Células epiteliais: o que são, tecido epitelial e importância

Células epiteliais: o que são, tecido epitelial e importância

Você sabia que a pele é um órgão do corpo humano? Por definição, um órgão é uma estrutura com tipos de tecido que trabalham com uma função específica. Diante disso, a pele é um órgão composto por tecidos de células epiteliais, além de partes mais profundas como a derme e hipoderme. 

No texto abaixo você conhecerá melhor as células epiteliais que constituem a pele e também fazem parte do revestimento de muitas outras estruturas corporais. Essas organizações celulares são interessantes porque, além de proteger o organismo, também participam de processos como a guia do embrião até o local certo do útero. Quer saber mais? Continue lendo. 

O que são células epiteliais?

Como vimos anteriormente, os tecidos são constituídos por células. Então, as células epiteliais são, essencialmente, os arranjos celulares do tecido epitelial. A partir disso, é necessário entender que existem diferentes tipos dessas células, com funções e localizações específicas dentro do corpo humano.

Isso faz com que o tecido epitelial seja muito diversificado e útil em diversos pontos do organismo. Por exemplo, as células epiteliais revestem a língua úmida, a pele seca, a palma da mão que já tem um aspecto mais grosseiro, constitui a parede de vasos sanguíneos e linfáticos, participa da composição de glândulas e muito mais. 

+ Veja também: Tipos de células: eucariontes, procariontes e diferenças

Características das células epiteliais

Muitas vezes, a estrutura de uma célula epitelial é estudada a partir da divisão da membrana plasmática em três partes diferentes: a região apical (que fica na parte de cima, no ápice, polo), a região lateral e a região basal (que está na base, parte de baixo).

Como as células, em geral, são ovais ou redondas, pode ser difícil distinguir qual a parte de cima, lateral e basal. Diante disso, é importante entender que o ápice está sempre mais próximo da superfície que reveste o órgão, seja na parte interna ou externa.

A base da célula epitelial, então, seria a região oposta ao ápice. Por fim, a porção lateral da membrana plasmática é a que faz relação com a membrana de outras células do tecido, interligadas lado a lado.

Diante disso, as células epiteliais de cada região do corpo podem apresentar arranjos e estruturas diferentes em cada porção da membrana. Por exemplo, algumas células da tuba uterina possuem especializações apicais que empurram o embrião em direção ao corpo do útero.

Especializações apicais

As especializações apicais são extremamente importantes para o tecido epitelial, porque aparecem em diferentes órgãos e têm funções essenciais dentro daquela estrutura. Como aponta o nome, são organizações biológicas que ocorrem na parte apical da membrana celular, especializadas em uma atividade.

Cílios

A palavra cílios traz à tona os pequenos pelos que temos nas pálpebras e, você pode usar essa relação para lembrar da especialização apical. Tratam-se de pequenas projeções celulares no ápice da célula, que podem ser móveis. 

Um exemplo clássico são as células epiteliais presentes no sistema respiratório. Principalmente na região respiratória alta (nome anatômico para laringe, faringe, traquéia) é encontrado um tecido epitelial repleto de células ciliadas.

É um arranjo histológico que auxilia na remoção de microrganismos e partículas estranhas que possam adentrar o corpo por meio da respiração. Para essa limpeza, os cílios se movem de forma a criar um fluxo de movimentação, para que os materiais indesejáveis sejam eliminados.

Microvilosidades

Em órgãos que têm como função principal a absorção de nutrientes, é importante que a superfície de contato entre o corpo e os alimentos seja a maior possível, assim é possível retirar a máxima quantidade de vitaminas dos materiais ingeridos. 

Diante disso, uma especialização apical muito importante são as microvilosidades. Nesse tipo de células epiteliais, a membrana da parte de cima é muito invaginada (com muitas reentrâncias) de forma que a área de superfície torna-se muito maior. Esse tipo de epitélio é encontrado, principalmente, no trato gastrointestinal.

Estereocílios

Existem ainda os estereocílios, que são projeções da membrana apical com formato longo e sem a possibilidade de serem móveis. Então, aqui não tem muita relação com motilidade de materiais dentro do organismo, mas especificamente com a absorção de substâncias.

A função é parecida com a das microvilosidades, mas a forma como a membrana se comporta é completamente diferente. Aqui as estruturas são mais cônicas, digitiforme, prolongadas, enquanto que as microvilosidades são um acúmulo de dobramentos e invaginações do revestimento celular. 

União entre as células

Os tecidos epiteliais são formados por muitas células, que geralmente estão muito unidas e próximas entre si. Para isso, são necessários arranjos específicos de união e junção celular, como está descrito a seguir.

Em alguns tecidos, é importante a troca de materiais e íons entre uma célula e outra, então elas ficam juntas e suas membranas laterais estão unidas por um tipo de junção comunicante, que permite essa permutação de substâncias.

Por outro lado, os tecidos epiteliais podem precisar de muita aderência e coesão entre as células. Para isso existem as junções oclusivas, que cessam qualquer espaço entre as duas células, mantendo-as bem unidas. 

Outra forma de ancoragem e intensa união celular são os desmossomos e hemidesmossomos. São junções formadas pelo arranjo do citoesqueleto, que pode se unir ao citoesqueleto da célula ao lado ou à matriz celular.

Tipos de células epiteliais

Diante de tantas especializações e possibilidades de junções, os tecidos epiteliais podem ser classificados de diferentes maneiras. Nesse caso, as células epiteliais geralmente são tipificadas conforme o formato das células.

Uma célula epitelial pavimentosa tem um formato mais achatado, com um aspecto mais esmagado. Já as células colunares ou cilíndricas são mais ovais e sua altura é mais predominante do que a largura. Existem também as células cúbicas, que lembram esferas ou uma forma próxima a quadrada, mas de cantos arredondados.

A partir dessa classificação, os histologistas observam o padrão de células encontradas em um tecido para nomeá-lo. Por exemplo, um epitélio pavimentoso é composto por células achatadas, dispostas lado a lado.

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