Moluscos: características gerais, classificação e representantes

Moluscos: características gerais, classificação e representantes

Na classificação biológica, os moluscos estão todos agrupados no filo Mollusca. Tratam-se de animais invertebrados, com um corpo mole e muito abundantes no planeta Terra, com distribuição no ambiente terrestre, em águas doces ou salgadas. Conheça mais sobre esses animais e como eles podem cair no seu vestibular, com as características comuns a todos, a classificação e mais!

Características gerais dos moluscos

Embriologia

Moluscos são animais eucariontes, pluricelulares, com simetria bilateral. Ou seja, caso fossem cortados exatamente ao meio, ambas as partes teriam o mesmo formato. Apesar de serem invertebrados, sem a coluna vertebral para dar sustentação ao corpo, algumas espécies admitem uma estrutura de proteção, as famosas conchas observadas em caracóis.

No desenvolvimento do embrião, apresentam-se os três folhetos (endoderma, ectoderma e mesoderma), assim como o celoma. Diferentemente de mamíferos e equinodermos, os moluscos são animais protostômios, isso significa que sua boca se forma primeiramente, antes do ânus.

Estrutura corporal 

Um molusco adulto, além da cabeça, possui três partes corporais principais, o pé, a massa visceral e o manto. O nome “massa visceral” lembra o termo vísceras, com referência aos órgãos internos. Basicamente, é o conjunto de órgãos que propiciam a sobrevivência fisiológica desses organismos. 

O pé também faz ligação com os membros humanos. Nos moluscos, é a estrutura envolvida na locomoção do animal pelo ambiente. Em alguns casos, eles também têm o comportamento de se fixar, e os pés participam dessa função — você já observou pequenos caramujos grudados em muros ou calçadas nas ruas, quando o tempo atmosférico está mais úmido?

Por fim, o manto é uma estrutura histológica importante para os caracóis. É um tecido biológico responsável por abrigar a massa visceral, com os sistemas fisiológicos que participam da digestão, excreção, respiração e reprodução. Nos animais que apresentam a concha protetora, o manto é o componente que produz essa estrutura rígida. 

Respiração 

Uma das funções fisiológicas mais importantes para a sobrevivência dos seres vivos é a respiração, juntamente com a alimentação, são processos essenciais para a manutenção do metabolismo. 

No caso dos moluscos, a respiração é dependente do ambiente que estão. Aqueles que vivem nas águas, doces ou salgadas, possuem brânquias, já que essa estrutura é bem adaptada para esse hábitat. Já os animais que estão no contexto terrestre, possuem um tipo de pulmão primitivo ou até mesmo podem fazer trocas gasosas por meio da pele.

Digestão

Como foi discutido anteriormente, a digestão é essencial para a sobrevivência do molusco. Nesse caso, ela acontece dentro de um sistema digestório completo, que possui um conjunto de órgãos tubulares responsáveis pelo processamento do alimento, além dos dois orifícios principais: boca e ânus. 

A diversidade é um aspecto importante no filo Mollusca, até mesmo seus comportamentos alimentares são muito diferentes e numerosos entre si — isso acontece, principalmente, devido a diferentes hábitats e nichos ecológicos frequentados por cada espécie. Por isso, encontram-se moluscos herbívoros, carnívoros ou espécies que raspam o substrato para encontrar nutrientes. 

Circulação 

A circulação de nutrientes por um organismo é responsável por distribuir as substâncias por entre os órgãos, o que favorece o metabolismo. Ao mesmo tempo, todos os resíduos da atividade celular podem ser depositados dentro desse sistema, que trabalhará para expelir compostos não desejáveis. 

No caso dos moluscos, observa-se uma circulação aberta. Ou seja, não existem apenas vasos fechados para o transporte de substâncias, na verdade a linfa (líquido tecidual) passa por vasos e depois pode ser lançada diretamente nos tecidos e órgãos do animal. A força que impulsiona a passagem da linfa pelo corpo dos moluscos é um coração, que bombeia o líquido.

Excreção

Todas as substâncias que não são proveitosas para um organismo devem, preferencialmente, ser eliminadas para o meio, o que diminui a chance de danos sobre aquele corpo. Na fisiologia, essa função é responsabilidade do sistema excretor que, nos moluscos, é realizada por metanefrídeos, uma estrutura primitiva que coleta líquidos dos tecidos e elimina os resíduos.  

Reprodução 

A reprodução é um processo importante para a perpetuação de uma espécie e todo o equilíbrio da cadeia alimentar. No caso dos moluscos, as espécies podem ter sexos separados, com indivíduos machos e fêmeas, ou hermafroditas, quando apenas um só corpo pode atuar como feminino ou masculino, reprodutivamente. A variação também se manifesta em termos de fecundação, que pode acontecer dentro do corpo do animal ou fora dele, conforme a espécie em questão. 

Sistema nervoso

O sistema nervoso é importante para a relação do animal com os outros seres vivos ao seu redor e também o ambiente em que ele está inserido. Nos moluscos, há um sistema nervoso desenvolvido, com cordões nervosos que se distribuem internamente, que também permitem uma grande sensibilidade para com o ambiente, seja por meio da visão ou da percepção de proximidade. 

Classificação dos moluscos

Gastropoda

O grupo dos gastrópodes contém animais com conchas, que estão desenhadas no formato em espiral, assim, além de conferir proteção ao animal, também podem ser bonitas aos olhos humanos. Além de um abrigo contra danos mecânicos, as conchas servem como um abrigo para o molusco, quando eles se sentem ameaçados.

A massa visceral e a concha formam uma única estrutura, além dos pés, que permite a locomoção. Outra estrutura corporal importante é a rádula, que é um tipo de língua raspadora, que se assemelha a dentes afiados, com a função de raspagem dos alimentos.

Os representantes mais comuns são os caracóis e caramujos e, é importante mencionar que alguns tipos de gastrópodes não apresentam conchas, como é o caso das lesmas.

Bivalvia

Os moluscos bivalves são aqueles que possuem conchas com duas partes que podem se articular, por exemplo, com movimentos de abrir e fechar, que são controlados por tecidos musculares. O principal exemplo são as ostras e também os mexilhões.

Geralmente, espécies de bivalves não possuem uma cabeça perceptível, mas isso não impede que tenham olhos e uma boa percepção sensorial por meio de tentáculos. Muitas espécies ficam mais paradas no ambiente e algumas conseguem até mesmo se enterrar na areia.

Existem alguns moluscos que formam materiais colantes, que os aderem fortemente a um substrato qualquer — por exemplo quando observam-se barcos cheios de animais colados em sua superfície submersa.

Para a alimentação, os bivalves dependem da filtração de materiais que ficam em suspensão na água e que podem ficar retidas em suas brânquias. Tudo isso acontece porque eles possuem um sistema de entrada e saída de água, para garantir a passagem do líquido e, consequentemente, a nutrição do molusco.

Cephalopoda

A nomenclatura cefalópodes faz referência a “pés na cabeça”. Nesse caso, tratam-se de tentáculos que estão diretamente relacionados com a cabeça do animal, como é observado nos polvos.

Eles são um grupo peculiar de moluscos porque são os únicos que possuem sistema circulatório fechado, quando toda a linfa percorre exclusivamente dentro de vasos. Além disso, estão englobadas espécies com concha, com uma concha internalizada ou sem concha nenhuma. 

Uma característica importante desses animais é que possuem um sistema nervoso bem desenvolvido, além de um sistema sensorial que permite até mesmo a liberação de substâncias quando há ameaças no ambiente, como é observado na “tinta roxa” que os polvos expelem.

Os principais representantes são os polvos, as lulas e os náutilos. Cada espécie utiliza os tentáculos para uma ou mais funções, dentre elas a locomoção, a captura de presas e a percepção do espaço.

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