Escolhas e recomeços: histórias de estudantes que mudaram de curso e carreira
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Escolhas e recomeços: histórias de estudantes que mudaram de curso e carreira

Sempre é tempo de mudar, seja de curso, faculdade e até mesmo de carreira; confira a trajetória de alguns aprovados com a Coruja

Você sabia que, entre 2012 e 2021, cerca de 59% dos estudantes não terminaram seus cursos de graduação? Inclusive, segundo o Censo da Educação Superior de 2021, esses dados apresentam-se muito similares aos dados das duas edições anteriores. A desistência pode ser incentivada por diversos motivos, como problemas financeiros, incompatibilidade com a rotina e a não identificação com o curso.

Nesse último caso, a maioria dos estudantes opta por mudar de graduação, como é o caso de Guilherme Cabral, que fazia Jornalismo, mas, por não se adaptar ao curso, decidiu trancar e iniciar Odontologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Além disso, existem situações nas quais os estudantes, após terminar a primeira graduação, resolvem tentar novamente em outro curso. Mariana Justiça, formada em Biomedicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é, atualmente, graduanda em Medicina na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), que sempre foi seu sonho. 

+ Exercitando a mente: veja a trajetória de Mariana Justiça, aprovada em Medicina na Famerp

+ Sempre é tempo de mudar: veja a trajetória de Guilherme Cabral, aprovado em Odontologia na UFSC

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Já a Bruna Callegari, aprovada em Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP), queria ter a possibilidade de trabalhar com a saúde humana e do planeta, mas já cursava Publicidade e Propaganda. Por esse motivo, a universitária resolveu conciliar sua rotina e realizar as duas graduações. “Sou vegana e bem engajada com a causa da sustentabilidade, então percebi que a carreira para qual eu estava me encaminhando não me dava muita possibilidade de trabalhar com isso”, explica a estudante.

É essencial destacar que sempre é tempo de mudar: trancar o curso, mudar a graduação ou a carreira, pedir transferência, sentir-se insatisfeito com o rumo que as coisas estão tomando é comum. E por esse motivo, o Portal Estratégia Vestibulares preparou essa matéria com o objetivo de abordar casos de aprovados que são um exemplo de que mudar de ideia é normal e até mesmo sinal de amadurecimento. Acompanhe a seguir!

De volta aos estudos: João Pedro Hommar de Noronha 

João Pedro, formado em Medicina Veterinária pela Universidade de Brasília (UnB), conta como foi difícil a decisão de largar sua profissão para embarcar na jornada de estudar para o vestibular novamente. “Voltar a estudar as coisas que eu estudei no Ensino Médio foi um desafio muito grande, pois já estava distante disso tudo há algum tempo e não lembrava de muita coisa”, assume o estudante.

No entanto, ao iniciar sua preparação, percebeu que, com sua maturidade de hoje em dia, as matérias pareciam mais interessantes do que eram na sua adolescência, tornando o estudo prazeroso. 

O médico veterinário, aprovado em 3° lugar em Medicina na Universidade Católica de Brasília (UCB), finalizou seu depoimento deixando um recado valioso aos vestibulandos e universitários: “A disciplina ao estudar sempre será difícil, seja no cursinho ou na faculdade, mas ela sempre será muito recompensadora no futuro”.

Conciliando trabalho e estudo: Renata Gaspar Barbosa Correa

Renata Correa resolveu prestar o vestibular de Geografia na USP depois de já ter cursado Direito. A advogada de 29 anos foi aprovada em primeiro lugar no processo seletivo. “Hoje minha motivação com o curso é conciliar o que eu faço – mercado de capitais focado em agro – com geografia, mas não descarto um dia jogar tudo pro alto e dar aulas apenas”, assume a estudante.

Um dos maiores desafios para Renata foi conciliar seu trabalho no escritório de advocacia com os estudos, mas, apesar da rotina apertada, ela não deixava seus momentos de lazer com a família e os amigos de lado. Ela diz que por já possuir um emprego, não sentia tanta pressão em relação a formar uma carreira sólida como geógrafa e nem com o salário.

“A escolha pelo curso é muito pelo conhecimento e não pelo diploma. Eu não vou ganhar mais por isso, nem ter uma promoção, mas eu vou ser uma pessoa e uma profissional melhor”, explica Renata sobre sua motivação para cursar Geografia.

Autoconhecimento e inspiração: Alessandra Pedrão 

Alessandra Pedrão reconheceu seu verdadeiro interesse enquanto cursava Ciências Físicas e Biomoleculares, também chamada de CFBio, na USP de São Carlos, na qual ingressou em 2016. Durante sua graduação, a estudante passou a ter curiosidade por áreas de pesquisa voltadas à neurociência, comportamento humano e psicopatologias, que não eram o foco de seu curso.

Por esse motivo, ao final de 2018, Alessandra trancou a faculdade para prestar o vestibular de Psicologia, que, inclusive, era sua segunda opção quando estava no cursinho. Atualmente, a jovem está cursando a graduação desejada na USP, na qual foi aprovada na 20ª posição.

A universitária assume, ainda, que apesar de não concluir CFBio, as professoras da antiga graduação foram essenciais em sua jornada: “As minhas maiores inspirações são as professoras e pesquisadoras que tive enquanto estudei no Instituto de Física de São Carlos e a professora e pesquisadora premiada Yvonne Mascarenhas, que me inspiram a seguir carreira acadêmica”.

Desejo de fazer o bem: Daiane Aparecida Gonçalves 

Após se formar no Ensino Médio, em 2012, Daiane Gonçalves desejava se dedicar à vida consagrada, por isso iniciou uma experiência vocacional em uma comunidade religiosa católica. Sete anos se passaram e a jovem percebeu que aquilo não era o que ela realmente queria, deixando, assim, a comunidade.

A partir disso, Daiane resolveu retomar os estudos para ingressar em Medicina na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Como ela e seus pais moravam em uma cidade interiorana que não possuía curso pré-vestibular, a estudante iniciou seu preparo sozinha. Um ano e meio depois, Daiane conquistou uma bolsa integral no Estratégia Vestibulares por meio do provão de bolsas.

Com sete meses de preparo intenso com a Coruja, a jovem alcançou aquilo que tanto sonhou: sua vaga em Medicina na UEM. “Quando saíram os resultados, fiquei muito feliz! Conquistei nota máxima em Ciências da Natureza no Enem e a aprovação em oitavo lugar no vestibular da UEM 2021, o mais concorrido do Paraná, com 385 alunos por vaga”, relata a futura médica.

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