Independência dos EUA: contexto histórico, causas e consequências 

Independência dos EUA: contexto histórico, causas e consequências 

A independência dos EUA é um evento muito comemorado na cultura americana, com os famosos almoços de 4 de julho, que aparecem em diferentes filmes estrangeiros. Tudo isso ocorre em comemoração ao término do regime colonial, em 4 de julho de 1776. 

No texto a seguir, leia um resumo sobre o contexto histórico que levou a essa decisão, quais as causas mais importantes e as consequências regionais e internacionais da independência dos EUA. Depois, aplique seu conhecimento na resolução de questões de vestibulares sobre o tema. Vamos lá?

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Contexto histórico da independência dos EUA

O processo de independência dos Estados Unidos da América foi a primeira manifestação iluminista do globo terrestre, acontecendo 13 anos antes do desenvolvimento da Revolução Francesa, que ocorreu em 1789.

Essa época também marca as ruínas do Antigo Regime, marcado por monarquias absolutistas e comportamentos coloniais exploratórios, que aconteciam principalmente nas Américas e na África, que ficavam submetidas aos poderes das grandes potências europeias. 

A independência também está relacionada com o processo de revolução industrial, que também se iniciou neste século XVIII, em território inglês. Afinal, a Inglaterra era a metrópole que controlava as relações coloniais na região norte-americana.

Causas da independência dos EUA

Alguns anos antes do início da revolução americana, a Inglaterra deixara de ser uma monarquia absolutista e tornara-se uma monarquia parlamentar constitucionalista, depois do advento da Revolução Gloriosa. 

A partir disso, a burguesia inglesa se fortaleceu, com o comércio em ascensão. Com a chegada das máquinas a vapor e a expansão industrial, cada vez mais os burgueses buscavam por matérias primas e mercado consumidor. 

Com o tempo, essas transformações refletiram diretamente sobre a relação entre as treze colônias e a metrópole Inglesa. Lembre-se que o colonialismo britânico na América do Norte tinha diferentes grupos populacionais, chamados de treze colônias. Elas estavam divididas geograficamente, de forma que no Norte, tinham fazendas menores e trabalho servil, enquanto o Sul era repleto de latifúndios e mão de obra escravizada.

Pouco antes da Independência se efetivar, cada vez mais a exploração inglesa sobre os colonos de ambos os lados se intensificou, até mesmo com o aumento dos impostos e criação de novas taxações, como:

  • A lei do açúcar, que impunha o açúcar comercializado seria apenas de origem antilhana; e
  • A lei do selo, que determinava que todos os impressos deveriam ter um selo inglês. 

Simultaneamente, a potência inglesa se envolveu em diferentes conflitos ao redor do mundo. O mais conhecido deles foi a Guerra dos Sete Anos, entre Inglaterra e França. Isso impactou também na relação colonial, até mesmo com o aumento da patrulha e tropas dentro das colônias.

Em meados da década de 1760, a política inglesa em relação às treze colônias se tornou mais rígida. Antes, um regime que prezava pela autonomia dos colonos, tornou-se mais fechado e com mais interferência da nação inglesa sobre as decisões em território americano.

Todas essas questões se acumularam, gerando a revolta dos colonos, que buscavam cada vez mais o afastamento da Inglaterra, e não a aproximação e controle ainda mais restritos. 

Em dado momento foi lançada a lei do chá, que determinou que os chás seriam vendidos apenas pela Companhia das Índias Orientais, alterando o regime de comercialização já definido pelos colonos. 

Isso significou um grande avanço para a revolução americana, com a ocorrência da Festa do Chá de Boston. Quando cerca de 150 indivíduos revoltosos se disfarçaram de indígenas, invadiram o porto de Boston e jogaram caixas de chá ao mar. 

Claro, o episódio não foi esquecido pela Inglaterra, que adotou medidas ainda mais repressivas contra as colônias da América do Norte. Agora, o porto de Boston seria fechado, os colonos deveriam pagar os prejuízos, as reuniões estavam suspensas, algumas regiões foram densamente ocupadas por tropas, que deveriam ser abrigadas e alimentadas pelos norte-americanos.

Apesar de tudo isso, o sentimento de separação ainda não tinha grande força entre as Treze Colônias. Por essa razão, eles organizaram-se em um Congresso Continental da Filadélfia para redigir um documento que tentava um acordo com o rei inglês, demonstrando certa lealdade e também suas insatisfações. 

A ideia não foi bem aceita na Inglaterra e, então, o movimento dos colonos se fortaleceu: o Segundo Congresso da Filadélfia contou com a participação de grandes nomes da História como Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e George Washington. 

A partir disso, foi descrita uma declaração, conhecida como Declaração de Independência de 4 de julho de 1776. Nela, foram levantadas questões relativas aos direitos à vida, à liberdade e à felicidade. 

Guerra de Independência dos EUA

Depois de publicada a Declaração, iniciou-se uma guerra entre as tropas de colonos e os ingleses, com duração de cinco anos.

A organização norte-americana montou uma Constituição que apoiava o porte de armas, para subsidiar o desenvolvimento da Guerra. Ao mesmo tempo, alguns colonos apoiaram a Inglaterra e forneciam informações privilegiadas às tropas. 

Algum tempo depois, algumas nações se envolveram nos conflitos. Espanha, França e Holanda apoiaram os americanos — uma das possíveis causas e interesses envolvidos é a diminuição da influência inglesa sobre a América. 

Consequências

A Revolução Americana ou Independência dos EUA, deixou diversas marcas tanto regionais como internacionais.O estabelecimento de um regime republicano e federalista na região das trezes colônias pode ser citado como exemplo — algo novo até aquele momento da história. Cada região federativa tinha uma intensa autonomia, com leis e normas próprias.

O regime de sociedade e política utilizava o voto censitário, enquanto que as características econômicas em cada região se manteve. O norte com as pequenas propriedades, regime de agricultura familiar e mão de obra servil, enquanto o sul continuou com os latifundiários, regime escravista e colheita voltada para a exportação.

As ideias iluministas defendidas durante essa revolução também serviram de inspiração para outros movimentos na América e na Europa. No Brasil, inclusive, muitos movimentos separatistas e revolucionários tomaram a ideia como base. 

Questões sobre Independência dos EUA

(PUC-RJ) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de Independência dos Estados Unidos”, assinado por unanimidade dos representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776.

“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação.

(…)

(…) o Povo tem direito a (…) instituir um novo governo, assentando os seus fundamentos nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (…).”

Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados

Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento.

a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução política da sociedade.

b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades.

c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados grupos.

d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.

e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições de vida para a mesma.

+ Veja também: História Geral: panorama histórico e principais temas
Guerra de Secessão: o que é e quais foram os motivos

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