Relações de Sinonímia e Antonímia: entenda as diferenças e como usar cada um

Relações de Sinonímia e Antonímia: entenda as diferenças e como usar cada um

Veja as relações entre antonímia e sinonímia e como elas são importantes no cotidiano e também na escrita

Na Língua Portuguesa, as relações de sinonímia e antonímia são muito importantes para a compreensão e elaboração de um bom texto. De forma resumida, sinônimos são palavras que possuem significados idênticos ou muito semelhantes, ao passo que os antônimos são palavras que possuem sentidos opostos.

Neste artigo, além de aprender melhor como utilizar cada um, suas nuances e importância nas construções em língua portuguesa, você verá os principais pontos relacionados ao assunto e como ele pode cair na prova.

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Tipos de sinônimos 

Como vimos, sinônimos são palavras com significados idênticos ou semelhantes, mas não só. Há sinônimos reais, que possuem os mesmos significados em palavras diferentes. Por exemplo, as palavras “feliz”, “contente”, “alegre”. As três são escritas de forma distinta, porém, contém o mesmo significado. 

Já os sinônimos contextuais são aqueles em que os significados das palavras se equivalem dependendo do contexto em que estão inseridos, ou seja, de como a palavra foi usada naquele texto e como os elementos que estão em volta se relacionam para geração de sentido.

Exemplo: problema e desafio. Nem sempre é possível substituir uma palavra pela outra sem que haja alteração naquilo que se quer dizer.

  • Nosso grupo do seminário de gramática tem um problema/desafio para resolver;
  • Ela está passando por problemas psicológicos (situação negativa); e
  • Ele está aberto a novos desafios (situação positiva, demonstra um caráter proativo, de interesse em evoluir).

Tipos de antônimos

Entre os tipos mais comuns, há os antônimos contraditórios, que é quando uma palavra nega um termo e consequentemente implica a afirmação total de outro, ou seja, se algo não é uma coisa, necessariamente é outra. Exemplo: “justo” e “injusto”. Se algo não é justo, é automaticamente injusto, o oposto. 

Os antônimos complementares, por sua vez, também têm relação de oposição, mas diferentemente dos contraditórios, a presença de uma palavra não exclui totalmente a outra. 

Exemplo: “A luz está apagada”, ou “A luz está acesa”, veja que aqui ou a lâmpada está acesa, ou apagada. As duas possibilidades existem e não são contraditórias.

Já os antônimos correlativos (ou relacionais), embora sejam opostos, têm relação de cumplicidade entre si. Tomando como exemplo os substantivos “pai” e “mãe”, entende-se que há funções semelhantes – no caso, cuidar, educar os filhos. 

Como diferenciar antônimos de sinônimos 

A principal diferença entre eles está em seus significados. Enquanto os sinônimos possuem significados semelhantes, oferecendo opções variadas para expressar uma ideia sem alterar seu sentido, os antônimos criam uma oposição direta entre dois conceitos. Se atentar a esses detalhes na hora da prova é importante para chegar à resposta correta. 

Estratégias para o uso de sinônimos e antônimos 

Antônimos 

É possível explorá-los estrategicamente de diversas formas dentro de um texto. Uma delas é por um viés mais estilístico e semântico, em que é possível alternar entre palavras que sejam antônimas a fim de adicionar variedade à escrita, tornando a experiência de quem está lendo mais fluida, dinâmica e, consequentemente, mais envolvente. 

Outra forma é utilizar esse recurso para explorar ambiguidade ou dualidade, com objetivo de abordar situações ou sentimentos ambíguos de alguma personagem mais complexa dentro de uma narrativa. Exemplo: “O filho mais novo era forte fisicamente, mas fraco emocionalmente”.

Sinônimos 

O uso de sinônimos é, muitas vezes, um recurso coesivo que dá mais fluidez e estilo ao texto, evitando a repetição de palavras. Uma boa estratégia, por exemplo, em uma redação de vestibular, é usar construções como “O carro dele quebrou durante o trajeto. Ele, infelizmente, não sabia consertar o automóvel”. 

Ou, ainda, a fim de conferir mais profundidade. O emprego de “lar” para descrever uma casa, sugerindo uma conotação emocional, de afeto, enquanto “residência” é mais neutro e formal.

Confira um exercício sobre o tema

Hora de colocar a mão na massa! Veja como esse conteúdo pode cair no vestibular:

Fuvest (2019)

Seria difícil encontrar hoje um crítico literário respeitável que gostasse de ser apanhado defendendo como uma ideia a velha antítese estilo e conteúdo. A esse respeito prevalece um religioso consenso.Todos estão prontos a reconhecer que estilo e conteúdo são indissolúveis, que o estilo fortemente individual de cada escritor importante é um elemento orgânico de sua obra e jamais algo meramente “decorativo”. Na prática da crítica, entretanto, a velha antítese persiste praticamente inexpugnada.

Susan Sontag. “Do estilo”. Contra a interpretação.

Consideradas no contexto, as expressões “religioso consenso”, “orgânico” e “inexpugnada”, sublinhadas no texto, podem ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por: 

A) místico entendimento; biológico; invencível. 
B) piedoso acordo; puro; inesgotável. 
C) secular conformidade; natural; incompreensível. 
D) fervorosa unanimidade; visceral; insuperada. 
E) espiritual ajuste; vital; indomada.

Resposta:

No contexto apresentado, as expressões significam:

“religioso consenso”- algo que todos concordam de maneira religiosa, ou seja indiscutível. Assim, a melhor alternativa é “fervorosa unanimidade”;

“orgânico”- algo que faz parte da essência da obra, que funciona na obra de maneira intrínseca. Assim, a melhor alternativa é “visceral”; 

“inexpugnada”- a palavra vem do radical “pugn-“, que forma uma série de outras palavras, como “expugnar”, “pugnar”, “impugnar”, entre outras. É o vocábulo mais difícil de se compreender.

Pelo contexto, é possível compreender a partir de “velha antítese” que se trata da oposição entre forma e conteúdo. Pelo “entretanto”, percebe-se que há uma oposição ali: a crítica ainda lida com a separação de forma e conteúdo, diferente do “religioso consenso”. Assim, a palavra que melhor representa “inexpugnada” é “insuperada”. 

Gabarito: D

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