9 traições mais famosas da Literatura

9 traições mais famosas da Literatura

Desde Capitu até Emma Bovary, confira as traições conjugais mais icônicas da Literatura

A traição representa a quebra da fidelidade em um acordo entre pessoas, provocando a quebra da própria confiança. Seja entre casais, amigos, familiares ou parceiros de negócio, ela sempre gera drama e desdobramentos, que na maioria das vezes, é o que uma boa história precisa. Inclusive, na Literatura, a traição é uma das mentiras mais exploradas, principalmente em livros de romance. 

A infidelidade já foi pauta de muitas histórias e provocou inúmeros sentimentos, dúvidas, questionamentos e até reflexões, tanto nos leitores, quanto nos próprios personagens. Na literatura, a traição pode vir acompanhada de mistérios, vinganças e assassinatos, mas também tem os casos mais cotidianos, como insatisfação, infelicidade, insegurança e instabilidade. 

O Portal Estratégia Vestibulares preparou esta matéria com as 9 traições conjugais mais famosas da Literatura. Algumas são cobradas nos vestibulares e outras você pode simplesmente utilizar em sua redação. Acompanhe essa fofoca literária!

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Sagarana – conto “Duelo”, de Guimarães Rosa

O livro “Sagarana” é composto por nove contos que se passam no sertão e um deles, o chamado “Duelo”, conta o desenrolar de uma história de vingança e assassinato, motivada por uma traição. 

Nele, Turíbio flagra sua mulher traindo-o com o ex-militar Cassiano Gomes, e decide vingar-se matando o amante de sua esposa. No entanto, a bala destinada a acertar o adúltero, atinge o irmão do ex-militar, causando sua morte. Então, Turíbio foge para o sertão, já que passa a ser perseguido por Cassiano sedento por vingança.

O livro é leitura obrigatória dos vestibulares de algumas universidades, como Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Úrsula, de Maria Firmina dos Reis

Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, foi publicado em 1859, sendo considerado o primeiro romance abolicionista escrito por uma mulher. A narrativa é muito mais do que somente um romance entre um casal branco, ela aborda a escravidão, o machismo, o patriarcalismo, a violência e, acima de tudo, pela primeira vez nos romances brasileiros, dá espaço às vozes de personagens negras.

A história, protagonizada por Tancredo, filho de um rico fazendeiro, e Úrsula, jovem não tão afortunada, ganha vida a partir de uma traição. O jovem protagonista é traído por Adelaide, sua noiva, que o troca por seu próprio pai, movida por puro interesse. 

Tancredo, sentindo-se totalmente desiludido, sai cavalgando afora sem destino. Em certo momento da longa caminhada, seu cavalo desaba ao chão de tanta fadiga, o que ocasiona o desmaio do jovem herdeiro. Tancredo, então, é resgatado pelo escravo Túlio, que o leva até a fazenda onde o protagonista conhecerá Úrsula, seu futuro amor.

Atualmente, o  título é cobrado no vestibular de cinco universidades. São elas: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade do Vale do Acaraú (UVA).

Histórias que os Jornais Não Contam, de Moacyr Scliar

“Histórias que os Jornais Não Contam” é obra obrigatória dos vestibulares da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Unicentro e agrupa diversas crônicas do escritor Moacyr Scliar. Dentre elas, a chamada “Estranhas Afinidades” conta a história de um romance em decadência, que poderia facilmente ser encontrado na atualidade.

Na crônica, o marido e a mulher (sem nomes) vivem infelizes no casamento e, por este motivo, ambos passam a flertar secretamente na internet. No decorrer da mentira, eles acabam se apaixonando por seus respectivos amantes e marcam um encontro. Para a surpresa dos dois, descobrem que, na realidade, estavam flertando um com o outro e decidem se divorciar.

A história aborda a incoerência e a falta de diálogo entre os casais da atualidade e a liquidez das relações. Afinal, eles preferiram divorciar-se e buscar um outro amor virtual do que conversar e assumir que foram feitos um para o outro.

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Dom Casmurro, de Machado de Assis

Talvez Dom Casmurro possua o caso de traição mais famoso da literatura brasileira, uma traição que, na verdade, nem sabemos se realmente aconteceu. A história, ambientada no Rio de Janeiro do século XIX, é contada em primeira pessoa por Bentinho, personagem principal do livro. 

Em certo momento de sua vida, Bentinho casa-se com Capitu, a famosa dona dos olhos de cigana oblíqua e dissimulada, por quem era apaixonado desde a infância. O seu melhor amigo era Escobar, casado com uma amiga de Capitu, que morreu afogado em 1871. No velório do falecido, Bento passa a duvidar da fidelidade de sua esposa, acreditando que ela o traíra com Escobar.

Sua paranóia era tanta que acreditava que seu filho Ezequiel, nome dado em homenagem ao melhor amigo, era fruto da traição de Capitu com Escobar. Em vários momentos do livro, o protagonista narra a semelhança entre a criança e seu falecido parça. Mas em outros momentos do livro, percebemos que Bentinho não se encontra totalmente são. No final das contas, paira a dúvida sobre os leitores: Capitu traiu ou não traiu?

A obra é cobrada nos vestibulares do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec) e da Universidade do Vale do Acaraú (UVA).

Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

A história de Machado de Assis é contada por Brás Cubas depois de morto, por isso o nome “memórias póstumas”. Na trama, o personagem principal vive um romance com Virgília, casada com Lobo Neves.

O triângulo amoroso aborda algumas questões, como o estigma do adultério ter peso maior quando se trata da figura feminina do que da masculina. Na época em que se passa a história, era aceitável que os homens tivessem relações extraconjugais, diferente das mulheres, que deveriam ser devotas e submissas. 

As figuras masculinas do triângulo amoroso estavam em uma posição mais confortável. Brás Cubas sentia que Virgília era seu grande amor, mas isso não impediu seu espírito paquerador. Já Lobo Neves, apesar de saber do adultério da esposa, fechava os olhos diante do caso, por medo da opinião alheia.

O romance póstumo é leitura obrigatória dos Vestibulares de Inverno e Verão da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Madame Bovary, romance considerado pioneiro no movimento realista, foi escrito por Gustave Flaubert em 1857 e aborda a história de Emma e Charles Bovary. A mulher, desde muito jovem, lia livros de romances baseados em almas gêmeas e amor perfeito e, por isso, acabou idealizando o amor.

Portanto, Emma considerava sua vida monótona, seu casamento um tédio, já que não era nada parecida com aquilo que amava ler. Além disso, Charles mostra-se um marido rude, o que intensifica a insatisfação da mulher. Então, arrependida da vida que escolheu, ela busca outras formas para sentir-se feliz, encontrando no adultério, uma fuga da realidade.

Porém, a amargura que Madame Bovary sente pela vida não acaba tão fácil. Ao longo do livro ela entra em depressão, endivida-se, decepciona-se com seus amantes (sim, é mais de um) e acaba tendo um desfecho bem infeliz e triste.

Anna Kariênina, de Liev Tolstói

Este clássico da literatura russa conta a história de Anna Kariênina, casada que se apaixona por um oficial do exército, chamado Vronsky. Apesar de levar uma vida feliz com seu marido e filho, a mulher, que faz parte da alta sociedade, larga tudo para viver um caso extraconjugal, criando conflitos com sua família e a sociedade.

Ao longo do romance, Tolstói explora temas como amor, infidelidade, família, sociedade e a busca do sentido da vida. Ele também oferece um retrato detalhado da Rússia da época, com suas classes sociais, política e cultura. Ao final de tudo, assim como em outras obras do escritor, a protagonista tem um fim infeliz. 

A Besta Humana, de Émile Zola

A obra publicada em 1890 por Émile Zola combina romance, suspense psicológico, assassinatos e traições, abordando os desejos mais macabros da alma humana. Sévérine, casada com Roubaud, vive uma rotina pacata alimentada por compras e viagens a Paris. Certo dia, o marido descobre um antigo caso de sua juventude, que o transforma em uma besta enciumada.

Nesse dia, Roubaud espanca e humilha a esposa, traçando um plano de vingança contra o ex-amante de Sévérine. A mulher, ameaçada de morte, é obrigada a participar da emboscada. 

O que não se espera é que a viagem de trem na qual os personagens embarcam para concluir a vingança abre espaço para um novo conflito: Sévérine se apaixona pelo maquinista Jacques. Então, os apaixonados buscarão meios bestiais de se livrar de Roubaud.

O Primo Basílio – Eça de Queirós

A trama, escrita pelo escritor realista português Eça de Queirós, acontece em Lisboa e acompanha a vida do casal Jorge e Luís, que não viviam um casamento feliz. Apesar de Jorge demonstrar ser um bom marido, Luísa, assim como Madame Bovary, era uma leitora encantada por romances e nutria sentimentos, desde a juventude, por outro homem: seu primo Basílio.

Com a volta de Basílio à Lisboa, ele e Luísa passam a ter um caso, que logo é notado por Juliana, governanta da protagonista. A narrativa envolve chantagens, mentiras e, corações partidos.

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