Anfíbios: o que são, características e classificação 

Anfíbios: o que são, características e classificação 

Os anfíbios são um grupo de animais que introduziram uma grande novidade evolutiva quando comparados à classe que vieram antes deles na escala de evolução que é conseguir uma mínima independência em relação à água. Isso significa que não era mais necessário passar todo o tempo dentro do ambiente aquoso para sobreviver.

Apesar disso, essa liberdade ainda não foi completa, então eles estão sempre localizados próximos aos lagos, rios e outros ambientes úmidos. É o comportamento típico dos sapos e rãs, como veremos adiante. Então, continue lendo e aprenda mais sobre os anfíbios, como suas características gerais e como eles podem ser classificados. 

Características dos anfíbios

Primeiramente, os anfíbios são animais vertebrados e o nome da classe remete àqueles que possuem “ambos tipos de vida”, em referência à boa adaptação terrestre e aquática ao mesmo tempo. 

Respiração

Diante disso, é importante dizer que trata-se de animais com respiração cutânea. Na história evolutiva, este tipo de sistema respiratório significa uma maior dependência da água, porque a pele não pode ficar ressecada, ou não consegue captar os gases essenciais. Para contornar esse obstáculo e permitir maior vivência terrestre, alguns anfíbios possuem também um pulmão para respirar e, então, são mais resistentes ao ressecamento do ambiente terrestre. 

Além disso, a pele de algumas espécies possuem glândulas que secretam substâncias para umedecer e lubrificar toda a superfície cutânea, também como auxílio à respiração. Por fim, é importante citar que, mesmo que em menor número, certos tipos de anfíbios possuem hábitos exclusivamente aquáticos e então realizam respiração por meio de brânquias. 

Vida dupla, reprodução e ectotermia

Outra característica que aponta para uma maior dependência aos ambientes úmidos e/ou aquáticos é a ectotermia. Nesse tipo de animal, a temperatura interna do corpo não pode ser regulada pelo próprio metabolismo, então, alterações muito bruscas da temperatura ambiental determinam, diretamente, mudanças no sistema fisiológico. Nesse sentido, os ambientes mais úmidos fornecem um maior conforto térmico. 

Ainda sobre a interdependência entre terra e água, é necessário citar que o modo de reprodução de grande parte dos anfíbios depende da liberação de gametas dentro da água, em um modelo de fecundação externa, para a maioria das espécies. Então, viver longe dos corpos aquáticos não seria tão viável para esses animais. 

Inclusive, é importante mencionar que o desenvolvimento de grande número de anfíbios é considerado ovíparo indireto: após a fecundação forma-se um ovo, de onde eclode uma larva, geralmente chamada de girino. Elas aquáticas, com um formato que facilita a natação e possuem respiração branquial.

À medida que crescem, a cauda de natação é “recolhida” e o animal adulto já não apresenta essa estrutura — é um exemplo de metamorfose. Surgem, então, membros na parte de trás e da frente do animal, que agora se locomove por meio dessas “patas”, por meio de saltos, principalmente entre as pererecas e as rãs. E, inclusive, os anfíbios são a única espécie de vertebrados que possuem apenas quatro dígitos nas mãos.

Anfíbios: Alimentação e excreção 

A dieta e alimentação dos anfíbios é variada, conforme a espécie e a fase do desenvolvimento em que estão. É comum que as larvas tenham uma alimentação por algas, devido ao seu comportamento de vida aquática. Já os adultos são, em sua maior parte, animais predadores que se alimentam de pequenos invertebrados, como os insetos. 

Nesse sentido, os anfíbios são essenciais para controlar a população de pernilongos e mosquitos em determinadas regiões, pelo equilíbrio estabelecido em uma cadeia alimentar. Por isso, a exterminação dos sapos pode ser determinante para um aumento significativo de insetos em geral.

Todos os nutrientes recebidos a partir da alimentação precisam circular pelo corpo do animal e, para isso, eles apresentam um sistema circulatório fechado, ou seja, com vasos sanguíneos que conduzem o fluido por toda a estrutura corporal. Como bomba para impulsionar esse movimento está um coração com três câmaras: dois átrios e um ventrículo.

Depois de circular, é importante que o sangue dos animais vertebrados seja filtrado, para eliminar todas as substâncias tóxicas, nocivas ou danosas para o organismo. Para essa função existe o sistema excretor, que, nos anfíbios, apresenta rins formados por néfrons que fazem essa filtração.

Classificação dos anfíbios 

Anura

anfíbios: anura
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Anura é o grupo de anfíbios mais conhecido pelos humanos, principalmente porque é representado por sapos, rãs e pererecas, animais que estão presentes em muitas regiões do Brasil.

Na vida adulta, eles não possuem cauda, mas tem quatro membros curtos que permitem a locomoção por meio de saltos. Com essa movimentação, eles podem buscar suas presas e capturá-las através de uma língua pegajosa que “prende” os pequenos insetos e traz para dentro do sistema digestório do animal.

Uma característica que destaca o grupo é a presença do canto, também chamado de coaxar, que chama muita atenção e pode indicar quando estamos próximos a corpos d’água. Essa voz tem diversas funções biológicas, entre elas a atração de outros anfíbios para a cópula ou defesa territorial.

Anura - anfíbios
Imagem: Reprodução/Wikimedia

É importante mencionar que devido ao hábito predador e também por defesa, muitas espécies de anuros possuem glândulas venenosas. Com possíveis exceções, é necessário ficar atento especialmente aos animais que possuem uma pele de coloração muito brilhante e chamativa, como alguns sapos de tonalidade amarela intensa — pode indicar que possuem venenos poderosos e amplamente nocivos.

Urodela

urodela
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Os urodelos, ao contrário do grupo anterior, são aqueles que possuem cauda na vida larval e também no indivíduo adulto. Sua estrutura corporal conta também com pequenos membros que têm tamanho semelhante entre si. 

Salamandras e tritões são exemplos de animais que possuem essas características. Em geral, é um grupo de anfíbios diversos, com algumas adaptações para a vida exclusivamente aquática, enquanto outras espécies já podem se aventurar melhor no ambiente terrestre.

Apoda

Apodas
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Também conhecidos como gymnophiona, os ápodas são anfíbios que não possuem patas, essencialmente. Seu corpo é longo, semelhante ao das cobras (tipo de répteis), a similaridade é tamanha que algumas espécies são conhecidas como “cobras-cegas”. 

Aponta-se que seu formato é vermiforme, por lembrar as lombrigas e tênias. A questão da cegueira também tem relação com seus olhos pequenos e não muito úteis para a visão em si. O que está relacionado com os hábitos desse grupo de anfíbios, já que a maior parte das espécies passa a vida toda no subterrâneo, sem muito contato com a região externa luminosa. 

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