O sistema nervoso é importante para a relação dos seres vivos com o ambiente ao redor deles e até mesmo com o ambiente interno de seus corpos. Para responder corretamente aos estímulos externos ou do próprio organismo, é importante que os neurônios se comuniquem entre si, e a região de comunicação entre duas células nervosas é chamada de sinapse.
O espaço sináptico permite a troca de substâncias entre os neurônios, de forma que as informações são transmitidas de uma célula para a outra, resultando em uma ação corporal. É o que acontece quando queimamos a mão e retiramos ela rapidamente da superfície quente: a sinapse entre estruturas nervosas permite a chegada da dor e alta temperatura e o movimento de afastamento.
Neste artigo, você entenderá que as sinapses são bases para a movimentação, pensamento, reflexos, defesas, dores, entre outras respostas nervosas que os corpos podem desenvolver. Além disso, conheça mais sobre a transmissão e tipos sinápticos que existem. Vamos ler?
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Estrutura dos neurônios e sinapse
O sistema nervoso humano é constituído por órgãos nervosos centrais (SNC) , como o cérebro e a medula espinhal. A partir dessas regiões principais, existem também as fibras nervosas periféricas (SNP), que estão mais relacionadas com a captação de estímulos externos e respostas diante deles.
Independentemente de ser um processo no SNC ou SNP, existem muitos neurônios que se interligam entre si para formar nervos, tratos e fascículos nervosos. Por meio deles, a informação é recebida e transmitida até que uma resposta surja, tudo isso depende das sinapses.
Como foi citado anteriormente, a sinapse é justamente o contato entre estruturas neuronais. Abaixo, veja um desenho esquemático das partes de um neurônio, para entender os locais que uma sinapse pode acontecer.
1 = dendritos
2 = corpo celular
3 = axônio
4 = bainhas de mielina
5 = nódulos de ranvier
6 = botões terminais
Dada a sinapse entre os neurônios 1 e 2, ela pode acontecer de forma:
- Axo-dendrítica, quando o axônio do neurônio 1 se conecta com o dendrito do neurônio 2. Pense como se a parte final da primeira célula nervosa tocasse o início da segunda;
- Axo-axônica, se o contato for estabelecido entre os axônios de ambos os neurônios; ou
- Axo-somática, se o axônio do neurônio 1 tocar diretamente o corpo do neurônio 2, sem passar pelos dendritos.
Propagação de impulso nervoso
Ao observar a lista acima, você pode perceber que todos os tipos de sinapse partem do axônio em direção ao neurônio 2. Essa não é uma informação aleatória, mas tem total relação com a forma que os impulsos elétricos são transmitidos dentro de uma célula nervosa.
O sentido de propagação do impulso elétrico é sempre dos dendritos/corpo neuronal em direção ao corpo e axônios. Nunca acontece no sentido contrário e, por isso, a informação nervosa sempre parte de um axônio.
Ao longo da evolução dos seres vivos, foi importante que a transmissão de informações nervosas fosse mais rápida. Afinal, quando estamos em uma situação de perigo, é importante que a percepção do ambiente externo seja rápida a ponto de gerar uma resposta veloz e nos proteger.
Assim, desenvolveu-se uma estrutura chamada de bainha de mielina, é um revestimento gorduroso que aumenta exponencialmente a velocidade de propagação de um impulso nervoso e, assim, as sinapses são mais velozes e eficazes.
Os axônios podem ter, também, partes não mielinizadas. Elas são chamadas de nódulos de Ranvier e permite que os impulsos nervosos sejam transmitidos em saltos, de forma que além de mais rápido em velocidade devido a mielina, também ganha-se uma rapidez de distância percorrida porque pula-se de um ponto a outro, como você pode observar no gif abaixo.
Tipos de sinapse
Sinapse química
A sinapse química acontece quando uma informação é recebida pelo corpo e deve ser transmitida pelo sistema nervoso. Para repassar esses impulsos, o primeiro neurônio sináptico (pré-sináptico) libera substâncias químicas que possuem papel nervoso, que são chamados de neurotransmissores.
Quando as moléculas são liberadas na sinapse são captadas por um ou mais neurônios 2 (pós-sinápticos). Cada uma dessas células nervosas tem um receptor específico para cada neurotransmissor, de forma a causar uma resposta diferente em cada órgão.
Geralmente as sinapses químicas partem da porção mais final do axônio, local onde estão diversas vesículas (pequenas bolsas) repletas de neurotransmissores. A partir de um estímulo específico, as configurações iônicas da célula nervosa mudam a ponto de essas vesículas se aproximarem do fim do neurônio.
Nesse ponto, a membrana que recobre essas bolsinhas celulares se funde com a membrana do axônio, formando um compartimento aberto em formato de C. Assim, o neurotransmissor pode sair do neurônio pré-sináptico e viajar até a próxima célula nervosa.
O espaço entre o neurônio 1 e 2 é chamado de fenda sináptica e é onde ficam dispersas as moléculas de neurotransmissor, até que sejam captadas pelo segundo neurônio. Conforme as substâncias adentram o neurônio, mudanças acontecem dentro daquela célula de forma a transmitir o impulso nervoso.
Sinapse elétrica
No caso da sinapse elétrica não existe envolvimento de neurotransmissores. Um impulso elétrico será transmitido para a outra célula por meio de junções entre elas, geralmente pela troca de íons, como o sódio (Na+) e o potássio (K+).
Uma das grandes vantagens da sinapse elétrica é a rapidez com que acontece. Por não precisar de processos complexos, alterações nas concentrações celulares, fusões de vesículas ou captação de receptores, o estímulo pode percorrer com mais facilidade: basta uma troca iônica e isso é suficiente para a transmissão da informação.
Questão sobre sinapse
(Fuvest) Examine a seguinte lista de eventos que ocorrem durante a propagação de um impulso nervoso:
I. Neurotransmissores atingem os dendritos.
II. Neurotransmissores são liberados pelas extremidades do axônio.
III. O impulso propaga-se pelo axônio.
IV. O impulso propaga-se pelos dendritos.
V. O impulso chega ao corpo celular.
Que alternativa apresenta a sequência temporal correta desses eventos?
a) V – III – I – IV – II.
b) I – IV – V – III – II.
c) I – IV – III – II – V.
d) II – I – IV – III – V.
e) II – III – I – IV – V.
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