Temas de redação do vestibular da Uerj nos últimos anos

Temas de redação do vestibular da Uerj nos últimos anos

Reunimos os temas de redação do vestibular da Uerj dos últimos anos para você conhecer e explorar as possibilidades e características da prova

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) conta com vestibular próprio para selecionar novos alunos todos os anos. O processo conta com dois exames de qualificação que classificam estudantes para o exame discursivo, que é considerado a segunda fase da prova.

É no exame discursivo que é aplicada a redação, além de mais duas provas específicas de acordo com o curso escolhido na inscrição. A Uerj seleciona uma obra obrigatória exclusiva para a redação todo ano desde a edição 2018, e ela é explorada no tema final, em uma redação dissertativa-argumentativa, gênero mantido há mais de uma década pela banca.

Vale mencionar que, por conta da pandemia, a instituição optou por realizar apenas um exame de qualificação nas edições 2021, 2022 e 2023, mas as provas contavam também com redação.

Dentre os últimos temas apresentados pela Uerj estão a ética da verdade, crimes de vingança, violência e opressão, leitura de literatura na formação de valores e debates sobre interesses e usos das pesquisas científicas. Confira esses e mais temas abaixo.

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2025 — O governo de uma nação pode exercer controle sobre o corpo feminino com base em princípios religiosos?

Utilizando o livro “O Conto da Aia”, que também conta com adaptação para a série de mesmo nome, a Uerj questionou os limites da religião no papel de gênero das mulheres, um dos assuntos mais presentes na obra, como tema de redação da edição 2025.

2024 — Qual seria, para você, a moral da história narrada em “O menino do pijama listrado”?

O tema de redação da Uerj 2024 aborda a fábula “O menino do pijama listrado”, do escritor irlandês John Boyne e que foi adaptado em diversas linguagens artísticas, inclusive para o cinema. A redação dissertativa-argumentativa, em prosa, precisava discutir a moral por trás do livro, utilizando argumentos compatíveis com a obra.

2023 — A capacidade de se opor a um destino socialmente estabelecido fortalece nossa humanidade?

A discussão em torno do tema de redação da Uerj 2023 era a capacidade de se opor ao destino, assunto debatido na obra “Não me abandone jamais”, de Kazuo Ishiguro, escritor nipo-britânico vencedor do Nobel de Literatura de 2017. A ficção desenvolve, ao longo do livro, temas como solidão, ingenuidade, desilusão, humanidade e destino, os últimos dois mais explorados pela banca na composição do argumento da redação.

2022 — O princípio “certeza não é verdade” deve orientar as pessoas na condução de suas vidas públicas e privadas?

A discussão sobre certeza não ser verdade foi explorada no tema de redação da Uerj 2022, que tinha como obra norteadora o livro “Uma janela em Copacabana”, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, brasileiro e carioca. O livro policial que explora dois assassinatos em Copacabana, foi pano de fundo para o texto ao trazer um trecho da obra em que personagens discutem a subjetividade da certeza, utilizando termos que se parecem, mas se distanciam, como verdade, fatos, conclusão, a própria palavra certeza e uma expressão: “certeza íntima”.

2021 — A mentira programada é uma arma política válida para conquistar o poder e sustentá-lo?

A discussão sobre fake news como arma política está presente também como “mentiras programadas”, na obra “1984”, do escritor inglês George Orwell, que escreveu a obra na década de 40. A discussão sobre poder político e as armas para conquistá-lo está presente no tema de redação da Uerj 2021.

2020 — O que leva pessoas, em condições semelhantes às de Fabiano, a se considerarem inferiores às demais?

“Vidas secas”, de Graciliano Ramos, foi o livro utilizado no tema de redação da Uerj 2020. A banca explorou o personagem Fabiano, que se vê como bicho, em atitudes de servidão e de inferioridade, para discutir tais assuntos e as motivações que tornam, ou podem tornar, pessoas sucetíveis a tais condições.

2019 — É justificável cometer um crime para vingar outro crime?

Rubem Fonseca, por sua obra “O seminarista”, foi o autor escolhido para compor o tema de redação da uerj 2019. O personagem principal é um matador de aluguel, que conta em primeira pessoa algumas de suas histórias de vida e como ele se vinga de outro matador, responsável pelo assassinato de sua namorada. A pergunta criada pela banca discute a justificativa dada por grupos ou pessoas que se vingam de alguém ou de outro grupo cometendo crimes, e qual é a ética e moral de tais atos.

2018 — A verdade pode ser estabelecida com base em uma única perspectiva?

Capitu traiu Bentinho? A talvez maior dúvida da literatura brasileira foi tema da redação da Uerj 2018. A obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, traz um narrador-personagem que apresenta aos leitores apenas a sua versão da história, cabendo a quem está com o livro nas mãos escolher acreditar ou não. E, nesse cenário, a verdade a partir de uma perspectiva é verdade mesmo?

2017 — Cidade maravilhosa: para quem?

O tema de redação Uerj 2017 utilizou um quadro de 1822 do pintor inglês Augustus Earle para ilustrar o espanto das pessoas da época com a beleza do local em que fica a cidade do Rio de Janeiro. A expressão “cidade maravilhosa” surgiu apenas em 1900, e a banca trouxe também um fragmento do livro “Cidade Partida”, de Zuenir Ventura, para discutir a segregação radical existente na cidade, a partir da expulsão de parte da população para morros e periferias.

2016 — Necessidade de conhecer experiências históricas de violência e opressão, para a construção de uma sociedade mais democrática

Ao utilizar uma ilustração sobre a comissão nacional da verdade e um fragmento do livro “Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura”, do escritor alemão Walter Benjamin, para falar sobre experiências desumanizadoras do passado e como elas podem auxiliar na construção de um futuro menos opressor. O tema de redação da Uerj 2016 solicitou, portanto, aos estudantes, um posicionamento sobre o assunto e como ele pode contribuir para uma experiência mais democrática.

2015 — É preciso levar em conta a leitura de literatura para avaliar a formação e os valores de uma pessoa

O argumento feito pelo psicanalista e escritor italiano Contardo Calligaris é o tema da redação da Uerj 2015. Foi solicitado aos estudantes um posicionamento acerca do ponto de vista defendido pelo intelectual no texto “Qual romance você está lendo?”, adaptado e exposto como texto base para a redação.

2014 — A necessidade de que a sociedade conheça e debata as motivações, interesses e usos das pesquisas científicas

Um trecho do artigo “Ciência na educação popular”, publicado por Ennio Candotti para o site da Casa da Ciência, da UFRJ, foi utilizado pela banca que formulou o tema de redação da Uerj 2014. A discussão levantada pelo texto trata sobre a divulgação da ciência e como ela deveria ser feita, segundo o autor. A proposta de redação solicitou aos estudantes que discutissem o assunto e sua importância para a sociedade.

2013 — Tempo é dinheiro, porque deve ser empregado em produzir riqueza ou não pode ser resumido ao dinheiro, porque isso é uma brutalidade?

Em 2013, a discussão que rondou o tema de redação da Uerj foi o tempo, o dinheiro e como os dois conceitos se relacionam. De um lado, um trecho do estadunidense Benjamin Franklin, considerado um dos pais fundadores dos Estados Unidos, defende que tempo é dinheiro e que deve ser utilizado para produzir riqueza; do outro lado, um trecho de um artigo de autoria da psicanalista brasileira Maria Rita Kehl, defende que resumir o tempo ao dinheiro é uma brutalidade. Coube aos estudantes escolher uma das posições e defendê-la em seu texto.

Vestibular Uerj: redação (formato atual)

A Uerj seleciona um livro para que os estudantes leiam e debatam em seus textos, algum assunto existente na obra. É importante lembrar que não se trata de uma resenha ou resumo sobre a produção escolhida, o que pode levar o candidato a ter a prova zerada. A banca vai avaliar a capacidade de argumentação, articulação de ideias a partir de recursos expositivos e persuasivos.

Trata-se portanto de uma dissertação sobre o problema levantado a partir da obra, sendo de crucial importância a leitura do livro e uma análise crítica do aspectos sociais, culturais e econômicos levantados pelo autor.

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