O clima natalino sempre rende boas histórias, que são mostradas em músicas (Mariah Carey, é você?), séries e filmes. A época ilustra um período de sentimentos como união, fraternidade, companheirismo e amizade, além claro, das tradicionais cores verde e vermelho nas decorações, cheias de pinheiros e figuras do Papai Noel.
Para entrar de vez no clima, o Portal Estratégia Vestibulares preparou uma lista com 7 filmes sobre o Natal que podem ser usados como repertório sociocultural na redação dos vestibulares. Tem histórias sobre aceitação de diferenças, animação japonesa e até o dia em que uma guerra foi suspensa para comemorar o feriado. Confira!
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Alguém Avisa? (2020)
A comédia romântica “Alguém Avisa?” traz um casal lésbico formado por Harper (Mackenzie Davis) e Abby (Kristen Stewart). De impulso, Harper convida Abby para a ceia de Natal da família, mas, antes do encontro acontecer, Abby é avisada pela namorada que ela ainda não se revelou lésbica para a família.
Seus familiares, por sua vez, são tradicionais e conservadores, desencadeando uma série de pequenas brigas e dissimulações de Harper, que tenta disfarçar que sua “amiga” é na verdade sua namorada.
O filme passa a explorar os questionamentos que surgem no casal, sobre a profundidade dos seus sentimentos, como superar as adversidades familiares e o medo que Harper tem de não ser aceita pelos pais e irmãs.
Feliz Natal (2006)
Inspirado em uma história real, “Feliz Natal” conta a noite natalina em que soldados franceses, escoceses e alemães abandonaram suas trincheiras para confraternizar a data, em meio à Primeira Guerra Mundial, mais precisamente em 1914.
A história é conhecida como “Trégua de Natal”, e os soldados chegaram até a trocar comida entre eles, em sinal de fraternidade, mesmo em um contexto tão acintoso. Ainda que os relatos sejam escassos, um capitão britânico descreveu o caso.
“Às 8h30 do dia 26, eu disparei três tiros para o ar, ergui uma bandeira com os dizeres ‘Merry Christmas’ e subi da trincheira. Os alemães levantaram uma placa com os dizeres ‘Thank you’ e o capitão deles apareceu no alto da trincheira. Nós nos saudamos e retornamos às nossas trincheiras. Em seguida, ele fez dois disparos para o ar. A guerra havia começado novamente.”
Pode me Chamar de Noel (2001)
“Pode me Chamar de Noel” tem como personagem principal a ranzinza Lucy Collins (Whoopi Goldberg), uma executiva do mercado televisivo que precisa encontrar um ator para ser o Papai Noel de uma campanha de venda de produtos natalinos.
Lucy, que também tem um certo trauma com a época do Natal, sendo uma pessoa descrente e impaciente com o tema. Mas, na busca por um Papai Noel, ela acaba encontrando o verdadeiro Santa, que está a procura de um substituto.
Assim, uma mulher negra assume um papel que é tradicionalmente masculino e branco, possibilitando, para a trama, uma redenção natalina e, para o espectador, ter uma visão diferente do que é ser Noel.
A Felicidade não se Compra (1947)
George Bailey (James Stewart) é um sonhador que, aos poucos, trocou seus sonhos para ajudar familiares e moradores de Bedford Falls, sua cidade. O filme mostra trechos da sua infância até chegar nos tempos atuais, em que George está em grandes dificuldades financeiras.
Na noite de Natal, George pensa em se jogar de uma ponte, mas, devido às orações das pessoas que ele ajudou, um anjo é mandado para a Terra para mostrar como seria o mundo sem sua presença.
A obra é um dos primeiros filmes de Natal e, mesmo com enredo simples, mostra signos clássicos da época, como compaixão, solidariedade, fraternidade e união. Foi indicada ao Oscar de melhor filme, melhor diretor, melhor ator (James Stewart), melhor edição e melhor som.
1985 (2018)
“1985” conta a história de Adrian (Cory Michael Smith), um jovem gay que não via a família a mais de três anos, mas que retorna a casa de seus pais, em Nova Iorque para passar o que seria seu último Natal. Isso porque ele descobre que possui HIV, o que na época era visto como uma espécie de sentença de morte, além do estigma preconceituoso que considerava a doença exclusivamente homossexual.
O primeiro astro de Hollywood a declarar publicamente que tinha a doença se abriu em julho de 1985, e faleceu quatro meses depois, enquanto a mídia debatia o assunto de forma hostil, chegando a questionar até mesmo uma quarentena para os soropositivos.
A delicadeza e realidade passada pelo filme ultrapassam alguns conceitos clichê — mas muito comuns — como o filho que sai de uma família religiosa em busca de liberdade e de se expressar de forma artística. Para se ter uma ideia, as palavras “AIDS” e “gay” não são ditas em mais de uma hora e meia de filme, deixando os temas tratados para o campo subjetivo.
As relações familiares são exploradas pelas tentativas de aproximação de Adrian com sua família ao longo do filme, que tem como destaque ser todo em preto e branco. Todo o contexto da época mostra, portanto, uma realidade não tão distante de lares atuais com relação a diversos preconceitos.
Spencer (2021)
Com referência ao nome de solteira da princesa Diana, “Spencer” é ambientado nos anos 90 e mostra o feriado de Natal da família real, com Lady Di no primeiro plano e pouco antes de decidir se separar do príncipe (agora rei) Charles.
Com os boatos de traição e divórcio cada vez mais fortes, a separação inevitável veio pouco tempo após o Natal. “Spencer” mostra o que podem ter sido esses dias para Diana, desde a turbulência dos paparazzi e capas de tablóides, no clima de Natal, até os dias seguintes de seu pedido de separação.
O filme busca, ainda que de forma imprecisa em fatos, trazer como destaque os sentimentos de Lady Di na época. Agonia, insatisfação, vontade de sair daquele mundo em que vivia e a sensação de que ela sobrevivia por um fio, mesmo vivendo no luxo da realeza britânica.
Padrinhos de Tóquio (2003)
Única animação da lista, “Padrinhos de Tóquio” conta a história de três moradores de rua da capital japonesa que encontram um bebê em meio ao lixo. A saga deles gira em torno de encontrar a família do recém-nascido.
Os três personagens são: Miyuki, uma adolescente que fugiu de casa, Hana, uma travesti e ex-drag queen e Gin, um alcoólatra que, por conta de seu vício, abandonou sua família.
O filme, dirigido por um dos mestres da animação japonesa, Satoshi Kon, dialoga com questões estruturais japonesas, mas que também afetam as sociedades ocidentais, como a ausência de espiritualidade, a pobreza e o consumismo.
Encontrar o bebê acende entre os três personagens principais uma série de questionamentos, abordando temas como identidade de gênero, vícios, abandono parental, culpa, remorso e suicídio. Ainda assim, Satoshi entrega as discussões ao longo do filme de forma leve, por vezes cômica e sem julgar as escolhas de Hana, Gin e Miyuki.
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