11 temas de redação sobre meio ambiente para vestibulares e Enem
Foto: jcomp no Freepik

11 temas de redação sobre meio ambiente para vestibulares e Enem

Racismo ambiental, consumo de água e ecoansiedade são alguns dos subtemas presentes na lista de temas de redação sobre consumismo; confira!

A preservação ambiental é um dos desafios mais urgentes da atualidade e, por isso, frequentemente aparece como tema de redação nos vestibulares. As mudanças climáticas, o desmatamento e a poluição são questões que impactam não apenas o meio ambiente, mas também a sociedade e a economia.

De acordo com o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), entre agosto de 2023 e julho de 2024, o desmatamento da Amazônia registrou uma redução de 30,6%, totalizando 6.288 km² de floresta destruída. 

Mesmo que esse dado represente uma melhora em relação a anos anteriores, a área desmatada ainda equivale a quase cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Além do desmatamento, as mudanças climáticas intensificam eventos extremos, como ondas de calor, secas e enchentes. Segundo o observatório Copernicus, ligado à União Europeia, em 2023, o mundo registrou o ano mais quente da história, com a temperatura global ficando 1,48°C acima da média pré-industrial.

No Brasil, a tragédia no Rio Grande do Sul em 2024 exemplificou os impactos das mudanças climáticas no cotidiano da população. Enchentes atingiram dezenas de cidades, deixando milhares de desabrigados e causando danos bilionários à infraestrutura do estado. 

Especialistas e estudos, como o realizado pela World Weather Attribution (WWA), alertam que a intensificação desses desastres está diretamente ligada ao aquecimento global. A falta de planejamento urbano sustentável também possui influência direta nessas ocasiões.

Diante desse cenário, os vestibulares cobram diversos temas relacionados ao meio ambiente, como racismo ambiental, o consumo de água, a ecoansiedade, a demarcação de terras indígenas e o mercado de carbono. 

Por isso, o Portal Estratégia Vestibulares listou 11 temas de redação sobre meio ambiente que já foram cobrados nos vestibulares para você treinar suas habilidades. Convidamos também o professor de Redação e Filosofia do Estratégia Vestibulares, Fernando Andrade, para comentar os temas e ampliar ainda mais o repertório formado!

Lembrando que as bancas são distintas, portanto, é necessário observar as características de cada prova em seus editais e nas redações dos últimos anos, que podem indicar tendências para estudos. Confira o artigo abaixo!

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Relação entre preservação ambiental e o desenvolvimento agropecuário (Unemat 2025)

A banca da Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat) trouxe como tema da redação a relação entre a preservação ambiental e o desenvolvimento agropecuário. 

No texto dissertativo-argumentativo, os candidatos precisaram apontar “ fatores que interferem no equilíbrio entre o agronegócio e a exploração do turismo em regiões preservadas” e citar “medidas que julgassem importantes para se alcançar esse equilíbrio”.

Para isso, foi disponibilizado cinco textos motivadores, entre eles um infográfico sobre o gado no território brasileiro, o artigo “A Produção Agropecuária com foco nas Práticas de Conservação de Recursos Naturais”, um cartaz de Divulgação da cidade de Nobres, em Mato Grosso, uma reportagem sobre a cidade de Nobres e uma reportagem sobre parte do turismo de Mato Grosso girar em torno do agronegócio.

O professor Fernando Andrade afirmou que essa, apesar de ser uma questão bastante delicada, é uma “ótima proposta para quem já tem noção dos desafios ambientais e deseja refletir melhor sobre os impasses complexos que envolvem a questão”. 

Segundo ele, o expansionismo próprio da lógica do agro entra em choque com a necessidade de preservação ambiental. Ou seja, a relação é de antagonismo. Ele ainda se perguntou “como conciliar esses interesses? Melhor ainda, é possível conciliar?”.

Ações Individuais no combate às mudanças climáticas: obrigação moral ou solução ineficiente? (UFMS 2025)

A UFMS trouxe três textos motivadores para os estudantes abordarem a importância das ações individuais no combate às mudanças climáticas em um texto dissertativo-argumentativo. De acordo com o professor Fernando, é possível escolher entre dois caminhos: as ações individuais são uma obrigação moral e podem ser eficientes, ou podem não ter qualquer utilidade. 

Ainda segundo ele, “o texto será interessante se você souber explorar a questão: a ética é importante? Ela muda o mundo? Essa proposta permite adensar ainda mais a questão quando consideramos o impacto dos interesses econômicos sobre os valores éticos das pessoas”.

O primeiro texto motivador, escrito por Aline Scherer, mostrou que a geração Z, apesar de ser mais otimista do que os mais velhos em diversos aspectos, são mais pessimistas em relação às mudanças climáticas.

O segundo texto, intitulado “Greve global pelo clima”, de Justin Rowlatt, traz a reflexão do professor e filósofo Peter Singer, que acredita que medidas individuais são sim necessárias, principalmente por conta da obrigação moral.

Já o último texto, de Beatrice Mesiano, traz dados sobre a emissão de CO₂ de acordo com a classe social. Segundo o relatório “Igualdade Climática: um Planeta para os 99%”, feito pela Oxfam International, o 1% mais rico da população mundial gasta tanto CO₂ quanto os 66% da parcela mais pobre.

A problemática que envolve a seca no Brasil (Udesc 2025)

Nesta edição do vestibular, a Udesc ofereceu três opções temáticas para a redação, sendo uma delas a problemática que envolve a seca no Brasil. Para escrever o texto dissertativo-argumentativo, os candidatos tiveram o auxílio de três motivadores.

O primeiro deles foi a crônica de Rubem Braga sobre a seca, disponível no livro “100 crônicas escolhidas”. O poema “Notícia do alto sertão” de João Cabral de Melo Neto foi o segundo texto motivador. Já o último foi uma imagem com a frase “Água. Seja racional: Racione”. Veja abaixo:

De acordo com Fernando, este não se tratava de um tema muito complexo, pois qualquer candidato, provavelmente, já estudou em Geografia os fatores que tornam o fenômeno da seca no Brasil um grave problema regional.

No entanto, apesar de as chuvas no semiárido serem irregulares, é algo poderia ser contornado por meio da ação humana. Por isso, segundo o professor de Redação: “Juntam-se, nesse caso, desigualdade social, descaso por parte das autoridades e uma estrutura social ainda herdeira de um coronelismo atrasado”.

Para ele, é uma ótima proposta para refletir sobre o que um problema natural tem a ver com a ação humana. Porém, exige domínio de um repertório de Geografia já sedimentado, já que a coletânea pouco ofereceu ao candidato.

Quem deve ser responsável pelos recursos financeiros para a preservação da Amazônia? (Albert Einstein 2025)

A banca do vestibular 2025 do Albert Einstein propôs a discussão sobre a responsabilidade financeira pela preservação da Amazônia. Para desenvolver o tema, os candidatos tiveram o apoio de quatro textos motivadores.

O primeiro texto, “Preservação da Amazônia: quem vai pagar a conta?”, publicado pela Systemica na Exame, apresenta dados sobre o desmatamento na Amazônia e os altos custos para sua conservação.

O segundo texto, de Marcela Ferreira para o Terra, discute a soberania brasileira sobre a floresta. O especialista Renan Moutropoulos Fortunato destaca que o Brasil tem competência jurídica para implementar políticas ambientais e fiscalizar seu território.

O terceiro texto, de Beatriz Bulla para o Estadão, traz a opinião do economista Lars Peter Hansen. Ele argumenta que nações desenvolvidas devem financiar a conservação da floresta, pois sua preservação beneficia o planeta.

Por fim, o quarto texto, publicado pela ONU News, destaca a desigualdade no impacto ambiental. O relatório do Pnuma e do IRP aponta que países ricos geram 10 vezes mais danos climáticos e consomem significativamente mais recursos do que nações de menor renda.

O professor Fernando orienta: “embora a pergunta seja polêmica e pareça que você possa escolher a resposta, os textos de apoio sinalizam qual deve ser o melhor posicionamento. Segundo a lógica da coletânea, é justo que o mundo participe financeiramente da preservação da Amazônia, já que todos serão beneficiados”.

Nesse contexto, ele afirma que a tarefa envolve selecionar os argumentos mais sólidos, todos presentes de forma explícita ou implícita nos textos, e desenvolver os principais eixos argumentativos. Ele finaliza aconselhando: “essa proposta é ideal para quem deseja aprimorar a argumentação, mesmo sem um repertório muito vasto, pois a banca disponibiliza quase todos os elementos necessários”.

Ecoansiedade: entre o impacto emocional e o impulso para o ativismo ambiental (Santa Casa SP 2025)

A banca do vestibular 2025 da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo optou por cobrar a ecoansiedade como proposta de redação. Para redigir sobre o tema, os candidatos tiveram o apoio de quatro textos.

O texto motivador 1 foi uma tirinha do Armandinho. O segundo trouxe o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que revelou um provável aumento na temperatura média global durante pelo menos um dos próximos cinco anos. 

O texto 3, de Gabriela Maraccini, discute sobre a ecoansiedade, sinônimo de ansiedade climática, e seu significado. De acordo com a Associação Americana de Psicologia ela é o “medo crônico de catástrofes ambientais”.

Já o último, escrito por Jennifer Ann Thomas, trouxe a ecoansiedade relacionada a um comportamento positivo em relação ao meio ambienete, segundo o periódico Journal of Environmental Psychology. 

O professor Fernando Andrade dissertou sobre a complexidade do tema: “Estamos diante de uma proposta dilemática. Ao considerar uma das consequências subjetivas da mudança climática, a ecoansiedade, pode-se considerá-la como produtiva ou como avassaladora? A ansiedade vai destruir nossa capacidade de resposta ou será a mola propulsora de uma mudança? Você deve se decidir por um dos polos, mas, ao mesmo tempo, fazer com que eles dialoguem”.

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O aumento da temperatura global e seus impactos para a ampliação das desigualdades (PUC-Campinas 2024) 

O aumento da temperatura global também foi tema de redação e abordou, principalmente, os seus impactos para o aumento das desigualdades. A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) exigiu título e ofereceu aos candidatos quatro textos motivadores para auxiliá-los na redação dissertativa-argumentativa.

Um dos textos de apoio foi um gráfico com a média de aquecimento global (ºC) projetada para 2100, de acordo com as variáveis “Se os países não agirem”, “Seguindo as atuais políticas” e “Baseado nas atuais promessas”. 

O segundo texto motivador, adaptado de Amelia Gonzales, mostra a relação entre calor e pobreza. De acordo com os pesquisadores, um dos motivos para tal relação existir é o surgimento de doenças tropicais em locais de altas temperaturas, o que baixa os números da economia.

Segundo o texto motivador 3, publicado no Correio Braziliense, as ondas de calor, intensificadas pelas mudanças climáticas, causam mais prejuízos econômicos nos países mais pobres, reforçando a desigualdade. Um estudo da “Science Advances” afirma que isso ocorre porque muitos dos países “mais desfavorecidos” encontram-se no nível dos trópicos, de clima mais quente.

O último é  um texto de Júlia Braun para BBC, intitulado “Teto que esquenta na favela, árvore e ar-condicionado no bairro rico: a desigualdade sob calor extremo”. A jornalista reflete sobre a variação de sensação térmica de acordo com as condições de moradia e financeira das famílias e também pela própria infraestrutura da cidade de São Paulo.

O professor Fernando afirmou que a universidade mudou o foco da questão do aumento da temperatura global e chamou a atenção para a relação entre meio ambiente e impactos sociais. Além de considerar a coletânea rica, para ele “ uma redação expositiva, mas com viés de denúncia, atenderia à proposta da banca”.

Ele ainda deu dicas do que poderia ser feito na redação: “era possível mostrar como o aumento da temperatura afeta a saúde, a vulnerabilidade e a preservação material de ricos e pobres de forma desigual”.

O consumo de água no mundo (UEL 2024)

A banca do vestibular 2024 da UEL propôs o consumo de água no mundo como tema de redação. Para escrever sobre o assunto, os candidatos tiveram o apoio de um texto e de infográficos.

O texto, escrito por Rosa Maria Dias para a Revista Bioika, apresentou a crise mundial da água, destacando sua importância para a vida e os riscos causados pela sua escassez. Apesar da grande quantidade de água na Terra, apenas 2,5% é doce, e a maior parte encontra-se em geleiras e aquíferos, dificultando o acesso.

A autora ainda trouxe dados da ONU, revelando que 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso à água tratada e que 2,4 bilhões carecem de saneamento adequado. A falta de água potável contribui para a morte de 1,7 milhão de crianças por ano, vítimas de doenças como cólera e disenteria.

Os infográficos trouxeram dados da ONU sobre o consumo de água no mundo. A primeira tabela apresenta a quantidade de água km³ por ano e a segunda traz o consumo per capita de litros/dia da população de alguns países.

De acordo com Fernando, “uma das características da UEL é solicitar que o candidato faça textos curtos e, portanto, mais diretos e, muitas vezes, expositivos. O tema, por si, nada diz, simplesmente deixa claro que o assunto é água”.

Para ele, a coletânea evidencia que o consumo de água está em crescimento, enquanto sua distribuição ocorre de maneira desigual. “A partir desses e de outros dados, percebe-se que a banca exigia que o candidato tirasse implicações dessa circunstância, mostrando a gravidade do problema”, afirma o professor.

A demarcação de terras indígenas no Brasil como estratégia de enfrentamento da crise climática (UnB 2024)

A UnB 2024 propôs a demarcação de terras indígenas no Brasil como estratégia de enfrentamento da crise climática. Para escrever sobre o tema, os candidatos tiveram o apoio de dois textos e uma charge.

O primeiro texto, retirado do livro “A queda do céu: palavras de um xamã yanomami”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, destaca a conexão dos povos indígenas com a terra, ressaltando que sua riqueza vai além de mercadorias e dinheiro. Os autores criticam a destruição ambiental causada pela lógica capitalista e expressam o desejo de que as futuras gerações compreendam a importância da floresta.

O segundo, do livro “A vida é útil”, de Ailton Krenak, aponta que algumas populações ainda vivem fora da lógica do consumo industrial e preservam outras formas de existência. Ele critica a separação entre humanidade e natureza, defendendo que tudo faz parte de um mesmo organismo, a Terra.

Por fim, a charge de Maurício de Sousa complementa a reflexão sobre a relação entre indígenas e meio ambiente, reforçando a necessidade de preservar suas terras para garantir o equilíbrio ecológico.

O professor Fernando relacionou: “Se fosse um tema do Enem, seria: ‘desafios para o enfrentamento da crise climática’ e traria, na coletânea, a proposta da demarcação de terras. A proposta é típica de um modelo dissertativo tradicional, com um detalhe que direciona a escrita do texto: a tese já é dada”. Defender que a demarcação de terras indígenas é uma ótima estratégia para o enfrentamento da crise climática era obrigatório neste texto. 

“A coletânea reforçava a perspectiva protecionista dos indígenas, já que era composta por textos de Krenak e Kopenawa, dois grandes representantes dos povos originários. O desenvolvimento era óbvio: você deveria demonstrar como isso ocorre. O que é demarcação de terras? O que ela envolve? Por que isso ajuda a preservar a natureza?”, explica o professor de Redação.

Racismo ambiental no Brasil: é possível proteger as populações mais vulneráveis? (Famerp 2024)

O racismo ambiental no Brasil foi tema da redação do vestibular 2024 da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Os candidatos tiveram o apoio de três textos motivadores.

O primeiro texto, “Racismo Ambiental: as consequências da desigualdade socioambiental”, publicado pela Fiocruz, aborda como as comunidades marginalizadas, compostas majoritariamente por pessoas negras, indígenas e de baixa renda, são desproporcionalmente afetadas pela degradação ambiental e pela falta de acesso a recursos naturais. 

O segundo texto, “Racismo ambiental é uma realidade que atinge populações vulnerabilizadas”, de Patrick Fuentes para o jornal da USP, explica a origem histórica do racismo ambiental no Brasil. 

Já o texto “Clima já mudou, e adaptação é urgente, afirmam especialistas”, de Vinícius Lisboa para a Agência Brasil, alerta sobre o impacto desproporcional das mudanças climáticas nas populações mais pobres e vulneráveis, que são, em sua maioria, negras, pardas e indígenas. 

Para o professor Fernando, a Famerp propôs o tema de forma polêmica, já que o candidato deveria responder a questão, seja de forma positiva ou negativa. Ainda assim, esse não seria o maior desafio nessa proposta, mas sim saber entender e lidar com o conceito de “racismo ambiental”. 

“Obviamente, seria preciso, no começo do texto, definir e explicar esse termo para depois responder à questão, algo não muito fácil, pois a expressão não é de domínio comum. Proposta simples por um lado, o da resposta à pergunta; desafiante por outro, pois exige saber explicar o conceito”, explica.

Ações em prol do atendimento ao Meio Ambiente, com foco na vida saudável aos habitantes do planeta” ou “Educação sustentável aos habitantes do planeta (Uemg 2023)

Em 2023, a Uemg propôs que o candidato escrevesse uma “proposta” dissertativa-argumentativo que pudesse ser apresentada no 1° Congresso Mundial de Sustentabilidade Ambiental.

O tema da proposta devia ser “Ações em prol do atendimento ao Meio Ambiente, com foco na vida saudável aos habitantes do planeta” ou “Educação sustentável aos habitantes do planeta”. O único texto de apoio oferecido pela instituição foi para explicar o funcionamento do congresso, que apresenta para o mundo “respostas inteligentes que aliviarão os anseios das questões ambientais da Terra”.

De acordo com o professor Fernando Andrade, a tese deveria ser algo parecido com: “A sustentabilidade é necessária para enfrentar a crise ambiental por meio de ações com foco em uma vida mais saudável para os cidadãos do mundo”. 

“No primeiro parágrafo, você deveria mencionar algumas ações que deveriam ser adotadas por governos e instituições, como a promoção de práticas de reciclagem, dentre outras. No terceiro parágrafo, você deveria considerar a importância da educação nesse processo. Vale a pena aproveitar essa proposta para pesquisar sobre o que é sustentabilidade e quais ações podem ser adotadas. Trata-se de uma ótima proposta que exige aquisição de repertório”, esclareceu o professor.

A criação e a regulamentação do mercado de carbono no Brasil (UFU 2023) 

A UFU solicitou que os candidatos escrevessem um editorial que seria publicado no portal virtual de uma Organização Não Governamental (ONG) defensora de causas ambientais. O tema do editorial deveria refletir sobre a criação e a regulamentação do mercado de carbono no Brasil. 

Para isso, três textos motivadores foram disponibilizados. O primeiro texto, “Créditos de carbono e sua comercialização”, publicado pelo Portal Ecycle, explica o conceito de crédito de carbono, uma unidade que corresponde à redução de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente. 

No segundo texto, “Como o Brasil pode reduzir as emissões de carbono?”, publicado por Janaína Ribeiro, destaca-se o potencial do país em utilizar sistemas naturais e tecnológicos para reduzir as emissões. Já o último texto, da Agência Senado, traz o debate sobre a regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) no contexto do aniversário de 11 anos do Código Florestal. 

Segundo Fernando, ao ler atentamente a coletânea, o candidato deveria defender a regulamentação do mercado de carbono. “Existem críticas consistentes a isso, mas a banca nem mencionava a questão”, explica.

O professor ainda completou: “Como se trata de um tema técnico, o jeito seria ler atentamente os textos de apoio, compreendê-los e usar as informações para defender a regulamentação. Seria possível criticá-la? Sim, mas daí seria por sua conta e risco, pois os argumentos elencados eram todos favoráveis”.

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Tema extra: indicação do Professor Fernando

Refugiados ambientais e vulnerabilidade social (Fuvest 2023) 

Fernando destaca que nem a Fuvest escapou desse furor temático que é o meio ambiente. Na redação do vestibular 2023, a banca cobrou o tema por meio dos refugiados ambientais e a vulnerabilidade social.

Para escrever o texto, os candidatos contaram com o apoio de textos de Graciliano Ramos e Ailton Krenak, uma fotografia do livro “Êxodos”, de Sebastião Salgado, e reportagens com dados e informações sobre o assunto. 

O professor de Redação e Filosofia dissertou sobre a temática escolhida pelo vestibular da USP: “o problema da mudança ambiental vai além do aumento da desigualdade. Espera-se um aumento dos refugiados ambientais, que já se somam àqueles que se deslocam por motivos políticos ou econômicos. No contexto de uma sociedade global cada vez mais xenófoba, o futuro parece nada promissor”.

Sobre o modelo de redação cobrada pela banca, ele informou: “Como se trata de uma banca que privilegia a análise conceitual, seria interessante pensar na questão a partir das políticas neoliberais, sejam as relacionadas à exploração dos recursos naturais, sejam as medidas de contingenciamento de verbas para lidar com as tragédias humanas. Esse é um caminho dentre outros”.

Análise do professor: os temas sobre meio ambiente se dividem em quatro aspectos

Fernando Andrade, professor de Redação e Filosofia do EV, destacou a relevância do tema e notou que houve um aumento no número de propostas sobre o meio ambiente entre 2023 e 2025.

“Finalmente, alcançou-se o consenso sobre a causa antropocêntrica do aumento da temperatura. Mas não foi somente o conhecimento advindo da racionalização sobre os fenômenos climáticos que impactou as bancas e os vestibulandos, mas também as imagens trágicas envolvendo enchentes, desmoronamentos ou queimadas descontroladas”, explica.

Ao analisar as propostas de redação, o professor notou que elas giraram em torno de quatro aspectos envolvendo a temática: o problema, impactos, ética/política e formas de enfrentar a questão. Confira abaixo como ele dividiu os temas de cada banca entre esses aspectos.

O problema

  • Udesc 2025 – A problemática que envolve a seca no Brasil
  • UEL 2024 – O consumo de água no mundo

Impactos

  • PUC-Campinas 2024 – O aumento da temperatura global e seus impactos na ampliação das desigualdades
  • Famerp 2024 – Racismo ambiental no Brasil: é possível proteger as populações mais vulneráveis?
  • Santa Casa SP 2025 – Ecoansiedade: entre o impacto emocional e o impulso para o ativismo ambiental
  • Fuvest 2023 – Refugiados ambientais e vulnerabilidade social 

Ética/Política

  • Unemat 2025 – Relação entre preservação ambiental e o desenvolvimento agropecuário
  • UFMS 2025 – Ações individuais no combate às mudanças climáticas: obrigação moral ou solução ineficiente?
  • Albert Einstein 2025 – Quem deve ser responsável pelos recursos financeiros para a preservação da Amazônia?

Formas de enfrentar a questão

  • UnB 2024 – A demarcação de terras indígenas no Brasil como estratégia de enfrentamento da crise climática
  • UEMG 2023 – Ações em prol do atendimento ao meio ambiente, com foco na vida saudável dos habitantes do planeta e educação sustentável
  • UFU 2023 – A criação e a regulamentação do mercado de carbono no Brasil

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