Sistema nervoso: definição, central, periférico e autônomo

Sistema nervoso: definição, central, periférico e autônomo

O sistema nervoso é o centro de respostas do organismo. É constituído por estruturas que fazem a relação entre o mundo externo e o ambiente interno. Por meio dele, são ativados os músculos para andar e falar, são encaminhadas as sensações de toque, cheiro, visão e muito mais.

Este artigo traz um resumo sobre o sistema nervoso: a diferença entre sistema nervoso central e periférico, as funções exercidas e as principais células que atuam nessa porção fisiológica. Leia mais! 

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Definição geral de sistema nervoso

Em biologia, um sistema é um conjunto de órgãos que trabalham em funções semelhantes. No caso do sistema nervoso, pode-se dizer que a principal responsabilidade é a comunicação do organismo dentro dele mesmo e também com o ambiente externo.

Por meio de células e impulsos elétricos, os componentes nervosos humanos são capazes de perceber estímulos diferentes e sinalizar os diferentes órgãos do corpo.

É o sistema nervoso que comanda, por exemplo, o comportamento do corpo diante de uma situação de perigo. O coração acelerado (taquicardia), as pupilas dilatadas, a oxigenação dos músculos e o sentimento de medo, com impulso de fuga, são coordenados por impulsos elétricos, que ativam respostas de luta e fuga por todo o organismo, como será abordado adiante.

Nesse sentido, um sistema nervoso bem desenvolvido é essencial para a sobrevivência dos indivíduos e perpetuação da espécie. Afinal, a percepção de dor ou conforto, fome ou saciedade, medo ou tranquilidade, calor ou frio são essenciais para que possamos agir. Esse conjunto de ações podem ser necessárias para fugir de algum estímulo danoso ou para relaxar o corpo quando o ambiente é favorável.

O sistema nervoso humano está entre os mais complexos do mundo animal. As comunicações entre as células nervosas (neurônios) permite que a nossa espécie crie pensamentos abstratos a respeito das coisas e de outros seres. Podemos, inclusive, notar que os outros humanos possuem uma mente diferente da nossa, uma habilidade desenvolvida e característica dos Homo sapiens.

Além disso, a linguagem desenvolvida pelas sociedades humanas é extremamente complexa, com possibilidade de abstração, criação de simbologias únicas e comunicação em diferentes níveis. 

Estrutura do sistema nervoso

O tecido nervoso é quem constitui todo o sistema fisiológico aqui estudado. As principais células observadas são os neurônios e as células da glia, que serão descritas abaixo.

Os neurônios são compostos por um corpo celular, sua estrutura central, responsável pela receptação e integração do impulso nervoso. Essa informação chega por meio de estímulos elétricos gerados em outras células nervosas, e são recebidas pelos dendritos.

Depois disso, os dados nervosos são transmitidos por meio do axônio, a porção condutora dos neurônios. Nos humanos, o componente axonal é revestido por mielina, uma molécula que favorece a condução mais rápida dos impulsos nervosos. Observe, a seguir, uma esquematização neuronal.

Célula principal do sistema nervoso
Imagem: Adaptação/Wikimedia

É importante notar que os axônios ocupam pouco espaço quando comparados aos corpos celulares. Além disso, a composição da mielina permite que os componentes axonais sejam mais esbranquiçados. Por isso, os locais ricos em corpos de neurônio são chamados de substância cinzenta, já onde existem mais axônios, é a substância branca.

Por fim, as células gliais participam do sistema de defesa (imunológico) e reparo dentro do sistema nervoso. Ou seja, em caso de infecções ou lesões nesse tecido, são elas que entram em ação.

Classificação do sistema nervoso

No sistema nervoso humano, ocorrem algumas classificações principais: central (SNC) e periférico (SNP) ou a divisão autônoma.

Sistema nervoso central

O sistema nervoso central é responsável, principalmente, pelo processamento das informações recebidas sobre o corpo e o ambiente. A partir dele, são moduladas as respostas motoras, cognitivas ou sensoriais que são observadas diante de diferentes estímulos. 

O encéfalo é uma estrutura essencial do SNC, constituído por outras quatro porções:

  • O tronco encefálico, que é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. Cada uma dessas partes tem sua função específica. Por exemplo, a ponte tem importantes neurônios que se relacionam com a movimentação dos membros. O mesencéfalo participa da coordenação de movimentos oculares, enquanto que o bulbo atua no controle da respiração e batimentos cardíacos;
  • O cerebelo é um órgão posicionado bem próximo a medula espinhal, e participa, majoritariamente, do equilíbrio corporal. É a estrutura que faz o planejamento inconsciente dos movimentos — assim, quando nos levantamos de uma cadeira, não caímos no chão, porque o cerebelo já coordenou os músculos necessários para a ação de se levantar e também para a sustentação do corpo quando ficarmos em pé;
  • O diencéfalo está relacionado, principalmente, com a coordenação endócrina (hormonal) dos humanos. Ele também é dividido em outras porções, como o tálamo e o hipotálamo. O primeiro atua na regulação da maior parte dos impulsos nervosos que chegam ao encéfalo, enquanto que a função hipotalâmica se relaciona com controle da saciedade e fome, regulação da temperatura e etc. Existe também o epitálamo, estrutura pequena que possui a glândula pineal, responsável pela liberação de melatonina e controle do sono; e
  • O cérebro é o órgão mais famoso do SNC, atuante nos pensamentos, tomada de decisão, consciência, reconhecimento do outro e envolvido nos sentimentos. Participa também da regulação de movimentos e sensações complexas.

No encéfalo, a substância branca fica na região central, internamente a estrutura. Então, os componentes cinzentos ficam na porção mais externa. Observe na figura a seguir:

Outro componente importante do sistema nervoso central é a medula espinhal (M.E.). Ela fica dentro da coluna vertebral, que dá sustentação ao esqueleto do corpo humano. 

Além de abrigar os nervos que dão origem ao sistema periférico, a medula espinhal participa de respostas nervosas rápidas, chamadas de ato reflexo. Nessa situação, um músculo é ativado e a informação elétrica é transmitida até a medula. A partir dela, outro neurônio envia impulsos elétricos até o músculo, resultando em uma movimentação.

Um exemplo é o reflexo patelar, que é testado em consultas neurológicas, quando o profissional de saúde “bate” no tendão de um músculo da perna, próximo ao joelho. A resposta reflexão é o estiramento do músculo, de forma que a perna se levanta, como que chutando o ar. 

No caso da medula espinhal, a substância cinzenta tem um formato de H ou borboleta, na região central desse tubo cilíndrico. Isso significa que a substância branca está mais externa — perceba, portanto, que há uma inversão no posicionamento dessas substâncias em entre encéfalo e M.E.

Sistema nervoso periférico 

O SNP está relacionado, em geral, com a comunicação do meio externo com o sistema nervoso. É ele quem transmite informações sensoriais e endócrinas, além de processos motores, como o ato reflexo descrito anteriormente.

Os nervos são agrupamentos de fibras nervosas, que têm seus corpos neuronais dentro de gânglios. Nos músculos, ficam as terminações nervosas que recebem e enviam informações ao órgão.

Nesse sentido, é importante saber que a aderência refere-se ao nervo que traz a informação até determinada estrutura. Já a eferência é a resposta enviada pelos neurônios, após um processamento dos dados na estrutura. Ou seja, células eferentes levam um impulso nervoso daquele local para outros pontos do organismo.

S. nervoso autônomo (SNA)

Essa classificação é mais funcional, a respeito do tipo de resposta observada. Aqui, não estão divididos os conceitos de SNC ou SNP, mas sim os resultados observados em diferentes partes do corpo.

Existe o SNA simpático, que aparece em situações de luta ou fuga, quando estamos em perigo. Em geral, são observadas aumento do batimento cardíaco, aumento da frequência respiratória, dilatação das pupilas, maior oxigenação dos músculos para propiciar a fuga, menor movimentação dos intestinos, entre outros efeitos.

Em ação oposta, o SNA parassimpático participa de momentos de relaxamento. Sua ação mais pronunciada é durante a digestão, no período pós prandial (depois das refeições). Observa-se uma diminuição da frequência cardíaca e respiratória, maior secreção de substâncias digestivas, menor oxigenação muscular e mais “cansaço”, o que propicia o correto aproveitamento dos alimentos e seus nutrientes.

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