Nesta quinta-feira, 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, também conhecido como Dia de Monteiro Lobato. O dia foi escolhido em homenagem ao nascimento do escritor, conhecido principalmente por revolucionar a literatura infantil brasileira.
As obras de Monteiro Lobato são marcadas pela originalidade, criatividade e linguagem acessível. Por meio de “Sítio do Picapau Amarelo”, por exemplo, ele aproximou as crianças do folclore brasileiro e seus elementos fantásticos e da vida rural, além de estimular a imaginação e a criatividade dos pequenos.
Mas vale ressaltar que, apesar de sua importância na literatura infanto-juvenil brasileira, Lobato foi responsável por escrever muitas expressões, falas e ideais racistas em seus livros. Em 2010, o Conselho Nacional de Educação chegou a solicitar que suas obras não fossem mais distribuídas nas escolas públicas.
Por conta da relevância da data, o Portal Estratégia Vestibulares separou algumas das citações de Monteiro Lobato que podem servir de inspiração para usar na redação dos vestibulares e do Enem.
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Quem foi Monteiro Lobato?
José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté, interior do Estado de São Paulo. Seus pais eram José Bento Marcondes Lobato e Olympia Monteiro Lobato, por quem foi alfabetizado. O interesse pela literatura surgiu ainda na infância, o que o motivou a ler diversos livros da biblioteca de seu avô, o Visconde de Tremembé.
Em 1900, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo (USP). Durante seu tempo na graduação, tornou-se presidente da sociedade literária dos segundanistas da Faculdade de Direito, chamada Arcádia, e colaborou com seu jornal escrevendo crônicas e críticas teatrais.
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Ao longo de sua vida, além de escritor, foi promotor público de sua cidade natal e da cidade de Areias, fazendeiro, editor, empresário e crítico. Inclusive, Lobato foi responsável por escrever uma crítica em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, que ficou conhecida como “Paranóia ou Mistificação?”, na qual tecia duras críticas à exposição de Anita Malfatti e às tendências modernistas.
Além de ser o criador do universo de Sítio do Picapau Amarelo, Monteiro Lobato foi o escritor de livros como Urupês (1918), Ideias Jeca Tatu (1919), Mundo da lua (1923) e A barca de Gleyre (1944), uma coletânea de suas cartas enviadas ao seu amigo Godofredo Rangel, por um período de aproximadamente 40 anos.
Lobato foi responsável pela criação da primeira editora nacional, chamada Monteiro Lobato & Cia, pela qual publicou seus primeiros livros infantis do universo de Sítio do Picapau Amarelo, como As Reinações de Narizinho, O Saci e Marquês de Rabicó.
Apesar de sua importância para a literatura infantil brasileira, não devemos nos esquecer de suas falas racistas e eugenistas, que ferem os direitos e a liberdade do povo negro. Mesmo que ele tenha escrito tais falas preconceituosas numa época recente à abolição da escravatura, ignorar o racismo e preconceito presente nas obras de Monteiro Lobato é apagar toda uma luta de anos contra o pacto da branquitude.
Veja abaixo algumas citações dessa personalidade polêmica que podem servir de inspiração para usar nas redações dos vestibulares e do Enem:
1 – “Um país se faz com homens e livros.” – América (1932)
2 – “Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos, ou não somos coisa nenhuma.” – A Barca de Gleyre: quarenta anos de correspondência literária entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel (1944)
3 – “Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum.” – Mundo da Lua (1923)
4 – “Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.” – A Barca de Gleyre: quarenta anos de correspondência literária entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel (1944)
5 – “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.” – A Barca de Gleyre: quarenta anos de correspondência literária entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel (1944)
6 – “A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete vivem todos os animais respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.” – Miscelânea (1946)
7 – “Acho a criatura humana muito mais interessante no período infantil do que depois de idiotamente tornar-se adulta.” – em entrevista para Celestino Silveira, anos 1940
8 – “Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos.” – Carta a Vicente Guimarães, 12/01/1936
9 – “O certo em literatura é escrever com o mínimo possível de literatura. (…) a mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me.” – A Barca de Gleyre: quarenta anos de correspondência literária entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel (1944)
10 – “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.”
11 – “Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a ideia de não desagradar ou chocar ninguém (…) Outro modo é dizer desassombradamente o que pensa, de onde der, haja o que houver – cadeia, forca, exílio” – Carta a João Palma Neto, São Paulo, 24/01/1948
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