Transformando desafios em conquistas: conheça a trajetória de Tiago Nogueira, aprovado em Medicina na Uema

Tiago Rodrigues Nogueira, nascido em Teresina, no Piauí, tomou uma decisão corajosa ao mudar sua carreira, deixando os números pela área da saúde. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), ele percebeu que o curso não era sua verdadeira paixão. 

Aos 31 anos, vivendo no Maranhão, decidiu seguir seu sonho de estudar Medicina. Após muita dedicação e intensa preparação, Tiago foi aprovado no vestibular da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Durante entrevista para o Estratégia Vestibulares, o estudante contou sobre sua experiência com o curso preparatório da Coruja, suas ferramentas favoritas, rotina de estudo, o motivo para escolher Medicina e deu dicas aos vestibulandos. Acompanhe a trajetória do teresinense!

Estudando com o Estratégia Vestibulares

Tiago já estava familiarizado com o Estratégia Vestibulares, pois havia utilizado anteriormente em seus estudos para concursos. Ao descobrir que a plataforma oferece cursos preparatórios para vestibulares, ele decidiu apostar na qualidade que já conhecia. “Eu pensei: ‘rapaz’ se eles têm um nível de qualidade muito bom para concursos, certamente vão manter o mesmo nível para vestibulares”, conta o estudante.

Tiago sempre preferiu estudar com materiais escritos, como PDFs, por conta da flexibilidade que eles oferecem. Ele pode acessá-los a qualquer hora e em qualquer lugar, algo essencial para quem precisava conciliar trabalho e estudos. 

“Eu penso que, quando eu estou assistindo a videoaula, eu acabo relaxando muito. Então, eu sinto como se eu não estivesse estudando de fato. É como se minha atenção pudesse ser dispersa por qualquer coisa. Então, eu preferia o estudo com o PDF”, explica. 

Quando Tiago possuía muita dificuldade no assunto estudado, ou quando estava cansado e sem vontade de estudar, ele recorria às videoaulas. Assim, conseguia manter o ritmo, mesmo que fosse apenas para “cumprir tabela”, como ele mesmo cita.

Dificuldades até a aprovação

Conciliar os estudos com o trabalho foi, sem dúvida, um dos maiores desafios enfrentados por Tiago. Ele relata que precisou criar o hábito de estudo, o que não foi fácil, principalmente nas disciplinas que não dominava, como Química e as áreas de Humanas. 

“A parte de Linguagens e Humanas é mais interpretativa. Como eu fiz Engenharia Civil, logo nota-se que eu tenho um apreço pelas Exatas, então, eu tive uma certa dificuldade com a parte de Humanas e Linguagens. Tive que engatinhar nessas áreas”, explica o futuro médico.

Rotina de estudos

Tiago buscava estudar todo o conteúdo de segunda a sábado, para que no domingo pudesse responder a uma rodada de questões ou realizar um simulado. Como estava distante dos conteúdos do Ensino Médio há 14 anos, possuía dificuldade em algumas disciplinas.

Para lidar com essas dificuldades, Tiago fez um planejamento rigoroso de estudos, dedicando mais tempo às disciplinas em que tinha maior dificuldade. Ele estruturou seus estudos por ciclos, estabelecendo um número de horas semanais. “Meu objetivo era de 25 a 30 horas semanais, sempre priorizando as matérias que eu tinha mais deficiência. Por exemplo, Química era uma delas, então eu dedicava mais tempo para essa disciplina”, detalha.

Além disso, como o vestibular da Uema cobra conhecimentos específicos de história e geografia do Maranhão, ele precisou complementar o material do Estratégia com conteúdos regionais, já que o Pacote Enem, utilizado por ele, não cobria tais assuntos. 

Vale destacar que o Pacote Uema/Uemasul, oferecido pela Coruja, é composto por todos os conteúdos cobrados no vestibular Uema, inclusive sobre a história e a geografia do Maranhão, mas o estudante não utilizou tal pacote.

A preparação de Tiago durou quase um ano, sempre tentando conciliar os estudos, o trabalho e o descanso. O engenheiro gostava de praticar algum esporte nos seus momentos de relaxamento, como corrida ou treino na academia. 

“Eu acho interessante que a pessoa consiga manter uma rotina de atividade física diária, mas como eu trabalhava, ficava muito difícil de eu fazer isso tudo. Então, eu tinha que fazer realmente, quando eu cumpria a minha rotina de estudo, aí eu ia treinar, que era o que eu gostava de fazer”, explica Tiago.

Ele também tentava deixar um horário livre na semana, geralmente o domingo, para passar um tempo com sua família, que o apoiou desde o início. 

Por que Medicina na Uema?

Apesar de ser formado em Engenharia Civil, Tiago sempre sonhou em cursar Medicina. “Minha primeira formação foi como engenheiro civil, mas não foi um curso com o qual eu me identifiquei muito. Eu procurei outras áreas inicialmente, concursos, para ter alguma renda, e depois fui atrás do meu sonho, que era fazer Medicina”, explica o estudante.

Foi então que, já morando no Maranhão há cerca de sete anos, resolveu se dedicar ao vestibular de Medicina na Uema. A escolha pela instituição foi estratégica, já que a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) oferece bonificação para estudantes que cursaram o ensino médio no Estado do Maranhão, o que não era o caso de Tiago, que havia estudado no Piauí. Isso tornava a competição mais difícil, e ele optou por tentar a Estadual, onde alcançou o tão sonhado resultado.

Apoio e motivação familiar

O apoio da família de Tiago foi fundamental em sua jornada para a aprovação em Medicina. Desde o início, quando compartilhou o desejo de conciliar os estudos com o trabalho, sua família reagiu com entusiasmo e confiança. Eles entenderam a importância do sonho de Tiago e se mostraram dispostos a apoiá-lo em todas as dificuldades que poderiam surgir ao longo do caminho. 

“Eles ficaram muito empolgados com a ideia, até porque a Medicina ainda é uma profissão muito bem vista. Acho que é um sonho de muitas famílias terem alguém, um pai ou uma mãe que tenha um filho médico”, conta Tiago. Esse suporte emocional foi crucial para que ele mantivesse o foco e a determinação, sabendo que podia contar com o incentivo de seus pais e irmãos em cada etapa da sua trajetória.

A história de Tiago é inspirada também em sua família. Seus pais, que vieram de condições humildes, sempre foram seu maior exemplo de superação e perseverança.

“Me espelho muito nos meus pais, não especificamente por conta da Medicina, mas pelo exemplo de superação deles. Eles são pessoas que vieram de condições precárias, pessoas que ninguém nem teria condição de dizer que eles poderiam hoje ter filho médico. Meus outros irmãos também, graças a Deus, se formaram em universidades federais e estaduais. Então, eu me espelho neles, porque eles sempre lutaram por isso”, reconhece o universitário.

Planos futuros

Tiago ainda tem o sangue de concurseiro em suas veias e deseja, após terminar a faculdade, realizar uma residência em Ortopedia e prestar concurso público na área, conciliando sua nova carreira médica com a atual, na área de segurança pública. “A minha ideia é ser um médico ortopedista concursado, e com fé em Deus, vai dar certo”.

Dica de ouro

Um dos pontos altos da trajetória de Tiago foi o controle emocional que desenvolveu ao longo da preparação. Ele destaca que, além de dominar o conteúdo, é fundamental estar emocionalmente preparado para o momento da prova. 

“Eu fui tranquilo, na cabeça de que fiz o melhor que pude ao longo da minha preparação. Se fosse o meu momento, ia dar certo; se não fosse, eu continuaria tentando”, afirma.

Por isso, para Tiago, além de ter uma rotina de estudos regrada, a chave para ser aprovado é manter a calma na hora da prova. Ele afirma que ficar pensando se vai dar certo ou não, só atrapalha o vestibulando, e que a maturidade é crucial para lidar com a ansiedade e a pressão durante o processo seletivo.

“Eu percebo que muita gente fica muito nervosa, muito ansiosa no momento da prova. Às vezes a pessoa tem um preparo em relação ao conteúdo, mas ela não consegue colocar aquilo ali em prática, porque durante a prova ela está pensando se vai dar certo ou não”, finaliza o estudante.

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