Em 25 de setembro, celebra-se o Dia Nacional do Rádio, uma data que homenageia sua importância na construção da identidade brasileira e no fortalecimento da cidadania.
A data é celebrada no aniversário de Edgard Roquette-Pinto (1884-1954), considerado o “pai da radiodifusão brasileira”. Ele foi responsável por fundar, em 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira emissora do país, que tinha caráter educativo e cultural.
O rádio é um dos meios de comunicação mais populares e democráticos da história do Brasil. Criado oficialmente no país em 1922, ele atravessou décadas como principal fonte de informação, cultura e entretenimento para milhões de pessoas, chegando a lugares onde outros meios não alcançavam.
O meio de comunicação inspirou diversas produções cinematográficas, tanto no Brasil quanto no exterior. Essas obras exploram desde o papel do rádio como instrumento de resistência política e social até sua função como companhia cotidiana e espaço de inclusão.
Por isso, conhecer esses filmes é uma ótima forma de compreender a força simbólica do rádio e, assim, enriquecer o repertório sociocultural em redações de vestibulares.
O Portal Estratégia Vestibulares selecionou sete obras cinematográficas sobre o tema que ajudam a refletir sobre o impacto desse meio de comunicação e que podem ser utilizadas em diferentes propostas de redação. Confira!
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Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977)
O filme, baseado em história real, narra a trajetória de Lúcio Flávio (Reginaldo Faria), um assaltante de bancos que se torna figura célebre no Rio de Janeiro dos anos 1970.
Entre fugas espetaculares, confrontos violentos e uma vida marcada pela marginalidade, a obra expõe não apenas a ascensão e queda do criminoso, mas também a relação entre o crime organizado, a polícia e a corrupção estrutural do país durante a ditadura militar.
Em vários momentos, o rádio aparece como ferramenta de informação e de construção da opinião pública, retratando o jornalismo policial e sua relação com a sociedade.
A Hora da Estrela (1985)
Adaptação do livro de Clarice Lispector, o filme acompanha Macabéa (Marcélia Cartaxo), uma jovem nordestina pobre que tenta sobreviver em São Paulo. O rádio aparece como elemento central da vida da protagonista, que busca no meio um escape para sua realidade difícil. Ele representa a função de companhia, esperança e entretenimento para as classes populares.
O filme pode ser usado para abordar a importância cultural e social do rádio no Brasil, especialmente como voz das camadas marginalizadas e como símbolo de sonhos e pertencimento.
Rádio Pirata (1987)
Pedro Bravo (Lauro Corona), funcionário de uma empresa de informática, descobre um esquema de corrupção envolvendo negociatas em licitações governamentais. Em meio ao dilema sobre como lidar com essas informações, ele conhece Alice Souza Dias (Marisa Orth), uma jovem ousada que comanda uma rádio pirata instalada em uma van.
Juntos, eles passam a circular pelas ruas do Rio de Janeiro transmitindo notícias sobre o caso, usando o rádio como ferramenta de denúncia e resistência. À medida que as transmissões ganham alcance, o escândalo se transforma em um debate nacional.
Pode ser citado em temas sobre corrupção, cidadania, democratização da comunicação, resistência cultural e liberdade de expressão, mostrando como o rádio pode ser instrumento de mobilização popular e de enfrentamento às injustiças sociais.
O Homem que Copiava (2003)
André (Lázaro Ramos), um jovem operador de fotocopiadora em Porto Alegre, leva uma vida monótona até se apaixonar pela vizinha. Aos poucos, entra em uma série de pequenos crimes para mudar de vida.
Embora o foco não seja o rádio, o meio aparece no cotidiano do personagem como pano de fundo da vida urbana, retratando a presença constante da mídia sonora no Brasil.
O filme pode ser citado em reflexões sobre o rádio como parte da cultura cotidiana brasileira, especialmente entre camadas populares, mostrando como ele molda imaginários e acompanha rotinas.
Bom Dia, Vietnã (1987)
O longa acompanha Adrian Cronauer (Robin Williams), um locutor e humorista de rádio das Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã. Com humor, ele quebra protocolos militares e conquista os soldados, mas também enfrenta censura e conflitos políticos.
O filme mostra o rádio como uma ferramenta de comunicação em contextos de guerra, tanto para manter a moral dos soldados quanto para manipular informações. Pode ser citado em temas sobre censura, liberdade de expressão, manipulação midiática e o papel social da comunicação em cenários de conflito.
Vale destacar que o filme, embora anti-guerra, ainda reflete uma perspectiva ocidental, especialmente americana, tratando os vietnamitas como pano de fundo ou como personagens secundários.
Um Som Diferente (1990)
Mark (Christian Slater), um adolescente tímido, cria uma rádio pirata clandestina para denunciar hipocrisias da escola e falar sobre os problemas da juventude. O programa atrai seguidores e gera debates sobre liberdade e repressão.
O rádio é retratado como espaço alternativo e de resistência, onde jovens encontram voz para questionar padrões sociais. Serve para abordar liberdade juvenil, contestação social, democratização da comunicação e resistência cultural.
Talk Radio (1988)
O filme acompanha Barry Champlain (Eric Bogosian), locutor de um programa de rádio ao vivo conhecido por suas opiniões ácidas. Com o aumento da audiência, ele também passa a sofrer ataques e ameaças, expondo os dilemas da comunicação de massa.
Mostra como o rádio pode influenciar a opinião pública e, ao mesmo tempo, expor comunicadores à polarização e aos riscos da exposição midiática. Útil para discutir responsabilidade da mídia, limites da liberdade de expressão e a influência da comunicação nas massas.
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