A data de 18 de abril marca o Dia Nacional do Livro Infantil, e o Brasil é referência no assunto, com autores imporantes na área, como Cecília Meireles, Ruth Rocha, Monteiro Lobato, Ziraldo e Maurício de Souza. Mas, você já parou para pensar que, ainda que essas histórias sejam voltadas para crianças, elas podem servir como repertório para uma redação?
Diversos livros infantis tratam, por exemplo, sobre problemas sociais, com o objetivo de formar seus leitores desde cedo, e é aí em que essas obras viram citações importantes. Por isso, o Portal Estratégia Vestibulares listou, a seguir, livros infantis que podem ser citador na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de outros vestibulares. Confira:
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A eleição dos bichos
Lançado em 2018, o livro dos autores André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun, tem como público alvo crianças de cinco a oito anos e trata sobre democracia e todo processo eleitoral no Brasil.
Na história, o Leão, que é o rei da selva, começa a adotar posturas antidemocráticas que impactam a vida de todos os outros animais. Descontentes com a situação, os bichos convocam uma eleição, na qual os candidatos são a Macaca, a Cobra, a Preguiça e o próprio Leão.
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Sinto o que sinto e a incrível história de Asta e Jaser
O livro, lançado em 2019, marca a estreia do ator e escritor Lázaro Ramos na literatura infantil, e aborda a perspectiva de uma criança diante da dificuldade de lidar com diferentes sentimentos. A obra defende que identificar e nomear emoções como a raiva, a alegria e o orgulho é fundamental para o desenvolvimento emocional, inclusive nos adultos.
Além disso, o livro também traz, através do avô do protagonista, discussões sobre ancestralidade, pertencimento, diversidade cultural, aceitação e respeito às diferenças. A história é indicada para crianças a partir dos seis anos de idade.
Chupim
Autor do livro “Torto Arado”, obra obrigatória nos próximos vestibulares da UEPG, Itamar Vieira Junior estreia na literatura para crianças, ao lado de Manuela Navas, com o livro “Chupim”, de 2024. A história retorna ao cenário de Torto Arado, dessa vez sob a perspectiva de uma criança, e é indicado para leitores a partir dos cinco anos de idade.
O protagonista é uma criança que precisa acompanhar os pais no trabalho no campo, espantando o passarinho chupim, uma praga para plantação. Diante disso, o autor discute a necessidade de adultos de levarem suas crianças para o trabalho em fazendas de pessoas muito ricas, o que lhes pode negar acesso à educação e os colocar em situação de trabalho infantil.
Quinzinho
A obra de Luciano Ramos e Bruna Assis Brasil retrata uma família feliz que tem seu cotidiano afetado após o filho, Quinzinho, sofrer racismo na escola. A história traz um diálogo entre pai e filho em busca da construção do orgulho de ser negro, da autoestima e do empoderamento da criança como forma de enfrentamento às agressões raciais.
Assim, o autor trabalha também a discussão sobre paternidade ativa e explora masculinidades alternativas e afetuosas. O livro foi lançado em 2020 e é indicado para crianças a partir de seis anos de idade.
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Os invisíveis
O livro, lançado em 2021 por Tino Freitas e Odilon Moraes, é indicado para crianças a partir de seis anos e conta a história de um e menino que possui um super poder. Em sua família só ele consegue enxergar os invisíveis. E essa é a primeira reflexão proposta pela obra, os “invisíveis” são, na verdade, o gari ou uma pessoa em situação de rua, e nesse contexto, às vezes o protagonista se sente invisível também.
O tempo passa, o menino cresce, se forma na faculdade, começa a trabalhar e vai perdendo seu super poder. As responsabilidades da vida adulta o fazem enxergar como todos, observando apenas sua bolha.
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Entre sonhos e dragões
Escrito por Adriana Carranca, que também é autora da famosa obra “Malala, a menina que queria ir para a escola”, o livro conta a história de três meninas afegãs durante a volta do Talibã ao poder no país. Nessa história, os “dragões” servem como analogia ao grupo extremista.
As protagonistas Meena, Shamsia e Sadaf sonhavam em mudar o mundo que observavam de suas janelas e as armas que escolheram para isso foram a arte e o esporte. O livro foi publicado em 2022 e é indicado para crianças a partir de nove anos.
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Não somos anjinhos
O livro do escritor Gusti Rosemfett foi publicado em 2018 com o objetivo de desesteriotipar a vida de crianças com Síndrome de Down e de suas famílias. O autor mostra que, como qualquer outra criança, elas se entristecem e se aborrecem, divertem-se e choram; são amorosas e fazem piadas e riem dos outros, mentem e fazem travessuras.
A obra é indicada para leitores a partir de cinco anos de idade e se propõe a discutir com a leveza das crianças um tema que pode ser enxergado com dificuldade pelos adultos, além de ter o objetivo de promover a inclusão de pessoas com Síndrome de Down.
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