7 citações de Umberto Eco para usar na redação
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7 citações de Umberto Eco para usar na redação

O autor do best-seller “O Nome da Rosa” tornou-se uma importante personalidade da cultura contemporânea; veja 7 citações do escritor e saiba mais sobre sua trajetória

Uma das personalidades mais influentes da Europa, o italiano Umberto Eco é conhecido por “reinventar a figura do intelectual”. Além de escritor, já exerceu papel de filósofo, professor e crítico literário. Eco dedicou-se aos estudos da Filosofia, Literatura, Estética e Semiótica, consolidando, em 1980, a carreira literária, após publicar o best-seller “O Nome da Rosa”, seu primeiro romance. 

O Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo para te apresentar a trajetória deste filósofo, além de separar sete de suas citações que podem ser essenciais para a redação dos vestibulares e do Enem.

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Quem foi Umberto Eco?

Umberto Eco nasceu em 1932, em Alexandria, na região do Piemonte, na Itália, vivenciando o período do fascismo durante sua infância. Aos dez anos de idade, o escritor ganhou um concurso de redação, que possuía como tema: “Devemos morrer pela glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália?”.

Anos mais tarde estudou Filosofia e Literatura na Universidade de Turim, onde também concluiu o seu mestrado. Eco se destacou por suas contribuições multifacetadas no campo acadêmico e literário, tornando-se uma importante personalidade da cultura contemporânea. 

Ele obteve reconhecimento mundial com seu romance de estreia “O Nome da Rosa”, publicado em 1980, que alcançou recorde de vendas. A obra é ambientada em um mosteiro italiano que sofre uma série de assassinatos e combina mistério, história, teologia e semântica. Ela foi adaptada para o cinema em 1986.

Outros livros importantes de Umberto Eco incluem “O Pêndulo de Foucault” (1988), uma narrativa que explora teorias conspiratórias, símbolos e sociedades secretas ao longo da história e “O Cemitério de Praga” (2010), um relato fictício que explora eventos históricos como os protocolos dos Sábios de Sião e os antissemitas na Europa do século XIX.

Além de seus romances, o filósofo é responsável por importantes contribuições na área da semiótica e estética. Seu primeiro livro sobre o assunto, intitulado “Obra Aberta” (1962), defende a ideia de que a obra de arte é um campo aberto, onde o espectador tem um papel ativo na criação do significado, contribuindo com sua própria bagagem cultural, emocional e intelectual.

Já o “Tratado Geral de Semiótica”, publicado em 1975, explora os princípios, métodos e aplicações da semiótica em diferentes contextos culturais. Nesta obra, Eco associa a semiótica como uma ciência interpretativa e discute a sua relação com a cultura e a comunicação.

Vale destacar que o filósofo também abordou temas semióticos em suas obras de ficção. Em livros como “O Nome da Rosa” (1980) e “O Pêndulo de Foucault” (1988), ele incorpora elementos da semiótica e teoria dos signos na trama, explorando a natureza dos símbolos e significados dentro das histórias.

Ou seja, sua capacidade de transmitir ideias da semiótica em uma linguagem mais compreensível foi fundamental para ampliar o alcance e a compreensão do tema, tanto dentro quanto fora dos círculos acadêmicos.

Umberto Eco faleceu após complicações decorrentes de um câncer aos 84 anos, em 2016, na cidade de Milão, na Itália. Um ano antes de sua morte, publicou o livro “Número Zero” (2015), um romance que critica o mau jornalismo e a manipulação da mídia. 

Agora que você já conhece Umberto Eco, confira sete citações do escritor que podem ser usadas na redação dos vestibulares e do Enem!

1 – “Nem todas as verdades são para todos os ouvidos, nem todas as mentiras podem ser reconhecidas como tais” – O Nome da Rosa

No contexto do livro, essa citação pode ser entendida como uma reflexão sobre a complexidade da verdade e da interpretação, especialmente considerando o ambiente do mosteiro onde a história se passa. 

Eco utiliza esse cenário para explorar como as verdades podem ser manipuladas, escondidas ou distorcidas por diversas razões, sejam elas políticas, religiosas ou pessoais.

2 – “As pessoas nascem sempre sob o signo errado, e estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo” – O Pêndulo de Foucault

Umberto Eco parece questionar a noção de que os indivíduos estão predeterminados por influências externas, como signos astrológicos ou circunstâncias do nascimento. Ele propõe que a verdadeira realização pessoal e existência digna envolve o constante esforço para se corrigir e se aprimorar ao longo da vida.

3 – “Alguém que é feliz a vida toda é um cretino. Por isso, antes de ser feliz, prefiro ser inquieto” – Trecho da entrevista “O professor aloprado”, Folha de S. Paulo

Essa frase foi dita por Eco durante a entrevista nomeada “O professor aloprado”, para o jornalista Juan Cruz, da Folha de S. Paulo. 

Eco parece desafiar a ideia convencional de felicidade permanente, sugerindo que a perpétua felicidade pode estar ligada à falta de reflexão, desenvolvimento ou até mesmo à ignorância. Para ele, não existe a felicidade, apenas a inquietude.

4 – “O limite entre o veneno e o remédio é bastante tênue, os gregos chamavam a ambos de Pharmacon” – O Nome da Rosa

Essa citação reflete a ideia de que a fronteira entre algo que pode ser nocivo ou benéfico, venenoso ou curativo, muitas vezes é sutil e pode variar dependendo do contexto e da maneira como é utilizado.

5 – “Os livros não são feitos para acreditarmos neles mas para os questionarmos. Quando pensamos num livro não devemos perguntar-nos o que é que diz mas sim o que é que significa” – Número Zero

Eco acreditava que a leitura não se trata apenas de absorver o que está no texto, mas sim de buscar significados mais profundos, levando em consideração o contexto e as interpretações pessoais. 

Essa abordagem enfatiza a importância da reflexão crítica ao interagir com a literatura, convidando os leitores a não apenas aceitar passivamente o que é apresentado, mas a investigar, questionar e descobrir os múltiplos significados que um livro pode oferecer. O escritor também explora essa ideia em sua teoria do “bosque da ficção”.

6 – “Para rebater uma acusação, não é necessário provar o contrário, basta deslegitimar o acusador” – Número Zero

Essa estratégia é frequentemente empregada em debates, argumentações políticas ou até mesmo em situações cotidianas, nos quais, ao invés de enfrentar diretamente os argumentos ou as acusações feitas, o destaque recai na desqualificação da pessoa que os apresenta.

7 – “As mídias sociais deram o direito de fala à legião de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade” – discurso Umberto Eco na Universidade de Turim

Essa frase é uma declaração feita por Umberto Eco durante seu discurso ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na Universidade de Turim.

Para ele, com a ascensão das mídias sociais, qualquer pessoa pode expressar suas opiniões publicamente, atingindo uma audiência muito maior. Eco usa a expressão “legião de imbecis” para se referir a indivíduos que podem usar essas plataformas para disseminar informações falsas e propagar o ódio, causando impactos negativos na sociedade.

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