Era Vargas: o que foi, resumo e características

Era Vargas: o que foi, resumo e características

Aprenda tudo sobre o que foi a Era Vargas e suas características para gabaritar sua prova de História do Brasil!

A Era Vargas foi um importante período da História do Brasil e é um tema bastante recorrente nas provas do Enem e de diversos vestibulares do País. Então, não perca esse conteúdo que o Estratégia Vestibulares preparou para te ajudar a realizar o seu sonho de entrar na Universidade!

Quem foi Getúlio Vargas?

Getúlio Dornelles Vargas foi um ex-presidente do Brasil que governou de 1930 até 1945 em um primeiro momento – conhecido como Era Vargas – e, depois, retornou ao poder em 1951 em um segundo governo, que acabou em 1954, quando o político cometeu suicídio.

O que foi a Era Vargas?

A Era Vargas corresponde ao período de 1930 até 1945, em que Getúlio Vargas governou o Brasil. 

Esse momento histórico foi dividido em três fases: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo. Aprenda sobre cada um deles a seguir!

Governo Provisório (1930-1934)

Essa fase da Era Vargas teve início com a Revolução de 1930, que marcou o fim da República Oligárquica e a chegada de Getúlio ao poder, iniciando assim, a Era Vargas.

Ainda no Governo Provisório, foi instituído um novo código eleitoral, tornando o voto secreto e permitindo a participação feminina nas decisões políticas.

Além disso, o Estado criou políticas de valorização do café brasileiro – que sofria com a Crise de 29 -, como a compra e estocagem dos grãos e, posteriormente, a queima do café, com o intuito de favorecer os cafeicultores paulistas.

Governo Constitucional (1934-1937)

Esse Governo começou com a implantação da Constituição de 1934, fruto da Revolução Constitucional, e previa, dentre outras medidas, um mandato de quatro anos.

Essa fase foi marcada pela divergência entre dois grupos:

  • AIB: Ação Integralista Brasileira, de extrema direita e com cunho fascista, tendo Plínio Salgado como principal líder; e 
  • ANL: Aliança Nacional Libertadora, com viés comunista, liderada por Luís Carlos Prestes e foi considerada ilegal por Getúlio.

Posteriormente, alguns membros da ANL articularam um conflito armado com o intuito de revolucionar o País, o que ficou conhecido como Intentona Comunista, e foi fortemente reprimido por agentes do governo, com muitas perseguições e prisões.

É importante lembrar que Vargas assume uma figura anticomunista e utiliza esse momento de persegução como uma justificativa para colocar o Brasil em “estado de sítio” – quando o Poder Executivo assume o controle de outros poderes e de liberdades individuais.

Além disso, nessa fase do governo, ocorre o chamado Plano Cohen – um plano comunista para dominar o País. Contudo, se tratava de um documento falso, que foi elaborado para iniciar o Estado Novo.

Estado Novo (1937-1945)

Uma das principais medidas dessa última fase da Era Vargas foi a imposição de um novo código de leis, a Constituição Polaca, que contava com medidas autoritárias e ditatoriais.

Nesse cenário, visando ganhar o apoio da população, sobretudo da classe trabalhadora, Vargas cria a CLT, consolidando as Leis Trabalhistas e a regulamentação do trabalho.

Além disso, foi criado o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – que trabalhava para passar uma imagem popular e de “pai dos pobres” de Getúlio, com a intenção de conquistar a população.

No campo econômico, Vargas intensificou o processo de industrialização brasileira com a criação de empresas bastante conhecidas atualmente, como a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, por exemplo. 

Fim da Era Vargas

O fim do governo de Vargas esteve associado à Segunda Guerra Mundial, pois o Brasil passa a apoiar os Estados Unidos – país democrático – e gera um movimento de redemocratização no País, e Getúlio começa a planejar eleições.

É importante lembrar que, na Constituição instituída, a reeleição não era permitida. Portanto, teoricamente, Getúlio Vargas não poderia ser candidato.

Contudo, as pessoas que apoiavam Vargas iniciaram um movimento conhecido como “queremismo”, pedindo a permanência do político no poder.

A oposição por sua vez, organizou um “golpe preventivo” e Eurico Gaspar Dutra assume a presidência brasileira, pondo fim à Era Vargas.  

Era Vargas

Características da Era Vargas

Algumas das principais características que marcaram esse período são:

  • Criação das Leis Trabalhistas;
  • Voto secreto e conquista do voto feminino;
  • Industrialização

Exercício

Agora que você já está por dentro desse período da História do Brasil, teste seus conhecimentos com essa questão que o Estratégia Vestibulares selecionou para você da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG:

Fenômeno que se acentuou a partir do século XX, a inserção das mulheres no mercado de trabalho alterou o perfil sociocultural da humanidade, além de impactar na economia nacional. A respeito desse tema, assinale o que for correto.

01) A I e a II Guerras Mundiais foram decisivas para que as mulheres ampliassem sua participação no mercado de trabalho. O fato de a população masculina estar, em grande parte, envolvida nos conflitos, gerou a necessidade de substituição nos postos de trabalho.

02) No Brasil, só é possível falar da inserção das mulheres no mundo do trabalho ao final do século

XX. Com um modelo de sociedade conservador, até a década de 1980, os brasileiros não aceitavam que mulheres ocupassem postos de trabalho.

04) Juntamente com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, vieram os discursos e lutas que dizem respeito à capacidade intelectual e laboral femininas. A segunda metade do século XX ficou marcada pelo avanço dos movimentos feministas que pediam igualdades sociais e trabalhistas entre os gêneros.

08) A presença feminina em atividades industriais ocorreu apenas no final do século XX. A crença de que as mulheres não teriam força física para executar trabalhos braçais e as questões relativas à maternidade foram argumentos utilizados por grupos contrários à presença feminina em tais atividades.

16) A legislação trabalhista que levou à criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi excludente com relação ao papel feminino no mercado de trabalho, isto é, originalmente esse conjunto de leis referia-se exclusivamente aos trabalhadores masculinos.

Gabarito: 1 + 4 = 5

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