O termo Nova Ordem Mundial diz respeito a um período de reorganização da política após o término da Guerra Fria. As estruturas políticas, sociais e econômicas em cada nação do planeta e como elas se relacionam entre si são o alvo principal para a compreensão da ordem mundial.
Este tema é importante para a compreensão do mundo do século XX e o impacto dessas alterações político-econômicas sobre o século atual. Por conta disso, muitos vestibulares cobram o conhecimento sobre o assunto em questões interdisciplinares, além de ser um conteúdo importante para entender o contexto histórico em outras variadas temáticas.
Neste artigo, conheça as principais informações a respeito da Nova Ordem Mundial, como os sistemas políticos se arranjaram no século XX. Ainda, confira como são as questões mais comuns sobre esse tópico.
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O que é Nova Ordem Mundial?
A Nova Ordem Mundial é o nome dado ao processo de organização das relações hierárquicas entre as nações e os sistemas político-econômicos empregado por elas. Por muito tempo, havia uma supremacia europeia sobre os outros estados, depois, após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, as nações envolveram-se em uma disputa com dois pólos de pensamentos, chamada de Guerra Fria.
Contexto histórico: Guerra Fria
Um dos principais conflitos geopolíticos da segunda metade do século XX, a Guerra Fria representa a polarização do mundo em duas principais vertentes: o capitalismo, defendido pelos Estados Unidos da América (EUA), e o socialismo, representado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Por cerca de 40 anos, ambos os países criaram disputas ideológicas, para determinar qual sistema político-econômico era mais desenvolvido e, portanto, seria a melhor opção para o crescimento das nações. URSS e EUA nunca se enfrentaram diretamente, mas exerceram influência sobre outros territórios que guerrearam entre si, como Coreia do Sul (associada aos americanos) e Coreia do Norte (associada aos soviéticos).
Embora ambos os poderes tenham realizado feitos importantes para as ciências, política e economia, com o passar do tempo, esse cenário de disputa tornou-se insustentável. Crises na região soviética levaram, gradativamente, ao declínio do modelo socialista entre aquelas nações adeptas ao sistema.
O principal marco que determinou o fim da Guerra Fria foi quando o Muro de Berlim, que dividia a Alemanha em uma porção capitalista e outra socialista, foi derrubado. Com isso, a queda da União Soviética foi uma consequência direta.
Quando o debate de polaridade dupla se encerrou, na última década do século XX, o capitalismo se manteve como um sistema mais disseminado entre as nações. Agora, entretanto, a hierarquia dos Estados era diferente: não apenas uma nação recebia o poder máximo, mas diversos países demonstraram-se como potências econômicas e políticas.
Inglaterra, China, Japão e Estados Unidos estão entre os países que passaram a se destacar no cenário mundial. Com isso, iniciou-se a Nova Ordem Mundial, ou seja, não era um cenário de duas potências guerreando, mas de variados pólos econômicos que competem entre si.
Contexto histórico: globalização
A globalização é um processo que indica o contato cada vez mais intenso entre as nações de diferentes partes do mundo, que permite troca de informações culturais, políticas, econômicas e sociais entre países que têm características extremamente diferentes entre si.
No contexto da Nova Ordem Mundial, a globalização contribui para certa homogeneização nas formas de pensar e estruturar as nações ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, observa-se que esse período multipolar ainda tem uma característica mais hegemônica, porque mesmo que vários países tenha um papel de potência, há uma predominância do capitalismo em todos os continentes, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos permanecem como importante potência militar, caracterizando esse aspecto unipolar da organização global atualmente.
Um outro aspecto importante dessa Nova Ordem Mundial são os blocos econômicos, que são uma união de países que têm características e objetivos semelhantes, do ponto de vista econômico, político e/ou social.
A criação desses conjuntos de nações é uma forma de se fortalecer frente às investidas das múltiplas potências econômicas atuais, especialmente os Estados Unidos. Um dos blocos mais conhecidos é a União Europeia, que reúne 27 países do continente europeu.
Teorias da conspiração sobre Nova Ordem Mundial
A transição de um mundo bipolar para uma organização multipolar, porém centrada no capitalismo e com estruturas políticas semelhantes entre os países foi foco de muitas teorias conspiratórias e transcendentais ao longo dos anos.
As pessoas que acreditam na Nova Ordem Mundial como teoria da conspiração, propõem que existe um grupo de pessoas responsáveis por hegemonizar cada vez mais os países e seus costumes, de forma que todos os humanos sejam parte de um grande organismo único, manipulável. Então, essas figuras “poderosas” se levantariam como grandes líderes, inclusive ligados a seitas religiosas, para controlar a humanidade em todos os pontos do globo.
Veja, portanto, a Nova Ordem Mundial do ponto de vista histórico-científico, trata sobre a estrutura global após a Guerra Fria, enquanto que os conspiradores utilizam o termo para difundir teorias, que não são comprovadas cientificamente. Assim, o mesmo termo pode ser utilizado em diferentes contextos e é necessário atentar-se a isso durante os estudos.
Questão sobre Nova Ordem Mundial
UNESP (2017)
Com o fim da Guerra Fria, os EUA formalizaram sua posição hegemônica. Sem concorrência e se expandindo para as antigas áreas de predomínio socialista, o capitalismo conheceu uma nova fase de expansão: tornou-se mundializado e globalizado. O processo de globalização criou uma nova divisão internacional do trabalho, baseado numa redistribuição pelo mundo de fábricas, bancos e empresas de comércio, serviços e mídias.
(Loriza L. de Almeida e Maria da Graça M. Magnoni (orgs.). Ciências humanas: filosofia, geografia, história e sociologia, 2016. Adaptado.)
Dentre as consequências do processo de globalização, é correto citar
o nascimento do governo universal e democrático.
A) a pacificação das relações internacionais.
B) o enfraquecimento dos estados-nações.
C) a abolição da exploração social do trabalho.
D) o nivelamento econômico dos países.
Resposta: Não existe um governo universal válido para todos os povos e nações. Há instituições internacionais, fruto de pactos e acordos entre países que estabelecem regras comuns válidas para os membros participantes. Porém, cada país ainda mantém seu governo. Ademais, há muitas diferenças em torno de qual o modelo de democracia mais aceito, apesar de algumas regras mínimas em comum (eleições, representatividades, alternância de poder, etc). Vale lembrar que há países que, embora participem da arena internacional de negociações, não possuem democracias, como a Arábia Saudita.
Mesmo assim, as tensões entre as nações não deixaram de existir, e novos problemas levam a atritos de outra natureza, como o fluxo migratório de pessoas que fogem da fome/miséria e da guerra (refugiados). Ao mesmo tempo, as desigualdades econômicas se mantêm, especialmente quando são comparados os Estados do Norte e Sul. Assim, a questão aborda um impacto mais geral da globalização sobre a organização política, em que o papel do Estado-nação é mais enfraquecido quando comparado com outras épocas históricas.
Alternativa correta: C.
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