As grandes navegações são consideradas o pontapé inicial para o processo de globalização. Esse período é marcado pelas longas viagens oceânicas e conexão entre os continentes, o que permitiu a expansão marítima. Por ter grande importância histórica, esse tema é muito recorrente nos vestibulares.
Pensando nisso, o Estratégia Vestibulares explica, neste artigo, os principais aspectos das Grandes Navegações. Acompanhe!
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O que foram as grandes navegações?
As grandes navegações são frutos do conhecimento científico que se aprimorava durante o século XV, embora tenham sido apoiadas pela Igreja, elas também permitiram uma expansão intelectual dos indivíduos.
Elas foram propiciadas por vários fatores, como a dinâmica econômica da época, conhecido como mercantilismo, que buscava o acúmulo de riquezas e metais preciosos no território do Estado. Assim, o conhecimento e descobrimento de novas terras significava a possibilidade de encontrar metais e riquezas minerais. Além disso, o espalhamento da fé cristã também foi um propulsor para as viagens.
Portuguesas – Por que Portugal foi o pioneiro?
Em meio à formação dos Estados Modernos, Portugal foi o primeiro a concluir seu processo de centralização, o que facilitou a organização financeira e administrativa para promover a expansão marítima.
Outro fator importante foi a presença da Escola de Sagres, uma escola náutica portuguesa. Isso propiciou muito conhecimento sobre os princípios da navegação oceânica.
Além disso, para o fortalecimento da imagem do Rei, era necessário que o Estado pudesse se destacar em algum sentido. Com esse objetivo, os monarcas e seus apoiadores investiram e financiaram as viagens ultramarinas.
Não se pode esquecer da posição geográfica favorável em que Portugal se encontra. O Estado está posicionado na saída para o mar e possui o Porto de Lisboa — local de encontro dos mercadores, que traziam dinheiro e novos conhecimentos de outros territórios.
As trocas e atividades de feitoria foram essenciais para o contato intercultural, desenvolvimento econômico e expansão marítima. O desenvolvimento das navegações era de interesse dos mercadores que queriam alcançar uma rota de comércio com a Índia.
Os portugueses conseguiram chegar à África em 1415, em Ceuta. O temeroso “Cabo do Bojador” foi ultrapassado somente em 1434. Já o principal objetivo, a chegada à Índia, foi alcançado por Vasco da Gama em 1498. Dois anos depois, em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao território brasileiro e a colonização efetiva se iniciou em 1530.
Expansão Marítima Espanholas
Depois de Portugal, a Espanha foi o segundo Estado a propagar a expansão marítima. Isso aconteceu após o fim da Guerra de Reconquista, com o casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
O projeto expansionista era baseado nas ideias do navegador Cristóvão Colombo. Ele acreditava na circum-navegação marítima, em que o Oriente era alcançado por outro caminho: a ideia era passar o ocidente e encontrar as Índias “por trás” do caminho tradicional.
Sua ideia, por ir contra os princípios terraplanistas da Igreja, não foi bem aceita pela comunidade religiosa, por isso ele alcançou pouco apoio financeiro. Entretanto, com muito esforço ele conseguiu alcançar a América, na região onde se localiza Cuba.
Quando alcançou o território americano, o navegante acreditava ter chegado às Índias. Essa crença originou a expressão “os índios” para todos os nativos americanos. Porém, atualmente, é importante utilizar o termo “indígenas”, o que evita a confusão com os índios do Oriente.
Os espanhóis chegaram a muitas terras americanas, como a região de Cuba, Flórida, a Bacia do Prata, México, Peru, Paraguai, Chile, entre outras.
Qual foi o período das navegações?
As grandes navegações ocorreram entre os séculos XV e XVI, com o florescimento do comércio mercantilista, e favoreceram os objetivos colonizadores.
Consequências das Grandes Navegações
A expansão marítima influenciou em muitos aspectos a vida social e econômica de vários povos. Por exemplo, por meio das navegações, iniciaram-se processos de colonização — compulsórios ou não — nas Américas e na África, principalmente.
Além disso, fortaleceram-se os laços comerciais entre as diversas regiões do mundo, com o compartilhamento de materiais nativos entre as culturas. Um exemplo disso são as especiarias, o Pau-brasil e, posteriormente, o ouro e prata americanos.
Outra perspectiva importante, foi o choque de culturas, que culminou em guerras e estranhamento. Geralmente, os europeus agiam com violência contra os outros povos — o que indicava a intolerância e o eurocentrismo dessas relações.
Nesse sentido, as Grandes Navegações influenciam nas interações globais até hoje. Por meio delas é que foram construídos os padrões sociais que perduram até os dias atuais. O racismo, a predominância do cristianismo, costumes, comportamentos e outros pontos são heranças da expansão marítima.
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