O Império Bizantino ou Império Romano do Oriente foi uma das mais longas organizações da história mundial. Sua história passa pela Antiguidade e alcança a Idade Média e sua capital, Constantinopla — atualmente chamada de Istambul, cidade mais populosa da Turquia —, era considerada uma “nova Roma”.
Questões artísticas, políticas, jurídicas e religiosas são marcantes nessa civilização, como a criação do código de um código de leis que rege as decisões judiciais até a atualidade. Acompanhe este artigo para saber mais sobre a história, principais acontecimentos e declínio do Império Bizantino.
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O que foi o império bizantino?
A organização imperial conhecida como Império Bizantino marca a existência de uma civilização conhecida como “Império Romano”. Geograficamente, localizado nas regiões da Península Balcânica, da Ásia Menor, da Mesopotâmia, da Síria, Palestina e algumas porções do nordeste asiático.
O império Bizantino foi fundado em uma colônia grega chamada de Bizâncio, de onde nasce um dos seus nomes mais famosos. Em um momento de fragilidade do Império Romano Ocidental, devido a invasões de povos estrangeiros, a organização bizantina resistiu e manteve-se unida.
Após o colapso do Império Romano do Ocidente, em 476, a região admitiu valores e culturas romanas, herdando grande parte dos costumes. No local de maior comercialização, fundou-se a principal cidade bizantina: sua capital, Constantinopla.
O nome surgiu em homenagem ao imperador responsável pela troca do poder administrativo de Roma para outra região,Constantino, o Grande.
A origem dos povos que habitavam o império é, majoritariamente grega, egípcia e fenícia, povos de proximidade mesopotâmica e de grande importância na Antiguidade Oriental. Essa é uma das causas da predominância da língua grega por todo o território.
Política no Império Bizantino
A política bizantina é marcada por uma grande aristocracia que esbanjava luxos. A figura do imperador se tornou muito importante, de forma que o senado foi considerado como “conselheiro”, o que representa uma perda de poder legislativa efetivo.
O imperador tinha tanta influência sobre a sociedade que o sistema de cesaropapismo foi aplicado na época. Isso significa que o poder imperial se estendia sobre as questões religiosas e como uma suprema autoridade espiritual e política.
Economia no Império Bizantino
A economia do Império Bizantino é considerada uma potência durante toda a Idade Média. Dada sua localização geográfica favorável, Constantinopla conseguia atender grande parte da Europa, Ásia e a porção norte do continente africano.
Foi também um importante ponto de comércio da Rota da Seda, no qual, por meio de transporte marítimo, eram transportados produtos de seda. Ou seja, a navegação pelo Mediterrâneo foi crucial para o desenvolvimento da comercialização bizantina.
Além disso, o sistema monetário do império se adaptava às necessidades do comércio, de forma que essa atividade era impulsionada pela sociedade e pelos imperadores.
Religião do Império Bizantino
Dentro do Império Bizantino, com a queda do poder da Roma Ocidental, constituiu-se um foco importante, influente e rico do cristianismo frente ao mundo. Entretanto, apesar de parecer uma realidade homogênea, muitas divergências aconteciam sobre o tema.
As leis indicavam que os cristãos bizantinos eram católicos, entretanto, grande parte da população acreditava em diferentes vertentes do cristianismo. Os judeus, por exemplo, não acreditavam que Jesus era realmente o Messias citado nos cânones bíblicos.
Outro grupo, os monofisistas acreditavam na realidade messiânica de Jesus, mas não reconheciam uma natureza humana nele, seria apenas a encarnação de Deus. Em oposição, os arianistas criam que Jesus Cristo era apenas um homem muito sábio com uma missão messiânica.
Foi nesse contexto conturbado que ocorreu o Cisma do Oriente, nessa situação os cristãos entraram em uma divisão clara: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa.
O primeiro grupo acreditava nas imagens e ícones de santos como caminhos de chegar a Deus, enquanto a outra parte pregava a destruição dessas imagens. Estes últimos são chamados de iconoclastas.
O auge do império
O melhor momento do império Bizantino aconteceu durante o governo do imperador Justiniano. De origem humilde, ele e sua esposa implantaram uma administração eficiente das finanças, política e terras bizantinas.
Por exemplo, foi obra de Justiniano a reconquista de territórios que estavam ocupados por povos germânicos, como o norte da África, o sul da Espanha e a Roma propriamente dita. No gráfico abaixo você acompanha um panorama da expansão do Império bizantino durante sua trajetória:
Para o direito, a intervenção do imperador foi crucial. Com a criação de leis e compilação de todas regras legais desde a República até o período imperial em três principais documentos: Digesto, Institutas e Código de Justiniano.
Por fim, todas essas informações foram reunidas em um só documento, o “Codex Justinianus”, que, posteriormente, foi nomeado em latim como “Corpus juris civilis”, que pode ser traduzido como Código de Direito Civil.
Apesar de seu êxito administrativo, o governo de Justiniano foi marcado pela eclosão de muitos focos de revolta. A revolta de Nika, por exemplo, exigia um menor controle do imperador sobre a sociedade, já que ele estava interferindo nos momentos de lazer e corridas de cavalo, próprios do povo romano.
Nesse ponto, o imperador optou pela aplicação da repressão física e moral da população. Assim, cerca de 30 mil pessoas foram mortas e feridas, como forma de controle do movimento.
Dessa forma, ele reafirmou seu poder perante o povo por meio do temor. Isso também foi essencial para seu desenvolvimento promissor, já que a oposição ficou recuada diante do cenário anterior.
Queda do império bizantino
O declínio do Império Bizantino, depois de anos de economia e política consolidada, está relacionado com causas religiosas.
Com a expansão do islamismo na região arábica, as fronteiras bizantinas começaram a ser atacadas e o império entrou em um momento de fragilidade. Além disso, durante a baixa Idade Média, uma das cruzadas atingiu gravemente a capital, Constantinopla, o que piorou a situação geral da civilização.
Por fim, o Império Turco Otomano estava em expansão e tomou diversas regiões da Ásia Menor e península balcânica — de forma que os territórios bizantinos reduziram-se gradativamente. E, em 1453, as muralhas da capital foram derrubadas e o império teve seu fim.
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