7 citações de Ana Maria Gonçalves para usar na redação
Ana Maria e seu principal livro “Um defeito de cor” – Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

7 citações de Ana Maria Gonçalves para usar na redação

Conheça sobre as contribuições da escritora que foi a primeira mulher negra a ser eleita como imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL)

Publicitária, escritora, dramaturga e professora, Ana Maria Gonçalves foi eleita a primeira mulher negra como imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), recebeu prêmios por suas obras, reconhecimento do governo brasileiro sobre suas contribuições antirracistas e teve seu principal livro homenageado em enredo de Escola de Samba.

Com a relevância de suas produções, a escritora possui uma rica coletânea de frases que podem ser usadas como repertório sociocultural na redação. Conheça Ana Maria Gonçalves e suas citações:

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Quem é Ana Maria Gonçalves?

Ana Maria Gonçalves nasceu em 1970, na cidade de Ibiá, Minas Gerais, e desde a adolescência escrevia poemas e contos, sem chegar a publicar. Formou-se em publicidade e foi trabalhar na área na cidade de São Paulo (SP), até mudar-se para o interior da Bahia. Por lá, Ana Maria começou, enfim, a trabalhar com a Literatura.

Seu primeiro romance, intitulado “Ao lado e à margem do que sentes por mim”, foi publicado de forma independente em 2002, vendendo quase todas as cópias. Alguns anos mais tarde, em 2006, a escritora lançou sua obra mais importante, o romance “Um defeito de cor”, obra ficcional inspirada na história real de Luísa Mahin, heroína da Revolta dos Malês, e seu filho Luíz Gama.

Em 2007, “Um defeito de cor” recebeu o Prêmio Casa de las Américas na categoria literatura brasileira, e no mesmo ano Ana Maria passou a trabalhar como escritora residente na Universidade Tulane, nos Estados Unidos. Trabalhou também na Universidade Stanford, em 2008, e no Middlebury College, em 2009. Enquanto morava fora, a escritora foi condecorada pelo governo brasileiro com a comenda da Ordem de Rio Branco, por serviços prestados ao País por sua atuação antirracista.

Ana Maria voltou ao Brasil em meados da década de 2010, e em 2024 sua obra “Um defeito de cor” foi homenageada como enredo da Escola de Samba Portela no carnaval daquele ano. Em 2025, Ana foi eleita para a cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo a primeira mulher negra da instituição, e também a membro mais jovem.

Citações de Ana Maria Gonçalves

A seguir, conheça uma seleção de frases da escritora, e seus respectivos contextos:

1 – “Eu encaro a literatura como o lugar das possibilidades”

Em entrevista a um grupo de doutorandas em Literatura da Universidade de Brasília (UnB), Ana Maria usou a frase para responder à pergunta “Qual a importância e o papel da literatura num país com tamanhas desigualdades sociais?”. Para a autora, a Literatura possibilita “adentrar em outros universos com os quais nunca tivemos ou teremos contato direto”.

2 –  “Não queremos uma sociedade de iguais. Queremos uma sociedade de diversos”

Em 2021, a autora foi responsável pela palestra de abertura do evento “Origens: Passos que Vêm de Longe”, do portal UOL, que trata da “presença negra em cinco grandes frentes cruciais para a formação da sociedade brasileira como a conhecemos hoje”.

Em sua fala, a autora tratou, entre outras coisas, da importância do espaço para “opostos” na sociedade brasileira.

3 – “Não é racismo direto que mantém os negros fora do grande mercado editorial, mas é o racismo secular que produziu no país fruto da escravidão a divisão racial, econômica e social”

Ana Maria defendeu, em entrevista ao Jornal O Globo, que o mercado literário no Brasil funciona através de apadrinhamentos. Ou seja, as obras publicadas são, majoritariamente, de autores com contatos dentro das editoras. 

Por isso, defende que não é o racismo direto que afasta escritores negros, mas o racismo estutural que possibilitou que o setor seja dominado por ”homens brancos, héteros, do sudeste”.

4 – “Eu acho que a gente tem que começar a reivindicar o lugar de falha”

Para a escritora, falta às pessoas negras o direito à individualidade. Em entrevista ao Brasil de Fato, Ana afirmou que erros individuais de pessoas negras recaem, de alguma forma, sobre toda comunidade negra, e é necessário conquistar a possibilidade de erro, sem que isso desencadeie problemas para terceiros. 

5 – “A identidade negra, nos países marcados pelo racismo, está sempre em construção”

A reflexão da autora, feita durante entrevista à Carta Capital, levou em consideração sua história enquanto uma mulher negra de pele clara. Segundo ela, ao longo da vida foi desestimulada a declarar-se enquanto negra, já que, em um País racista, isso é visto como negativo e não como motivo de orgulho. 

6 – “A Princesa Isabel assinou a abolição, mas esqueceu de assinar as nossas carteiras de trabalho, que era o que poderia ter nos conferido cidadania”

Ainda na mesma entrevista à Carta Capital, a escritora usou a frase para relembrar que a abolição da escravidão no Brasil, ocorrida em 1888, foi fruto da luta das pessoas negras e que discussões sobre a falta de direitos e cidadania aos libertos são discussões que passaram a figurar em espaços gerais, não só de militância negra, apenas nos últimos 20 anos.

7 – “Uma coisa que o Brasil nunca fez foi assumir os negros como cidadãos e como construtores desse país” 

Para Ana Maria, a história, a arte e as contribuições de pessoas negras no Brasil não são tratadas como algo nacional, mas, sim, algo sobre os negros brasileiros, de forma segregada. A opinião da escritora também aparece na entrevista à Carta Capital.

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