A Escala Richter é um padrão de medidas que mensura a intensidade de um tremor de terras. Ela está organizada em graus e traduz a quantidade de energia que foi liberada durante o abalo sísmico. Conhecer essa unidade de medida é importante para compreender os fenômenos da natureza, como terremotos que ocorrem em diferentes continentes. Leia este artigo e saiba mais!
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O que é a Escala Richter?
A Escala Richter é um padrão logarítmico que relaciona um valor a uma intensidade de terremoto. Na matemática, sabemos que o logaritmo é uma forma de trazer padrões exponenciais para um valor. Isso significa que, entre um grau e outro da escala Richter, há um aumento de dez vezes na energia liberada.
Tecnicamente, os valores desta escala podem estar no conjunto dos números reais positivos, infinitamente. Mas, os terremotos mais violentos registrados na história da humanidade, estão no grau de 9,2 e 9,5 graus. Isso indica que dificilmente um abalo sísmico chegará a mais de 10 graus da Escala Richter.
Quem criou a Escala Richter?
O padrão numérico da Escala Richter foi criado pelo cientista Charles F. Richter, em seus estudos na Califórnia. Para isso, ele reuniu informações acerca de diversos terremotos, para mensurar qual o nível de energia e ondas sísmicas observadas em geral. Depois disso, fez um compilado dos dados e conseguiu adicionar números para o comportamento daquele tremor de terra.
Terremotos
Os terremotos, fenômenos mensurados por meio da Escala Richter, são tremores de terra gerados por perturbações nas placas tectônicas. Como essas grandes rochas sustentam os continentes, qualquer movimentação no magma pode ser o ponto inicial de um abalo sísmico.
Outras causas estão relacionadas com o surgimento de terremotos, como alterações na estrutura rochosa de uma região, ou quando um vulcão entra em erupção, o que causa perturbações na superfície próxima a ele.
Os tremores ocorrem na crosta terrestre, a camada mais externa da estrutura do nosso planeta. Eles nascem em um ponto dentro da Terra, que é conhecido como hipocentro. A partir daí formam-se ondas que se espalham até que se formem os tremores.O ponto da superfície terrestre em que o terremoto se manifesta com maior intensidade é chamado de epicentro.
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Por que o Brasil quase não tem terremotos?
Entre todas as possíveis causas para um terremoto, em geral, eles acontecem devido a movimentações tectônicas. Se as placas se deslocam uma em direção a outra, a região que mais sentirá esse abalo serão as bordas, uma vez que haverá um choque entre as estruturas.
Então, os países que estão localizados em cima do encontro entre duas placas tectônicas estão mais suscetíveis aos tremores de terra. Por outro lado, se um território está no meio da placa e longe de suas bordas, há poucas chances de um terremoto atingir aquela área.
No caso do Brasil, a localização privilegia a nação. Estamos posicionados no centro da placa tectônica sul-americana. Por isso, não existem abalos de grande magnitude na Escala Richter ou de Mercalli (veja mais detalhes abaixo). Apesar disso, são observados pequenos tremores cotidianos, mas que são naturais do planeta e não apresentam grandes potenciais de dano.
Na imagem acima, observe os traços em cinza escuro, que demarcam as placas tectônicas. Perceba que o Brasil está todo englobado pela placa pintada de lilás. Ao mesmo tempo, perceba que na região direita, com as placas em laranja (africana), amarelo (arábica) e vermelho (indica), há uma maior chance de desenvolver terremotos, como o que aconteceu em fevereiro de 2023, atingido Síria e Turquia, com danos extensos, em termos materiais e humanos.
O que significa a Escala Richter?
Os graus apresentados na Escala Richter são importantes para compreender a intensidade que um terremoto tem. Quando esses valores ficam abaixo de dois, os seres humanos não conseguem senti-los, mas os aparelhos especializados (sismógrafos) captam as ondas.
Entre dois e quatro graus, é possível que algumas poucas pessoas sintam, mas a capacidade de dano desse abalo é mínima. A partir disso, até seis graus, os tremores podem ocasionar problemas em estruturas, vidros e até mesmo os móveis já podem se deslocar no espaço.
No intervalo entre seis e sete graus, os terremotos já estão entre os mais temidos pela humanidade. Nesse caso, a destruição de edifícios, desabamentos, queda de estruturas e danos à vida já são observados.
Por fim, entre oito e nove graus, construções fortes, vias públicas, pontes, viadutos, túneis, prédios e outros empreendimentos de porte são lesados. Nesse caso, os danos são visíveis e as consequências catastróficas para os indivíduos e para a natureza.
O maior terremoto já registrado foi mensurado em 9,5 graus da Escala Richter. Ocorreu em 1960, na região chilena e ocasionou a morte de aproximadamente dois mil indivíduos, além dos incontáveis feridos, na casa dos milhares. Depois de estudado, foi constatado que o abalo ocorreu devido a uma ruptura nas placas tectônicas que ficavam próximas ao país.
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Diferenças entre escalas Richter e Mercalli?
Escala de Mercalli
Além da Escala Richter, existe uma outra padronização de medidas utilizada durante abalos sísmicos. É a Escala de Mercalli, que tratará sobre os potenciais danos que aquele fenômeno da natureza pode trazer para a localidade.
Note, então, que trata-se de uma medida relativa. Afinal, os prejuízos estão relacionados não apenas com a magnitude da Escala Richter, mas também com a área em que ocorreu, os tipos de edificações, o número de pessoas observadas naquele local e como isso foi sentido pela população.
Com a descrição de Mercalli, é possível mensurar se um terremoto não foi sentido pelos indivíduos, se eles foram acordados pelos abalos durante o sono, se as pessoas perderam o equilíbrio durante o tremor, se o solo foi lesado permanentemente, entre outros danos.
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