Relevo é o nome dado para o formato que a superfície terrestre adquire em cada local. Algumas áreas são mais montanhosas, outras são baixas e planas, outras estão no pé de dois montes, outras são planas na parte de cima de uma montanha, entre outros casos.
Cada uma dessas situações pode receber um nome diferente, com uma implicação específica para o clima e vegetação da região, assim como pode determinar algumas características de agricultura e forma de viver e se estabelecer naquela localidade.
Diante de tantas influências sobre o meio ambiente e sobre a vida do homem, o conhecimento a respeito do relevo é importante e, por isso, aparece com frequência em questões de vestibulares. Neste artigo, veja um resumo do tema, com os conceitos e explicações sobre os tipos de relevo e quais agentes formam e transformam o relevo, além de associar o tema para a realidade brasileira. Leia agora!
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Relevo: conceitos e definições
O relevo é estudado pela geomorfologia, área da geografia que estuda os formatos da terra e como eles são construídos e alterados ao longo do tempo. A partir dessas pesquisas foram definidas quatro formas de relevo: montanhas, planaltos, depressões e planícies.
Para cada um desses tipos estão descritas as características observadas e também quais são as forças responsáveis por sua formação. Nesse sentido, ocorre uma divisão entre os agentes internos e externos do relevo.
Em geral, as forças internas são referentes ao que está dentro da crosta terrestre, como o magma e o tectonismo — sua função mais comum é a formação do território, como o nascimento de montanhas.
Já os agentes externos são aqueles que estão fora da estrutura interna da Terra e podem atuar no modelamento do relevo. São as erosões, que expõem mais o solo, o vento, que pode depositar mais ou menos areia em um determinado espaço, entre outros exemplos.
Fato é que tanto externa, como internamente, o relevo está em constante transformação. Trata-se de um perfil dinâmico da superfície terrestre. É o que observamos, por exemplo, quando ocorre o deslizamento de terras em montanhas, elas podem se tornar mais baixas, enquanto que a região que fica abaixo recebe uma enorme quantidade de terra e pode até mesmo formar um outro monte de menor altura.
+ Veja também: Escala Richter: o que é, terremotos, como interpretar
Formas de relevo
Planaltos
Os planaltos são estruturas de grande altitude, com a lateral íngreme, mas o seu topo é plano. Alguns planaltos são comparados a grandes mesas, porque assumem esse formato reto na região mais alta. Grande parte do relevo brasileiro é formado por planaltos, inclusive.
Montanhas
Um dos mais conhecidos tipos de relevo, as montanhas são grandes elevações da terra, que podem ser mais altas ou mais baixas. Podem aparecer em conjunto, em uma cadeia montanhosa, ou sozinhas. Sua estrutura é íngreme, com declives acentuados e geralmente possuem uma base larga, com um topo mais estreito, o que remete a um formato triangular.
Depressões
As depressões são áreas do relevo que estão em uma altitude muito mais baixa quando comparadas às estruturas ao redor. Por exemplo, entre duas grandes montanhas, pode haver um rebaixamento da terra no meio, formando uma depressão.
Elas podem ser classificadas em:
- Depressão relativa quando é mais baixa que o entorno, mas está acima do nível do mar; ou
- Depressão absoluta, quando é mais baixa que o entorno e também está abaixo do nível do mar.
Planície
As planícies estão muito associadas aos rios, porque geralmente estão próximas a esses corpos de água. Elas são terrenos mais planos, com baixa altitude e formadas especialmente pela deposição de material sedimentar, que é trazido pelo movimento das águas.
Agentes do relevo
Internos
As forças internas do relevo atuam a partir da região interna da Terra, de forma a transformar a superfície externa. Um exemplo disso seriam as zonas em que as placas tectônicas convergem entre si, de maneira a expelir o magma e formar cadeias montanhosas na Terra.
Os terremotos também podem ser citados como forças endógenas do relevo. Quando um abalo sísmico acontece as rochas se reposicionam na superfície, materiais sedimentares podem se acumular em determinados pontos do território, montes podem ter suas estruturas abaladas, entre outros acontecimentos observados durante os eventos sísmicos.
Fato é que o movimento dentro do Planeta Terra influencia completamente o relevo presente em cada região, seja pela convecção magmática, o deslocamento convergente ou divergente das placas tectônicas ou a liberação de magma para a superfície.
+ Veja mais em: Forças Endógenas do Relevo: principais tipos e movimentos
Externos
Os agentes externos são aqueles que podem transformar o relevo já constituído. A água é um dos principais elementos citados, nesse caso, porque atua tanto no desgaste mecânico da rocha, devido ao seu peso. Como também participa de reações químicas que podem atuar na alteração desse relevo. Ela é presente na natureza de diversas formas: rios, mares, lagos, chuvas, cachoeiras e etc.
O vento também é uma força externa do relevo, porque carrega sedimentos de um local para o outro. A variação temperatura pode favorecer choques térmicos, dilatações e contrações das rochas, o que pode ocasionar até mesmo ruptura desses materiais.
A vegetação também influencia no formato do relevo, porque consegue reter a água. Geralmente, a retirada das árvores, abre caminhos para o crescimento de erosões, o que demonstra a importância desses vegetais. Fica nítido, portanto, que a ação do homem (antropológica) também atua como um agente externo de transformação do relevo, seja positiva ou negativamente.
+ Veja mais em: Forças Exógenas: agentes externos do relevo
Relevo brasileiro
Como foi mencionado anteriormente, o relevo brasileiro é constituído majoritariamente de planaltos. Acredita-se que a posição do país em relação às placas tectônicas favoreceram uma baixa transformação interna da superfície, então, os agentes externos são mais predominantes em nosso país — o que explica, em partes, a predominância dos planaltos.
Esse fato também está relacionado com a idade das rochas brasileiras, em geral, são rochas cristalinas (muito antigas) ou sedimentares (formadas pelo acúmulo de material sedimentar trazido de outros pontos da superfície).
Em segundo lugar, o relevo mais aparente no Brasil são as depressões; já as planícies também são notórias em menor escala. No caso das montanhas, há uma altitude mínima e alguns requisitos que nenhum território brasileiro é capaz de cumprir, a maior parte dos pesquisadores assumem que o país não tem montanhas.
+ Veja também: O que cai sobre relevo no Enem
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