Olá, queridos. Sou a Prof. Celina Gil, e trago neste artigo mais uma proposta de tema de redação. Em 2019, o Brasil assistiu a dois casos de violência chocantes: do dia 13 de março, ocorreu na cidade de Suzano um ataque perpetrado por ex-alunos à sua antiga escola.
Além de matarem 5 estudantes e duas funcionárias, os dois atiradores também não sobreviveram: um assassinou o outro e depois tirou a própria vida. Já no dia 2 de agosto, um homem fez passageiros de um ônibus reféns na Ponte Rio-Niterói. Ele acabou sendo morto por atiradores de elite da Polícia Militar.
A partir da leitura dos excertos e da charge apresentados a seguir, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa. Os textos poderão servir como subsídios para a sua argumentação, mas não devem ser integralmente copiados.
Veja também: 7 citações sobre violência para usar na redação
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Texto I
Os autores do atentado que matou oito pessoas (entre elas, cinco adolescentes) em uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, estão sendo investigados por uma possível ligação com um grupo virtual no qual mensagens de ódio são espalhadas e crimes violentos são prometidos constantemente. Os chamados “chans”, fóruns virtuais muitas vezes situados na deep web – uma parte da internet só acessível com ferramentas específicas que dão anonimidade aos usuários – entraram na mira da Polícia Federal e do Ministério Público após os assassinatos.
Trata-se de uma faceta dos crimes de ódio pouco conhecida do público, mas já investigada pelas autoridades há algum tempo, afirma Pablo Ortellado, doutor em filosofia, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas na USP e coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação, que monitora o fluxo de usuários na internet em relação a conteúdos políticos. Esses fóruns virtuais, diz, não são sempre espaços de propagação de ódio, mas em muitos casos são criados com esse fim, com uma “cultura de misoginia, racismo, discriminação que são movidas pela frustração”.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/03/chans-o-que-se-sabe-sobre-os-canais-que-espalham-odio-pela-internet-e-comemoraram-o-atentado-em-suzano.html. Acesso em nov.2019
Texto II
Em menos de uma quinzena, a sociedade brasileira assistiu boquiaberta a dois graves atos de indisciplina em salas de aula. Em uma escola pública da cidade de Carapicuíba – SP, estudantes de uma turma hostilizaram uma professora arremessando-lhe livros e vandalizaram a sala de aula quebrando carteiras. Na escola particular da próspera cidade de Simões Filho, no interior da Bahia, alguns estudantes humilharam um professor veterano e o chamaram de fedorento, como se pode ver na gravação que os próprios fizeram.
(…)
Sem qualquer pretensão de passar a mão na cabeça de qualquer estudante indisciplinado ou postergar a necessidade imediata de diminuir os indicadores de violência nas escolas brasileiras, sou de opinião ser urgente à sociedade discutir o tipo de escolas públicas e particulares que temos e que sonha ter, a atual percepção social dos professores, a baixa remuneração de todos os profissionais de educação, a adequação das instalações escolares e o aparelhamento didático-pedagógico delas para a realização de processos de ensino de tempo integral.
Fonte: http://www.justificando.com/2019/06/13/o-que-a-violencia-escolar-diz-sobre-nos/ Adaptado de Acesso em nov. 2019.
Texto III
De acordo com os dados do Atlas da Violência de 2017 organizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), entre 2011 e 2015 houve cerca de 280 mil homicídios no Brasil (55 a 65 mil vítimas por ano), quantidade de mortos semelhante à da guerra da Síria no mesmo período. O 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública lançado pela FBSP na terça-feira, 30 de outubro, mostra que 2016 foi o ano mais violento deste século: quase 62 mil mortos em homicídios e latrocínios.
(…)
A juventude é o alvo principal: a idade média das vítimas de homicídio caiu de 25 para 21 anos de 2005 para 2015. Mais de 318 mil jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados entre 2005 e 2015, de forma que a taxa de homicídio tenha sido de 61 a cada 100 mil jovens brasileiros em 2015. Quase a metade dos óbitos de pessoas de 15 a 24 anos no Brasil são causadas por homicídios. E 92,5% dos jovens assassinados de 15 a 29 anos são homens, de forma que 113,6 em cada 100 mil homens brasileiros foram assassinados em 2015. A taxa de homicídios é bastante desigual regionalmente, tendo sido o Nordeste a região mais violenta: em uma década a taxa de homicídios cresceu de 25 para 40 a cada 100 mil.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/573362-desigualdade-e-preconceito-perpetrados-pela-sociedade-e-pelo-estado Acesso em nov. 2019.
Texto IV
Redação corrigida
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