Dia Internacional da Mulher: conheça a história de profissionais notáveis na área da tecnologia e a aprovada em 1º lugar em SI na USP

Dia Internacional da Mulher: conheça a história de profissionais notáveis na área da tecnologia e a aprovada em 1º lugar em SI na USP

De Ada Lovelace às profissionais de hoje, conheça seus trabalhos e como a área mudou para as mulheres

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Estratégia Vestibulares preparou um artigo sobre profissionais de uma área na qual elas ainda são pouco reconhecidas. Conheça com a Coruja mulheres notáveis na tecnologia e se inspire nas suas conquistas.

Além disso, você vai conhecer também a história da Beatriz Vieira da Silva Andrade, que foi aprovada em 1º lugar no curso de Sistemas de Informação em um dos maiores vestibulares do Brasil, o da Fuvest. Confira!

Ada Lovelace e o primeiro código de programação

Você já reparou que existem algumas profissões que são dominadas por um gênero? Na Enfermagem, por exemplo, 85% dos profissionais são mulheres, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Já na área da Tecnologia da Informação (TI), o quadro se inverte e elas são apenas 20% do total de profissionais, como aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Mas esse cenário nem sempre foi assim, Ada Lovelace, matemática inglesa, foi a primeira pessoa a programar um algoritmo na história. Ainda em 1834, no século XIX, ela desenvolveu um código para a Máquina Analítica, um dispositivo de cálculo idealizado por Charles Babbage.

O pioneirismo de Lovelace permitiu a construção do primeiro computador, em 1953, quase um século depois da sua morte, além da possibilidade do aprimoramento de tecnologias e a criação de softwares indispensáveis para toda a sociedade hoje.

Mulheres na tecnologia

Depois de Ada, outras mulheres também se destacaram com trabalhos importantes que revolucionaram a tecnologia e proporcionaram grandes feitos à humanidade. Conheça algumas delas:

Hedy Lamarr

Conhecida como “mãe do wifi”, Hedy era uma atriz e inventora austríaca e judia que fugiu para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Além da gloriosa carreira artística, sua maior contribuição tecnológica foi a invenção de um aparelho que proporcionava interferência em ondas de rádio para despistar radares nazistas.

A ideia surgiu durante um dueto com o músico, e também inventor, George Antheil, ao se comunicarem alterando os controles do piano, Lamarr percebeu que se o emissor e o receptor mudassem constantemente de frequência, os dois poderiam estabelecer um contato sem interceptação.

Os dois inventores ofereceram o projeto para o Departamento de Guerra dos Estados Unidos, mas ele não foi usado. Apenas em 1962, o País passou a usar tecnologia em missões militares em Cuba, e mais tarde indústrias adquiriram a patente e o aparelho serviu de base para o desenvolvimento de conexões  Wi-Fi e CDMA.

Grace Hopper 

Durante as décadas de 40 e 50, Grace atuou como almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos. Foi a criadora da linguagem de programação chamada Flow-Matic, que serviu de base para a criação do COBOL (Common Business Orientede Laguage), uma linguagem muito popular de processamento de banco de dados e usada até hoje, e por isso ficou conhecida como “Vovó do COBOL”.

Também foi Grace quem cunhou o termo “bug”, quando ao procurar a causa de um problema em seu computador, encontrou um inseto preso nele — bug significa inseto, em inglês —. 

E não para por aí, viu? Hopper fez parte da equipe de criação do UNIVAC I (Universal Automatic Computer), o primeiro computador com objetivo comercial fabricado e comercializado nos EUA. Depois disso, ela criou um compilador que traduzia textos para linguagem computacional.

Katherine Johnson

Você deve conhecer um pouco da sua história graças ao filme Estrelas Além do Tempo, de 2016. Isso porque um dos fatos mais notórios da carreira de Katherine foi o cálculo da trajetória da missão Apollo 11, que levou o primeiro astronauta à Lua, em 1969. 

Em uma época de segregação e negação dos direitos civis às pessoas negras nos Estados Unidos, Johnson foi a primeira mulher negra a ser creditada por um relatório, e graças ao seu trabalho, um dos maiores feitos aeroespaciais pôde ser realizado.

Frances Allen

Frances foi a responsável por otimizar o processo de compilação dos computadores até em processadores de baixo desempenho, ou seja, melhorou a conversão de programas de software em uns e zeros. 

Ela também trabalhou na criação de sistemas de segurança digital na agência nacional de segurança estadunidense, a National Security Agency (NSA). Além disso, foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Turing (em referência a Alan Turing, considerado o pai da Ciência da Computação).

Campanha do Google para o Dia Internacional da Mulher em 2020

Quando a tecnologia ficou tão masculina?

A resposta para essa pergunta pode não ser tão surpreendente assim. Uma pesquisa do National Science Foundation e da American Bar Association apontou que até o ano de 1984 o número de mulheres era proporcional ao de homens nos cursos de computação.

Pensando nisso, vale lembrar que a década de 80 foi a época do advento dos vídeo-games e dos PCs (Personal Computers). Naquele tempo, ambos eram considerados brinquedos, e ao descobrir que uma propaganda focada em públicos específicos era mais assertiva, o ramo do marketing determinou que os computadores e vídeo-games seriam focados no público masculino.

Revista Cosmopolitan 1967 / Foto: Hackenoon

Com a queda de representatividade na área e a falta de estímulo da mídia e da indústria para o consumo dos produtos, as mulheres foram indiretamente afastadas da área da tecnologia.

Propaganda da gigante da tecnologia Apple na década de 80 / Foto: Reprodução

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A tecnologia (ainda) é delas

Lembra da Beatriz Andrade, que falamos lá no comecinho do texto? Ela tem uma história muito inspiradora na área da tecnologia e acabou de ser aprovada em primeiro lugar no curso de Sistemas de Informação no campus de São Carlos da USP. Incrível, né?

A Bia tem como inspiração no TI o seu padrinho, e desde os 12 anos já se interessava pela profissão ao vê-lo com seus colegas de trabalho. “Eu perguntei ‘onde vocês trabalham?’, e minha madrinha tentou explicar assim por cima, ela só falou ‘informática, eles ficam no computador o dia inteiro’, e eu nem sabia o que era e falei ‘eu quero ficar no computador o dia inteiro também’”, conta.

Ainda no Ensino Médio, ela ingressou no Instituto Federal, e lá iniciou sua trajetória no TI com o curso Técnico de Informática. Por essa ser sua primeira experiência com a área, Beatriz comenta que teve sorte de gostar: “Imagina se eu não tivesse gostado? Me envolvi em vários projetos, iniciação científica, extensão e falei ‘isso aqui é o que eu gosto mesmo e eu vou continuar’”.

Durante o curso, Andrade participou de projetos de tecnologia voltados à Saúde e a educação de informática a idosos: “A tecnologia é importante, lógico, em vários campos, científicos e tal, mas quando ela é aplicada em uma parte específica da sociedade, uma parte que tá carente, uma parte que tá faltando, eu acho que ela fica mais legal ainda”, comenta.

Beatriz foi aprovada em 1º lugar em Sistemas de Informação na USP e em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Unicamp / Foto: Arquivo Pessoal

A partir daí é que ela teve certeza que queria construir sua carreira dentro dos sistemas de informação. E, como você aí do outro lado da tela sabe, não é nada fácil enfrentar o vestibular da Fuvest, ainda mais ser aprovada em primeiro lugar. E para Bia não foi diferente.

“Tive que conciliar o último ano do Ensino Médio com o trabalho, com o cursinho. Revisão, listas, exercícios. A minha noite acabava lá pra 2 horas da manhã e eu acordava às 7 horas. Meu final de semana também era super corrido, eu fazia lista, ia fazer simulados em algum lugar, usava os simulados do Estratégia, era sempre essa correria toda”.

A Bia conta que já estudava com o material gratuito do Estratégia Vestibulares, e para estar bem preparada para a segunda fase do vestibular, assinou o pacote Fuvest. E todo o esforço valeu a pena, além de garantir o sonhado primeiro lugar da USP, ela também foi aprovada em outra gigante paulista, a Unicamp.

“Eu fui, paguei o curso de segunda fase, e era exatamente o que eu estava esperando. Até mais. Aulas muito completas, [aulas de] obras [com] mais de 5 horas de conteúdo, foi muito legal, valeu muito a pena a segunda fase da Fuvest. E eu usei pra Unicamp, usei para outros [vestibulares] que eu fiz também, porque se aplicou super bem”.

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