37 temas quentes para as redações dos vestibulares de 2024

37 temas quentes para as redações dos vestibulares de 2024

O professor de Redação e Filosofia do EV, Fernando Andrade, listou alguns temas quentes para redações dos vestibulares de 2024; Confira abaixo

O ano mal começou, mas os alunos que estão se preparando para o vestibular já especulam temas possíveis para as redações das provas do ano. Enquanto isso, os professores de redação preparam diversos temas para as aulas e simulados ao longo dos meses.

A redação tem pesos distintos de acordo com o vestibular, mas todas são importantes para a soma final da nota, e o texto pode ser um diferencial na lista de aprovados do curso que você tanto deseja.

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O professor de Redação e Filosofia do EV, Fernando Andrade, listou alguns temas quentes que podem cair nos vestibulares e no Enem, dividiu-os em subgrupos que podem pintar nas provas em 2024 e comentou cada um dos tópicos. Assim você pode ir se preparando para, quem sabe, encarar alguns deles na hora H.

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Direitos humanos

Fernando: “Direitos humanos é um tema importantíssimo porque por mais que a gente esteja falando muito sobre isso, é de se esperar que tenha cada vez mais notícia de violação de direitos humanos, então esse tema, pelo menos acho que pelos próximos anos, não deixará de ser tema de redações.”

  • Direitos das mulheres;
  • Redefinição da masculinidade;
  • Racismo;
  • Liberdade religiosa / Respeito à religiosidade;
  • Capacitismo;
  • Direito dos indígenas e povos tradicionais;
  • Direitos da população carcerária; e
  • Etarismo.

Democracias autoritárias

Fernando: “Todos esses tópicos aqui atualmente não estão muito relacionados com o Brasil, mas no mundo ele é uma tendência e tem várias interfaces com a extrema-direita, com a xenofobia, com o supremacismo branco…”

  • Xenofobia;
  • Supremacismo branco;
  • Ascensão da extrema direita;
  • Autoritarismo;
  • Enfrentamento da violência urbana; e
  • Inassimiláveis.

Alterações climáticas

Fernando: “Vulnerabilidade social já caiu, inclusive na Fuvest, e sobre vulnerabilidade urbana, o que temos observado que é um tema que ficou evidente nas últimas catástrofes ambientais aqui no Brasil. As cidades não estão preparadas para essa mudança climática que está ocorrendo e obviamente as pessoas mais pobres vão sofrer para caramba mas a cidade mesmo, o espaço urbano pode colapsar. Então, como é que a gente lida com isso?”

  • Ações de sustentabilidade;
  • Vulnerabilidade urbana; e
  • Vulnerabilidade social.

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Desigualdade social

Fernando: “Um outro tema bem legal é essa valorização do empresário em si mesmo, como um ideal. Não tem espaço para tantos empresários, o sistema capitalista é muito claro: você tem que ter empresário, você tem que ter trabalhador. Mas é meio difícil imaginar (esse ideal para todos) a não ser que tenha trabalhador que acha que é empresário, mas é na verdade um trabalhador, e isso está acontecendo no mundo do trabalho.”

  • Aumento da fome e da miséria;
  • Perda de poder aquisitivo da classe média;
  • Uberização do trabalho / “Pejotização”; e
  • Perda de direitos trabalhistas.

Big Techs

Fernando: “As Big Tech têm muita muita grana para intimidar inclusive os governos, mas está chegando num ponto em que os governos estão tendo que reagir. Elas já perderam alguma coisa na Austrália, já perderam alguma coisa na Alemanha, mas aqui no Brasil elas são extremamente arrogantes. Basta se lembrar quando houve aquele caso do Ministro da Justiça ter chamado as Big Tech para conversar sobre as mensagens de ódio que estavam circulando na internet em relação às escolas: a representante do Twitter (atualmente X) foi extremamente arrogante quase querendo dizer: ‘olha, pro Brasil a gente não liga.'”

  • Regulamentação das Big Techs;
  • Responsabilização pelo conteúdo;
  • Uso do algoritmo;
  • Bem social ou mecanismo de controle?;
  • Fake news: forma de combate;
  • Liberdade de expressão x restrição da liberdade; e
  • Tribunal da internet.

Inteligência artificial

Fernando: “Não vai sair de pauta durante os próximos, talvez, cinco anos […] Nós temos uma ferramenta maravilhosa que é inteligência artificial, que as pessoas não estão sabendo usar e não estão sendo preparadas para usar, mas também não sabemos para onde a inteligência artificial vai nos levar. O pessoal que fica falando que ela vai destruir a humanidade não sabe o que está falando, mas nem aquele que tá dizendo que é a inteligência artificial é a coisa mais maravilhosa do mundo sabe, porque ninguém sabe.”

  • Benefícios médicos;
  • Empregabilidade;
  • Delegação de competências às máquinas;
  • Algoritmo, controle social e não responsabilização; e
  • Uso de dados não remunerados.

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Doenças mentais

Fernando: “Doenças mentais é um tema quentíssimo e em elevação dada a situação do mundo. Nós estamos entrando numa época que é de assustar dadas as ameaças de guerra e de conflitos internos. na América Latina, no caso de conflitos com facções, sejam milícias, sejam traficantes, na Europa, na Ásia, nós temos ameaças de guerra em vários pontos. E o que tem acontecido no mundo é que a gente perdeu as balizas dadas pela ONU. Houve um descrédito constante, inclusive das leis, e esse descrédito é promovido pelas grandes potências. E isso traz uma instabilidade pro mundo que tem impacto na vida do indivíduo.” 

  • Aumento dos problemas mentais; e
  • Dependências de remédios e como lidar.

Geopolítica

Fernando: “Cai ou não cai geopolítica? É muito difícil cair como proposta de redação. Ia ser maravilhoso, porque grande parte dos nossos problemas tem a ver com problemas geopolíticos, mas não tem sido a pegada das bancas”.

  • Mundo multipolar; e
  • Dissolução dos organismos de regulação internacional.

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