Guerra do Yom Kippur: contexto histórico, resumo e características

Guerra do Yom Kippur: contexto histórico, resumo e características

O século XX foi marcado por grandes tensões internacionais, as duas grandes guerras e a Guerra Fria são exemplos clássicos desse período. Na década de 70, a tensão se intensificou nas regiões orientais, como foi o caso da Guerra do Yom Kippur. 

Este artigo traz um resumo sobre esse conflito que ocorreu entre os árabes e os israelenses. Será apresentado o contexto histórico do Oriente naquela época, bem como as causas que levaram à guerra, como ela se desenvolveu e qual o desfecho e consequências observadas.

A Guerra do Yom Kippur envolve temas importantes e centrais na história Oriental, além disso, é um relevante para conflitos geopolíticos que acontecem até os dias de hoje em algumas regiões. Como esse tema é tão significativo historicamente, muitas provas cobram-no em diferentes disciplinas, para que o aluno tenha uma interpretação crítica e histórica dos eventos. Continue lendo e conheça mais sobre o conflito árabe-israelense. 

Contexto histórico: Guerra do Yom Kippur

O Oriente Médio é uma região marcada por tensões desde muito tempo, e em 1948, com a criação de Israel, esse clima de conflito se intensificou. Os países árabes não concordaram com essa decisão e a insatisfação se alastrava nas imediações. 

Em 1967, aconteceu a chamada Guerra dos Seis Dias, em que árabes e israelenses enfrentaram-se. Diante disso, Israel obteve auxílio ocidental, principalmente dos EUA, além de uma formação militar estrategicamente construída. Assim, a vitória israelense resultou na anexação de territórios que pertenciam à Síria e ao Egito.

O revanchismo entre essas nações prevaleceu ao longo do tempo, de forma que Israel marcava sua presença na região, enquanto os árabes almejavam insistentemente a expulsão dessa nação dali. Até que, 6 anos depois, em 1973, iniciou-se um novo conflito, conhecido como Guerra do Yom Kippur, que será discutido nos tópicos a seguir.

A Guerra do Yom Kippur

Yom Kippur é um feriado religioso judeu, religião presente em territórios israelitas, que acontece em 6 de outubro e é celebrado o “Dia do Perdão”. Foi exatamente nesse dia que os árabes atacaram os israelenses e iniciou-se a guerra de mesmo nome.

O objetivo dos árabes, para além da expulsão dos judeus, era retomar o controle sobre a região e todos os territórios que os israelenses já haviam dominado. Entre essas terras estava o canal de Suez, local que fica entre o Egito e Israel.

Haviam bases israelitas nesse canal, então egípcios e sírios iniciaram uma ofensiva contra essas construções. Esse ataque foi promissor, porque a defesa israelense não foi eficiente para conter as investidas árabes.

Apesar disso, algum tempo depois, os israelitas se reposicionaram belicamente, destruíram as embarcações árabes, retiraram as tropas árabes do território e retomaram o controle sobre a situação. 

Por fim, a preparação bélica israelense foi eficiente para derrotar novamente os exércitos árabes. Então, novamente os territórios mantinham-se como posse israelense, sem êxito para as reivindicações propostas pelos países vizinhos. 

Desfecho e consequências

Ao todo, o conflito durou um total de 20 dias, resultando em uma nova vitória para Israel. Apesar disso, suas consequências foram amplas e atingiram países ao redor de todo o mundo, inclusive o Brasil.

Aponta-se que o encerramento breve da guerra se deu, também, pela intervenção de órgãos internacionais como a ONU, além do próprio Estados Unidos, que participaram da proposição de um cessar-fogo entre as nações.

Esses impactos globais têm relação direta com a principal atividade econômica exercida pelos árabes, a extração de petróleo. Até os dias de hoje, o petróleo representa uma importante fonte de energia para o funcionamento econômico e social da maior parte dos países ocidentais. 

Durante a Guerra do Yom Kippur, muitos países ocidentais, como os Estados Unidos, posicionaram-se a favor dos israelenses. Como repúdio dessa atitude, as nações árabes exportadoras decidiram prejudicar a compra do petróleo, com o aumento do preço do barril do produto.

Se a intenção era prejudicar e demonstrar seu poder internacional, as nações árabes obtiveram êxito. Com o aumento do preço do petróleo, quase todos os processos industriais, meios de transporte e outras atividades que necessitam de energia foram atingidas. 

Diante disso, o preço dos produtos e combustíveis tornaram-se exorbitantes em diferentes regiões do planeta. Desenvolveu-se uma crise capitalista, com queda de bolsas de valores e alterações de dinâmicas econômicas, inclusive no Brasil. Aqui, o cenário histórico era de Ditadura Militar, sob o governo de Geisel e, foi um momento de declínio da economia brasileira e escancaramento dos grandes problemas econômicos presentes na organização ditatorial, desde 1964. 

Relação com outras fontes de energia

Se, por um lado, a Crise do Petróleo do século XX foi prejudicial para a economia, foi importante para a independência energética de muitos países. Ao perceber o poder árabe sobre a economia em todo o globo, muitas nações aplicaram-se em descobrir e desenvolver novas fontes de energia para a atividade industrial.

Relação Israel e árabes

Depois de passado o conflito, Israel conseguiu o reconhecimento de pelo menos um país árabe, que é o Egito. Essa reconciliação aconteceu no ano de 1978, por meio dos Acordos de Camp David. 

Questões sobre a Guerra do Yom Kippur

(UNEMAT – Universidade do Estado do Mato Grosso/2006) Entre a década de 1970 e 1980 o mundo presenciou um período de crise econômica que não respeitou se a nação era desenvolvida ou subdesenvolvida, capitalista ou socialista. Sobre essa crise, assinale a alternativa CORRETA. 

a) A elevação do preço do petróleo, devido a duas crises no Oriente Médio, mostrou como eram vulneráveis as economias industrializadas, já que dependiam da queima de combustível fóssil para se desenvolver. 

b) A crise econômica foi deflagrada por uma crise política. O confronto entre EUA e URSS pelo Vietnam, provocou uma corrida armamentista que nenhuma nação tinha capacidade de sustentar. 

c) A crise econômica foi deflagrada por uma crise militar. A disputa entre EUA e URSS pela conquista do espaço, provocou uma corrida tecnológica que nenhuma nação tinha capacidade de sustentar. 

d) A descoberta e o desenvolvimento da informática deixaram a maioria dos parques industriais ultrapassados, criando um descompasso entre as novas potências Japão e China e as “antigas”, EUA e URSS.

e) A crise desenvolveu-se pela insolvência das nações subdesenvolvidas que, por incapacidade de pagar suas dívidas externas, colocaram o sistema financeiro numa crise sem precedentes.

Gabarito: letra A. A crise econômica das décadas citadas é chamada de Crise do Petróleo e tem total relação com o fornecimento de petróleo pelos países do Oriente Médio e os conflitos entre israelenses e árabes. 

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