaram a chamada Revolução do Porto, no ano de 1820. 

Nessa ocasião, os lusitanos recorriam à volta do rei para o território de Portugal e a recolonização do Brasil. Dom João IV, em meio ao caos, tenta conciliar os interesses portugueses. 

Apesar disso, os brasileiros separatistas observaram o contexto e pressionaram para que Dom Pedro I discordasse de seu pai e continuasse o processo de emancipação da nação.

É importante ressaltar que, para as grandes elites brasileiras, a estrutura estava em perfeitas condições de prosperidade. Assim, eles optavam pela permanência de Dom Pedro para preservar o modelo social– o que levaria a uma mudança emancipacionista sem radicalismos estruturais.

Principais episódios da Independência do Brasil

Veja abaixo alguns dos episódios que resultaram na Independência do Brasil:

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I “traiu” sua nação e declarou que ficaria no Brasil e continuaria o processo emancipacionista que estava em andamento. Esse episódio é conhecido como o “Dia do Fico” e é um grande marco na história da nação brasileira.

Decreto do “Cumpra-se”

Algum tempo depois, D. Pedro I já possuía maior autoridade sobre o território e escolhia quais determinações de Lisboa seriam empregadas ou não. Isso ficou  conhecido como o decreto do “Cumpra-se”.

Proclamação da Independência do Brasil

Em setembro de 1822, o então príncipe recebe informações de que Portugal planejava uma recolonização do Brasil. Tal notícia causou uma reação em Dom Pedro I que declarou oficialmente a independência da nação Brasileira. Hoje em dia, esse evento é comemorado em 7 de setembro de todos os anos. 

Guerra de independência do Brasil

Embora muito pregado por vários brasileiros, o conceito emancipacionista sofreu resistência de algumas províncias, entre elas Bahia e Pará. Apesar disso, Dom Pedro I conseguiu organizar e amenizar esses movimentos para implantar a independência posteriormente.

Efeitos da independência do Brasil

Apesar de todo o viés emancipacionista, os historiadores consideram que o Brasil sofreu um processo de independência conservadora. Esse conceito está relacionado com o fato de que o primeiro governante do Brasil independente é um membro da realeza portuguesa. 

De certa forma, o modelo socioeconômico da nação brasileira manteve-se o mesmo da época colonial: latifundiário, agrário e escravocrata – tal qual gostaria a grande elite. Desse modo, apesar de participar de um decreto independente, não houve uma revolução ou profunda alteração no cotidiano dos brasileiros, como se fosse uma mera formalidade política. 

Além disso, é importante ressaltar que a emancipação foi fruto de muita pressão e movimento popular. Assim, a imagem de que Dom Pedro I foi o resgatador da nação foi construída durante o período reinado. Esse é um ponto de muita atenção para a resolução de questões nos vestibulares. 

Confira a aula sobre a independência do Brasil

Questões resolvidas

Para avaliar sua compreensão do assunto, resolva a questão abaixo e acompanhe a resolução proposta pelo Estratégia. 

Enem 2013

Proclamação da Independência do Brasil
Dom Pedro II

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:

a) Habilidade militar — riqueza pessoal.
b) Liderança popular — estabilidade política.
c) Instabilidade econômica — herança europeia.
d) Isolamento político — centralização do poder.
e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa

A primeira imagem que aparece no enunciado constrói um ideal de período grandioso, de grandes conquistas, com grande apoio popular e bom renome. É uma representação de confraternização – ainda que a realidade demonstra muitos aspectos diferentes dessa figura.

Já a segunda pintura, mostra Dom Pedro Segundo idoso para transmitir um ideal de sabedoria, serenidade, experiência e respeito. Assim, confere uma visão de estabilidade para o Segundo Reinado – como um governo sóbrio e organizado . 

Dessa forma, a única alternativa que se possui dois conceitos adequados é a letra B.

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