A Paz Armada é um período da história europeia em que não haviam batalhas ou rumores de guerra, mas, mesmo assim, as nações estavam sempre preparadas para possíveis ataques. Inclusive, elas tinham alianças de proteção entre si, e formavam equipes de defesa, como uma bomba relógio que poderia explodir e desencadear conflitos entre os países.
No contexto em que se desenvolveu, a Paz Armada foi um dos fatores primordiais para o início da Primeira Guerra Mundial. Por isso, conhecer esse período e estudá-lo é essencial, principalmente para as provas de vestibulares, que costumam cobrar todas as nuances relacionadas às duas grandes guerras mundiais.
Neste artigo, você entenderá o contexto histórico, os motivos do desenvolvimento bélico e as alianças estabelecidas durante a Paz Armada europeia e como isso culminou na Primeira Guerra Mundial. Vamos lá?
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O que foi a Paz Armada?
Admite-se que a Paz Armada começou ainda no século XIX, na década de 1870. Nesse momento da história, cada país começou a ser mais individualista, cada nação queria uma proteção maior para si mesmo, por meio de estratégia de segurança.
No cenário total, é possível observar um tipo de corrida armamentista: diferentes territórios preparavam cada vez mais instrumentos bélicos. Pouco a pouco, as armas tornavam-se mais tecnológicas e o clima de tensão aumentava entre os países.
Disputas antes da Paz Armada
Nesses séculos o mundo europeu passava por efervescências importantes, como a recém-transição do modelo absolutista para um sistema capitalista, principalmente a partir da Revolução Francesa em 1789. Além desse, outros movimentos revolucionários estavam espalhados pela Europa.
Havia ainda, os processos de unificação da Alemanha e da Itália. Cada um desses Estados conseguiu agregar territórios para si, formando governos independentes. Mas, para isso, houveram batalhas e conflitos com outros países do continente.
Um desses exemplos foi a disputa territorial entre Alemanha e França. Os alemães venceram as batalhas, porém o custo da guerra para a população francesa foi alto: agora, eles viviam em escassez, crise econômica e política. Assim, inicia-se um sentimento de revolta e vingança contra os alemães.
Com tantas modificações sequenciais na sociedade europeia, é possível observar uma alteração na visão dos indivíduos sobre suas nações. Pouco a pouco, ideias nacionalistas se difundiram em diferentes territórios, o que contribuia para uma aversão aos outros povos, acentuando o clima de tensão.
Imperialismo e industrialização
Ao mesmo tempo, a Europa estava envolvida em políticas imperialistas. Com colônias na África e Ásia, as antigas potências (Inglaterra e França) temiam a disputa colonial com os dois novos estados.
Afinal, tanto Alemanha quanto Itália se desenvolveram rapidamente até mesmo na questão industrial. Na mentalidade capitalista que já estava instalada na Europa, isso indicava concorrência por colônias, matéria prima e mercado consumidor, o que contribuía para relações cada vez mais tensas e defensivas entre os países.
Todas as razões apresentadas foram base para o estabelecimento da corrida armamentista e bélica na Paz Armada. Diante de tantas diferenças entre os países, cada um buscando seus próprios interesses, considerou-se necessário ter estratégias de ameaça uns contra os outros.
Cada país passou a desenvolver instrumentos, além de estar realmente preparado com exércitos e armas, essa ação criava um “temor” entre as nações. Cada povo sabia que, caso houvesse um conflito, as disputas seriam acirradas, pois todos davam o seu melhor.
De fato, essa tensão e período de paz “pronto para guerra” permaneceu por alguns anos. Entre 1871 e 1914. E, durante esses anos, foram construídas alianças entre os países, de forma que um deveria proteger o outro em caso de guerra. Como veremos a seguir.
Alianças na Paz Armada
As alianças da Paz Armada representam a união de países que lutariam, um a favor do outro, quando possíveis batalhas se estabelecessem. Por exemplo, se A e B estivessem aliançados, e C atacasse A, a nação B tinha por dever entrar no conflito para mediar a situação e proteger seu aliado.
Os dois grandes blocos do período foram:
- A Tríplice Aliança, formada pela união entre Alemanha, Império Áustro-Húngaro e Itália; e
- A Tríplice Entente, que reunia Rússia, França e Inglaterra.
Paz Armada e Primeira Guerra Mundial
Com todos esses motivos elencados, nações belicamente preparadas, exércitos treinados e alianças estabelecidas, podemos afirmar que, a qualquer momento, o contexto de “Paz Armada” viria a ser um cenário de guerra intensa.
Foi exatamente o que aconteceu, dando início a Primeira Guerra Mundial (1914—1918). O grande primeiro conflito do século XX, que abriu portas para uma Segunda Guerra, que acontecera alguns anos após.
Paz Armada e Guerra Fria
Tanto a Paz Armada como a Guerra Fria representam épocas de corrida armamentista, clima de tensão, chances de acontecer uma batalha a qualquer momento, disputas entre nações e etc. Mas, não sinalizam o mesmo período histórico, além de que existem diferenças significativas entre elas.
A Paz Armada aconteceu entre o século XIX e XX, entre 1871 e 1914. No fim desse período, os países envolvidos na corrida armamentista guerrearam entre si, desenvolvendo batalhas diretas, com contagem de milhões de mortos.
No caso da Guerra Fria, que ocorreu em meados do século XX, nunca houve um conflito direto entre as potências que estavam em disputa (Estados Unidos e União Soviética). Na verdade, as batalhas ocorriam de forma indireta, financiada por elas, no território de outras nações (como o Vietnã).
Outro ponto a destacar é a diferença na tecnologia bélica. Enquanto a Paz Armada buscava desenvolver armas de tiro, metralhadoras, armas químicas, tanques, aeronaves, materiais de artilharia e etc; a Guerra Fria é marcada por tecnologia nuclear.
Nesse sentido, o potencial de dano que uma disputa direta entre EUA e URSS era muito maior do que na época que antecedeu a Primeira Guerra Mundial.
Por fim, a Guerra Fria carregava, principalmente, um conflito ideológico. Os Estados Unidos e seus países subordinados lutavam em favor do capitalismo, enquanto a União Soviética e os aliados acreditavam na potência do socialismo como forma de governo.
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