Reprodução sexuada: conceitos, características e exemplos

Reprodução sexuada: conceitos, características e exemplos

Você já viu alguma questão de vestibular sobre reprodução sexuada, gametas e troca de material genético? Então, saiba que esse assunto é muito recorrente no Enem e outras provas ao redor do país.

Dada a frequência do tema, o Estratégia Vestibulares reuniu as informações mais importantes de reprodução sexuada no artigo abaixo. Além disso, veja exemplos práticos de como as bancas cobram o assunto. Leia agora!

Conceito de reprodução sexuada

A reprodução sexuada acontece quando dois gametas, um feminino e outro masculino se fusionam, dando origem a novo ser vivo. Esse processo pode acontecer em fungos, animais e vegetais.

Um ponto importante a ser destacado é que a reprodução sexuada não é sinônimo de relação sexual. Existem animais, como a tênia, que são dioicos e produzem gametas de ambos os sexos, fazendo assim a reprodução sexuada sem a necessidade do ato sexual.

A principal vantagem da reprodução sexuada é a variabilidade genética que a troca de gametas traduz: as informações dos progenitores masculino e feminino estarão presentes no novo indivíduo.

Com isso, a seleção natural é favorecida, bem como a evolução das espécies. Apesar de suas vantagens, a reprodução sexuada acontece de maneira lenta e complexa, com gasto de energia alto para os parentais.

Veja, nos tópicos a seguir, alguns conceitos importantes para o conhecimento sobre esse assunto:

Sexo biológico 

O sexo biológico de um ser vivo pode ser determinado pelas características físicas, hormonais e pelo sistema reprodutor presente.

As espécies que apresentam apenas um sexo aparente são chamadas de monoicas, de forma que sempre produzirão um tipo de gameta sexual, como os grandes mamíferos. Por sua vez, existem filos em que os animais apresentam ambos os sexos, como as minhocas — eles podem ser chamados de dióicos ou hermafroditas.

Gameta masculino 

O gameta masculino, conhecido como espermatozóide, varia entre as espécies. No geral, ele apresenta uma cauda ou flagelo desenvolvidos a partir do citoesqueleto, com essas estruturas ele consegue se deslocar em direção a célula reprodutiva feminina.

Além disso, essas estruturas estão acopladas a muitas mitocôndrias, responsáveis pela energia química que garante a motilidade. Em muitas espécies, o complexo de golgi se torna desenvolvido, porque as secreções produzidas nessa organela são cruciais para o sucesso da fecundação. 

Gameta feminino

Conhecido como ovócito ou oócito, o gameta feminino não se desloca no ambiente. Seu tamanho é grande, quando comparado com um espermatozóide e, ele é responsável por armazenar nutrientes para um possível feto.

Fecundação

É o processo de encontro entre os gametas, de forma que duas células de material genético haplóide dão origem a uma nova estrutura, chamada de ovo ou zigoto, com configuração genética diplóide.

A fecundação pode acontecer de maneira:

  • externa, quando os gametas são liberados no ambiente e se encontram fora do corpo dos parentais, como acontece com briófitas, peixes e sapos; ou
  • interna, se o encontro entre espermatozóides e óvulo acontecem dentro do corpo da fêmea como, por exemplo, nos humanos e elefantes.

Reprodução sexuada nos vegetais

As briófitas e pteridófitas, os primeiros filos do reino Plantae, necessitam da água para a realização da reprodução sexuada: os gametas masculinos são liberados no ambiente aquoso e nadam em direção ao gameta feminino, atraídos por substâncias químicas.

Nos próximos filos, gimnospermas e angiospermas, a célula masculina está inserida no grão de pólen: essa configuração permite que os gametas sejam independentes da água e mais resistentes ao tempo — se espalham mais pelo ambiente.

Essa alteração evolutiva foi essencial para a disseminação desse tipo de planta pelos mais diversos ecossistemas. Além disso, a existência dessa reprodução sexuada indica maior diversidade genética e maior chance de adaptação de uma espécie no ambiente. 

Além disso, é importante saber que os vegetais apresenta um ciclo de vida com alternância de gerações: na fase de esporófito ocorre a liberação de esporos, que trabalham assexuadamente e, em outro momento, a planta está na etapa de gametófito, na qual os gametas são os responsáveis pela reprodução. 

Reprodução Sexuada nos humanos

Na espécie humana, a reprodução sexuada depende do espermatozóide masculino e do ovócito secundário (ou óvulo) feminino. Essas células, quando se encontram, interagem entre si e dão início ao processo de fecundação.

Inclusive, sabe-se que a constituição celular do óvulo possui barreiras de proteção que impedem :

  • a implantação de espermatozoides de outras que não o gameta humano; e
  • a penetração de vários espermatozóides em um óvulo que já está fecundado.

O tamanho do ovócito e de seu citoplasma influenciam na predominância das mitocôndrias maternas no zigoto. Além do mais, as mitocôndrias espermáticas estarem atreladas ao flagelo, que não entra na composição do zigoto, entende-se que a herança mitocondrial dos humanos é sempre materna.

A expressão gênica dos materiais fornecidos pelos parentais será, então, controlada pelo processo de  embriogênese humana — onde ocorrerá a multiplicação e diferenciação das células, para a formação de um indivíduo adulto.

Contracepção

Com o planejamento familiar e alterações no estilo de vida da sociedade, é comum que muitos casais querem ter filhos em um momento específico ou ainda optem por não procriar.

Nesse caso, é muito importante que o processo de reprodução sexuada seja interrompido em algum ponto: foi então que os pesquisadores desenvolveram os métodos contraceptivos.

Os métodos de barreira impedem a chegada do espermatozoide até o óvulo, impedindo uma possível fecundação — o mais conhecido é preservativo, também chamado de camisinha. 

As técnicas hormonais visam impedir que a mulher ovule, como no caso das pílulas anticoncepcionais. Em adição a esses, diversos outros meios trabalham para interromper o processo de reprodução sexuada na espécie humana.

Questão de reprodução sexuada

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Em uma comparação, sob o ponto de vista de favorecimento evolutivo e adaptação, a reprodução sexuada é mais importante que a assexuada. Qual das alternativas a seguir, com relação à reprodução sexuada, melhor justifica essa afirmativa?

a) Sempre se processa após a meiose que produz gametas.
b) É exclusiva de forma de vida evoluída.
c) Dá origem a um maior número de descendentes.
d) Permite uma maior constância no genoma dos descendentes.
e) Promove uma maior variabilidade genética na população.

Uma das maiores vantagens da reprodução sexuada é a fusão dos gametas e a união das características genéticas, que permite uma maior variabilidade de genes entre os indivíduos e, a longo prazo, favorece a perpetuação da espécie pela seleção natural.

Isso ocorre porque as informações genéticas, quando transmitidas, podem selecionar os indivíduos adaptáveis a um ambiente ou situação específica. Assim, a alternativa correta é a letra E.

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