Revolução Chinesa: antecedentes históricos e guerra civil 

Revolução Chinesa: antecedentes históricos e guerra civil 

A Revolução Chinesa foi um movimento revolucionário do século XX em que iniciou-se o processo de implantação do comunismo na China. Foi marcada por guerras civis e houve até mesmo envolvimento japonês durante o processo de revolução. 

Como o tema é de importância na história mundial, alguns vestibulares costumam cobrar questões contextualizadas sobre isso. Para se preparar sobre este assunto, conheça mais sobre o contexto histórico que antecedeu essa movimentação cidadã na China, quais foram as motivações para a Guerra Civil e a entrada do Japão no conflito.

Antecedentes históricos da Revolução Chinesa

Monarquia e neocolonialismo

No começo do século XX a China era uma nação monarquista, comandada por históricas dinastias, que sofria com o neocolonialismo, em que diversas potências mundiais buscavam explorar o território e seus indivíduos. 

Ao mesmo tempo em que havia interferência estrangeira, dentro do próprio regime monárquico haviam situações desfavoráveis como corrupção, falta de recursos de sobrevivência e diferenças de ideologias. Diante disso, a população local via-se no desejo de proteger sua nação, ou seja, o nacionalismo estava em desenvolvimento. 

Então, entre a primeira e a segunda década do século XX, a situação ficou insustentável, uma vez que mais e mais potências obtinham vantagens a partir da China, enquanto os povos chineses sofriam as mazelas e consequências de tais imposições. 

A dinastia que estava governando a nação naquele momento, Qing, ficou com sua imagem enfraquecida, enquanto o nacionalismo e republicanismo estavam em crescimento. Então, ocorreu a Revolução de 1911, que efetivamente encerrou o sistema dinástico no ano de 1912.

Instabilidade política

Então, foi estabelecido um governo provisório, de caráter nacionalista e republicano para cuidar do país enquanto as questões políticas eram debatidas, o nome que ficou responsável por essa função foi Sun Yat-Sen. 

A medida provisória durou pouco tempo e, então, outros governantes assumiram, tentou-se reimplantar a monarquia, mas não houve êxito. Fato é que a China passou por mais de uma década de instabilidade política, sem uma definição precisa de sistema político.

Crescimento do comunismo

Simultaneamente ocorriam guerras civis separatistas, movimentos nacionalistas e também alguns militares de influência conseguiam controlar as regiões em que eram honrados. Porém, o movimento que mais ganhou força durante esse processo foi o comunismo, que estava em ascensão pelo mundo com a Revolução Russa de 1917.

Então foi criado o Partido Comunista Chinês, abreviado em textos didáticos como PCC, do qual o conhecido militar Mao Tsé-Tung era membro. Apoiados pela União Soviética, os comunistas chineses se aproximaram do partido nacionalista, conhecido como Kuomintang.

+ Veja também:  Revolução russa: antecedentes, características e eventos

Revolução Chinesa: Guerra civil

Entretanto, em um dado momento da história, a influência dos comunistas nas cidades e vilas tornou-se maior do que os nacionalistas previam. Diante disso, os líderes do Kuomintang, especialmente Chiang Kai-shek, agiram para que o comunismo não crescesse demais. Então, o PCC resolveu igualmente se posicionar, e iniciou-se um período de Guerra Civil no território chinês. 

Os comunistas organizavam-se em movimentos nas cidades, barricadas e guerrilhas para impedir os nacionalistas, enquanto que o Kuomintang dedicou a maior parte dos recursos do governo para essa guerra civil. 

As investidas nacionalistas, apoiadas pelos Estados Unidos, foram pesadas o suficiente para afastar os comunistas. Nesse cenário, o PCC decidiu recuar seus ataques e afastar-se das regiões com maior tensão, para isso, andaram milhares de quilômetros. 

Uma pausa: a invasão japonesa

Então, outro elemento apareceu para interferir na Guerra Civil Chinesa: o Japão estava em crescente imperialismo, em economia capitalista e buscava dominar a China a alguns anos. Na década de 30 essa intenção ficou muito clara e, especialmente no ano de 1937, o Japão declarou o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, que só foi solucionada em 1945.

Mesmo durante o período de guerra havia pequenas tensões entre os grupos nacionalistas e comunistas chineses, o que evidenciava que, uma vez resolvida a questão com os japoneses, a polarização na nação continuaria.

Nesse período, então, o PCC foi estrategista em auxiliar brutalmente as populações rurais durante a luta contra o Japão, protegendo suas terras. Assim, quando as batalhas sino-japonesas foram encerradas, o exército comunista na China era mais numeroso e tinha mais recursos do que no primeiro período. 

A segunda fase da Guerra Civil

A primeira ação após a derrota japonesa foi tentar mediar o conflito, então Chiang Kai-shek reuniu-se com Mao Tse Tung para um possível acordo, mas as exigências apresentadas pelo lado nacionalista não pareceram justas aos olhos do PCC e a guerra foi retomada. 

Por cerca de 3 anos, ainda, comunistas e nacionalistas disputaram o poder no território chinês. Entretanto, as investidas comunistas sobre os campos e toda a área rural da China foi importante para restringir o Kuomintang às cidades, de forma que em 1949 os nacionalistas optaram por deixar o país. 

Então, uma figura importante do PCC, Mao Tsé-Tung assumiu o governo com a criação da República Popular da China. A partir desse instante, foram implantadas medidas, leis e regras para transformar o país em uma nação com sistema comunista. 

Questão sobre Revolução Chinesa

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA – SUL) 2023

Analise a imagem em cujo centro aparece a figura de Mao Tsé-Tung, governante da China.

A Revolução Chinesa, a partir de 1949, é marcada por dois momentos: a época de Mao Tsé-Tung (1949-1976) e o período posterior a seu governo, com as mudanças implementadas por Den Xiaoping (1978) e os seus sucessores. São características do governo de Mao:

A) economia socialista de mercado, abertura do país a investimentos estrangeiros, aumento da força de trabalho, visando à elevação da produção industrial.
B) economia planificada, coletivização forçada do campo, Revolução Cultural, visando à retirada de traços capitalistas da sociedade.
C) economia com tendências capitalistas e socialistas, estabelecimento dos kolkhozes, Grande Salto para Frente, visando ao aumento da produção agrícola.
D) economia controlada por empresas estrangeiras, consolidação do poder chinês em nível global, produção de equipamentos eletrônicos, visando ao maior crescimento do país.
E) economia dominada pela iniciativa privada, partido único, valorização das crenças religiosas tradicionais, visando à valorização do passado chinês.

Resposta: Enquanto esteve no comando da China e do Partido Comunista Chinês, Mao Tsé-Tung se inspirou no socialismo econômico soviético para colocar em prática o Plano Quinquenal, que visava incentivar a indústria a partir do controle do Estado. Além disso, promoveu a chamada Revolução Cultural com o apoio dos jovens Guarda Vermelha, que almejou eliminar influências ocidentais e kruschevistas do país.

Alternativa correta: B

Estude mais com o Estratégia Vestibulares!

No Estratégia, durante seu período de preparação, além das aulas e materiais didáticos exclusivos, você tem acesso a muitos testes e resolução de questões, para tirar suas dúvidas e expor suas habilidades e pontos a serem aprimorados. Tudo isso fortalece seu conhecimento e te ajuda na jornada rumo à aprovação. Clique no banner abaixo e saiba mais!

CTA - Estratégia Vestibulares 1

Você pode gostar também
Holocausto - Estratégia
Leia mais

Holocausto: o que foi, significado e contexto

Mais de 6 milhões pessoas entre judeus, negros, homossexuais, ciganos e pessoas com deficiência foram mortas pelo Regime Nazista. Entenda o que foi o Holocausto e como ele pode aparecer na sua prova