Orações subordinadas adverbiais: quais são e classificações

Orações subordinadas adverbiais: quais são e classificações

Na norma culta da Língua Portuguesa, a sintaxe diz respeito a função de cada palavra ou oração dentro do contexto. As orações subordinadas adverbiais são um dos papéis que uma oração pode admitir, no estudo sintático. 

Ao ler este artigo, você conhecerá quais são as orações subordinadas adverbiais e como elas podem ser classificadas, de acordo com a relação que estabelece com a parte principal da frase, que pode ser proporção, tempo, comparação, entre outros temas. Leia, se aprofunde no assunto e veja exemplos!

O que é uma oração subordinada?

Dentro do contexto sintático, uma oração pode ser subordinada ou coordenada. De forma que orações subordinadas são aquelas que possuem uma relação de dependência com a oração principal da frase. Ou seja, a frase só é completa em sentido completo quando a oração subordinada está presente.

No caso das orações subordinadas adverbiais, admite-se que elas atuam como um advérbio na frase. Do ponto de vista sintático, serão classificadas como adjuntos adverbiais, complementando o sentido do enunciado. 

Cada uma dessas orações pode expressar um tipo de ideia, a depender do contexto. Em geral, é possível entender se elas querem trazer noção de causa, tempo, modo, condição, proporção, finalidade, entre outros sentidos. Comumente, as conjunções que ligam a oração principal à oração subordinada adverbial são as pistas essenciais para entender qual o tipo de sentido que ela trará ao texto.

Classificações da orações subordinadas adverbiais

Oração subordinada adverbial causal 

Como aponta o nome, esse tipo de oração subordinada adverbial traz uma relação de causa ou motivo com a oração principal. Ela serve para explicar o porquê de a oração principal acontecer, ou seja, transforma em uma frase de causa e efeito.

Exemplo: Como estava com dor, fui ao hospital.

Note como o texto em destaque explica a causa do porque o sujeito da oração principal foi ao hospital. Veja que a palavra “como” está destacada e sublinhada, porque conjunções desse tipo são ótimas para expressar uma relação de causa e efeito, entre outras semelhantes (pois, porque, já que, uma vez que, visto, por causa de, etc).

Oração subordinada adverbial comparativa

Uma oração subordinada adverbial comparativa consegue estabelecer uma relação de comparação entre o seu conteúdo e aquilo que está apresentado na oração principal. Geralmente é introduzida por conjunções como: tal qual, assim como, como, conforme, segundo, consoante, entre outras. 

Exemplo: Te amo tanto quanto você me ama

A expressão “tanto quanto” traz o sentido de comparação, equivalência entre os amores, qualificando-os dentro do contexto. Assim, pode-se presumir que é uma oração subordinada adverbial comparativa.

Oração subordinada adverbial concessiva 

A concessão, na Língua Portuguesa, diz respeito à quebra de expectativa, mudança na rota. Então, as orações subordinadas adverbiais concessivas expressam uma ideia contrária àquilo que pareceria óbvio. 

Exemplo: Paulo participou do show de talentos da escola, embora não seja tão dedicado às artes. 

Entre as conjunções utilizadas para expressar essa ideia temos: embora, ainda que, conquanto, mesmo que, por mais que e etc. Uma dica importante para saber classificar as orações subordinadas adverbiais é decorar duas das conjunções principais e tentar substituir dentro do texto. Se o sentido se mantiver, o tipo de oração foi identificado corretamente. 

Oração subordinada adverbial conformativa

A conformidade da oração subordinada adverbial sempre vem acompanhada de conjunções como: consoante, conforme, segundo, como. Note que uma mesma conjunção pode expressar ideias diferentes, por isso é necessário ter uma boa interpretação do texto e do contexto, para identificar corretamente a classificação.

Exemplo: Foi embora mais cedo, conforme foi pedido pela mãe

Oração subordinada adverbial condicional 

A oração subordinada adverbial condicional traz uma ideia de condição com a oração principal. Ou seja, existe um pré-requisito para que a ação primordial do enunciado aconteça, como demonstra o exemplo abaixo.

Quero beijar você, desde que estejamos comprometidos.

Note que a oração subordinada determina uma circunstância que precisa acontecer previamente, uma condição, para que o beijo da oração principal se concretize. Outras conjunções que podem ser utilizadas nesse caso são caso, se, mediante que, salvo que e etc. 

Oração subordinada adverbial temporal 

Como indica o nome, trata sobre a relação de tempo entre a oração subordinada e a oração principal. Geralmente são introduzidas por conjunções do tipo: quando, enquanto, desde que, sempre que, antes que, agora que, logo que, após, depois que, entre outras. 

Exemplo: Logo que for aprovado no vestibular, viajarei para comemorar. 

Oração subordinada adverbial final 

É uma classificação das orações subordinadas adverbiais que expressa a finalidade da oração principal. Ou seja, expressa o objetivo da realização da ação principal.

Exemplo: Estudamos para ser aprovados.

Veja que o objetivo da ação “estudar” é ser aprovado e a conjunção utilizada para unir essas duas ideias é “para”. Outros termos conectivos que se encaixam na oração subordinada são adverbial final são: para que, porque, que, etc. 

Oração subordinada adverbial proporcional

A última das classificações a ser estudada, a oração subordinada adverbial proporcional consegue desempenhar um papel de proporção entre as orações do enunciado. Para isso, são escolhidas conjunções como: à medida que, tanto quanto, quanto, entre outros exemplos.

Exemplo: Quanto mais a prova se aproximava, mais ele estudava.

Note como a oração em destaque se traz uma questão de proporcionalidade, pois à medida que o tempo passa, aumenta-se a intensidade do estudo. 

Orações subordinadas reduzidas e desenvolvidas

Cada uma das orações subordinadas podem ser escritas em uma frase reduzida ou em uma frase desenvolvida, a depender do contexto e necessidade do autor. Isso não influencia na classificação da oração, mas sim na forma como ela é apresentada.

Para que a frase fique mais curta, podem ser retiradas as conjunções e os pronomes introdutórios. Os verbos são transferidos para o formato infinitivo, gerúndio ou particípio. Então, a classificação fica mais restrita à interpretação do leitor. Veja alguns exemplos:

  • Quando cheguei à escola, a sala estava inundada. (forma desenvolvida)
  • Chegando à escola, a sala estava inundada. (forma reduzida)
  • Como estava com dor, fui ao hospital.
  • Estando com dor, fui ao hospital. (forma reduzida)

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