Botânica no Enem: características, temas e como pode cair na prova

Botânica no Enem: características, temas e como pode cair na prova

A Botânica é um grande ramo da Biologia que estuda o Reino Vegetal — ou Reino Plantae — e pode ser abordado de diversas maneiras nas provas do Enem. Então, não perca esse conteúdo que o Estratégia Vestibulares preparou para te ajudar a entender tudo sobre esse assunto e garantir sua vaga na universidade dos sonhos!

O que é Botânica

A Botânica é a área da Biologia que estuda as plantas e suas principais vertentes são: evolução, classificação dos grupos vegetais, histologia, morfologia e fisiologia vegetal, podendo ainda ser associada à Ecologia.

Principais temas sobre Botânica no Enem

Diferenciação entre os grupos vegetais, evolução das plantas, e a morfofisiologia são alguns dos principais assuntos mais recorrentes de Botânica no Enem, além de temas atuais interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.

Briófitas

As briófitas são plantas de pequeno porte que habitam ambientes úmidos e sombreados, uma vez que necessitam da água para a reprodução, em que o anterozóide — gameta masculino — “nada” até a oosfera — gameta feminino — para ocorrer a fecundação.

Esse grupo de plantas não apresenta tecidos condutores de seiva, o que acaba por limitar o seu tamanho, já que a passagem de água e de nutrientes ocorre por meio da difusão de célula à célula. 

As briófitas não apresentam raiz, caule e folha, mas sim rizóide, caulóide e filóide, além de serem o único grupo vegetal em que a fase do gametófito — região que produz gametas — é a duradoura. O principal representante é o musgo.

Pteridófitas

O grupo das pteridófitas é o primeiro a apresentar vasos condutores de seiva, ou seja, são as primeiras plantas traqueófitas, o que permite uma estatura maior em relação às briófitas. Contudo, ainda são hidrodependentes, necessitando da água para sua reprodução. O principal exemplo desse grupo, é a samambaia.

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Gimnospermas

As gimnospermas não são mais dependentes da água para fecundação, pois, nesse grupo, já existe o grão de pólen — gameta masculino —, que é levado pelo vento até o estróbilo feminino, que pode ser considerado por alguns autores como “flor primitiva”.

As plantas desse grupo são vasculares, não apresentam frutos protegendo a semente, e, no Brasil, um grande exemplo de gimnosperma é o Pinheiro do Paraná, também chamado de Araucaria Angustifolia

Angiospermas

Esse grupo vegetal é caracterizado pela presença de flores e de frutos, que são importantes, respectivamente, para a polinização e para a dispersão de sementes.

As angiospermas formam o grupo com maior diversidade de espécies, e suas características são: presença de vasos condutores, hidroindependência para a fecundação e presença do grão de pólen, que pode ser levado de uma flor a outra por insetos, aves e morcegos, por exemplo.

Transporte de seiva

No caso das plantas traqueófitas, o transporte da seiva nas plantas ocorre de forma semelhante ao sangue dos animais: por meio de vasos que percorrem toda a extensão do organismo, e esse vasos são:

  • Xilema: realiza o transporte da seiva bruta, composta por água e por sais minerais, do solo até as folhas. Esse tecido condutor é formado por traqueídes e apresenta grande quantidade de lignina, o que confere rigidez às suas paredes e faz com que esse tecido seja conhecido como “morto”; 
  • Floema: realiza o transporte da seiva elaborada, produto da fotossíntese, para todas as áreas do vegetal, sendo composto por tubos crivados e é conhecido como um tecido vivo.

Já nas plantas que não apresentam esses tecidos de condução, o transporte de nutrientes é feito por meio de difusão de célula à célula.

Transporte de seiva

Raiz

A raiz é um importante órgão vegetal, responsável pela fixação da planta no solo, pelo armazenamento de substâncias e pela obtenção dos minerais, sendo comum que raízes apresentem bactérias nitrificantes, que auxiliam na obtenção do nitrogênio.

Esse órgão pode ser do tipo fasciculado, com vários ramos dispersos, como acontece com a cebola, ou ainda pivotante — ou axial — com um eixo principal, como a cenoura.

Caule

O caule é a ligação entre a raiz e as folhas, sendo importante para que ocorra o transporte da seiva, a sustentação da planta, o armazenamento de nutrientes e, em casos de caules verdes, pode ocorrer também a fotossíntese.

Os principais tipos de caules são: bulbo, rizoma, tubérculo, tronco, colmo, estipe e cladódio.

Folha 

A folha é importante porque é nela que ocorre a fotossíntese e as trocas gasosas, e essa estrutura é composta, principalmente, por pecíolo e limbo com nervuras.

Semente

A semente é formada através da fecundação dos gametas. É a partir dela que nasce uma nova plantinha após a germinação.

Flor

As flores são folhas modificadas que desempenham um importante papel na polinização, pois atraem polinizadores por suas cores e por seus aromas, que se dirigem às flores para se alimentar do néctar.

A flor também possui uma função na reprodução, pois é nela que existem os estames com suas anteras produtoras do grão de pólen, e o pistilo que é a parte responsável por armazenar o saco embrionário e receber as células masculinas na fecundação, formando a semente e o fruto ao final do processo.

É importante saber que o conjunto de anteras se chama androceu parte masculina da planta — e o conjunto de pistilos, às vezes chamado de carpelo, é o gineceu parte feminina da planta.

Fruto

O fruto é o ovário da planta que se desenvolveu em volta da semente, tem a função de proteção e participa da sua dispersão, podendo ser dividido entre frutos deiscentes – que se abrem e liberam as sementes no meio ambiente — ou em frutos indeiscentes que não se abrem.

Uma característica importante da dispersão é que os animais têm um papel fundamental, pois se alimentam dos frutos e liberam as sementes por meio das fezes, por exemplo.

Fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas – seres autotróficos clorofilados – obtêm a energia necessária para o seu metabolismo.

Para que ocorra a fotossíntese é necessário a presença de luz, água e a fixação do dióxido de carbono, resultando, ao final do processo, em glicose e oxigênio. Veja a equação da fotossíntese abaixo:

6 CO2 + 12 H2O  → C6H12O6 + H2O + 6 O2

Evolução das plantas

A ordem evolutiva das plantas são:

Briófitas – Pteridófitas – Gimnospermas – Angiospermas

Das briófitas para as pteridófitas, a novidade evolutiva foram os vasos condutores, das pteridófitas para as gimnospermas, foram as sementes, e das gimnospermas para as angiospermas, as flores e os frutos.

Diferenças entre plantas monocotiledôneas e eudicotiledôneas

As plantas do tipo monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone na semente e,  quando ocorre a germinação e a planta cresce, é possível observar a raiz do tipo fasciculada, também conhecida como “cabeleira” e os vasos condutores ficam dispersos no tronco.

Além disso, as folhas das plantas monocotiledôneas possuem nervuras do tipo paralelinérvea, ou seja, feixes paralelos e as pétalas de suas flores são trímeras, logo, a quantidade é sempre múltipla de três.

Já nas plantas eudicotiledôneas, é possível observar dois cotilédones na semente, apresentam raiz do tipo pivotante, ou axial, folhas com nervuras reticuladas e flores tetrâmeras ou pentâmeras, com a quantidade de pétalas múltipla de quatro ou de cinco.

Os vasos condutores das plantas eudicotiledôneas se apresentam organizados em um anel, em que o floema fica na porção “de fora”, e o xilema, na porção “de dentro”, com o câmbio — tecido meristemático — entre eles.

Veja essa questão de Botânica que caiu no Enem

(Enem 2017) No Período Cretáceo, surgiram as angiospermas, caracterizadas pela preesença de flores e frutos. Essas características contribuíram para que essas plantas ocupassem rapidamente diversos ambientes em nosso planeta.

Os frutos têm importante papel nessa ocupação porque ajudam a

a) fertilizar o solo.
b) dispersar as sementes.
c) fixar as raízes da nova planta.
d) nutrir as sementes por longos períodos.
e) manter as sementes próximas às árvores.

Gabarito: B, pois a presença de frutos facilita a dispersão das sementes por atrair animais que vão se alimentar desses frutos e espalhar as sementes.

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