Como lidar com o bloqueio em uma matéria na rotina de estudos?

Como lidar com o bloqueio em uma matéria na rotina de estudos?

Nossos mentores trouxeram algumas dicas para lidar com o bloqueio em uma matéria ou conteúdo na sua rotina de estudos para os vestibulares; confira!

A vida de vestibulando envolve muito estudo, dedicação e autoconhecimento. Em diversos momentos desse processo, os estudantes se perguntam se estão indo pelo caminho certo, se há formas de melhorar sua rotina de estudos e como ultrapassar algumas barreiras que vão surgindo ao longo do tempo.

Uma dessas barreiras envolve os bloqueios e como lidar com eles para avançar no estudo diário de um determinado conteúdo ou matéria. E, olha, são várias as formas de ultrapassar essa dificuldade, mas é necessário, antes de tudo, compreender e identificar os motivos, lidar com o estresse e enfrentar a situação de forma leve.

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Para nos ajudar com o assunto, pedimos a ajuda de Anne Yoshimura e Gabriel Bizarrias, mentores do Estratégia Vestibulares e alunos de Medicina na USP de São Paulo. Eles contaram suas experiências, com dicas, métodos e desafios sobre o assunto na live “Como lidar com o bloqueio em uma matéria?” (aula abaixo), disponível no YouTube do EV. Confira mais sobre como lidar com os bloqueios abaixo.

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Quais são as dificuldades existentes nos bloqueios

Gabriel e Anne listaram barreiras que fazem com que o aluno bloqueie um determinado conteúdo. Eles chamaram isso de “muro da dificuldade”, que são pontos que freiam a evolução em um tema. São cinco pontos levantados, veja quais são:

  • Falta de motivação: o desânimo na hora de estudar faz com que haja uma maior resistência em relação ao assunto, dificultando o aprendizado;
  • Incapacidade de se concentrar: quando o tema é visto como indigesto, o cérebro buscará formas de evitar aquilo;
  • Ansiedade: a demora ou dificuldade em avançar em uma matéria gera ansiedade e aí a preocupação passa a ser em concluir o assunto e não em aprender de fato;
  • Esquecimento de conceitos: sem muita qualidade nos estudos, os temas vão ficando frágeis e a memória não consegue captar o conteúdo; e
  • Dificuldade de conectar as informações: muitas matérias são sequenciais, e ao ter um estudo frágil e desinteressado, a estrutura tende a não se conectar com os novos conceitos.

Confira as causas dos bloqueios na hora de estudar

A lista de causas podem ser fatores externos, momentos passados e escolhas erradas ao longo do processo. A falta de interesse na matéria, de conectar o que é passado em situações reais, ou mesmo a indiferença em relação a ela numa perspectiva futura, acabam bloqueando a mente a compreender o que está sendo estudado.

Dentre os fatores externos, Anne destacou experiências passadas negativas com a matéria, pressão dos pais, familiares, amigos e do próprio vestibular, problemas emocionais diversos, falta de confiança e baixa autoestima.

Além disso, há também a escolha por métodos de estudo ineficazes, que muitas vezes atrapalham os candidatos em todo o processo que envolve encarar uma matéria. Anne pontua que “um método de estudo ineficaz pode minar muito do processo de aprendizagem e criar um bloqueio. Se você tivesse, lá no começo, buscado um método mais adequado para o seu caso e como você aprende, talvez não tivesse desenvolvido esse bloqueio”.

Gabriel também destaca que muitas vezes os alunos não acreditam em si. “A pessoa tem uma crença absoluta de que não vai conseguir. O aluno junto com você consegue fazer o exercício, mas quando ele tá sozinho ele segue pensando que não consegue. Isso do aluno se sentir incapaz é muito comum e subjetivo”.

E isso está aliado a diversos fatores externos, que ao longo do tempo, criam uma falsa sensação de incapacidade, que precisa ser contornada. É necessário confrontar o que é visto como uma fraqueza para solucionar os bloqueios quando eles surgem.

Como identificar os bloqueios

Para identificar os bloqueios, é necessário fazer uma autoavaliação, listando tópicos que causam desconfortos ou resistências, motivos que tornam o progresso mais lento e também o que tira a confiança ao longo dos estudos. “É muito importante você observar onde está falhando. Não tem um jeito fácil de ultrapassar isso”., pontua Anne.

É necessário também entender quais são as maiores dificuldades em cada um dos tópicos. Muitos alunos têm dificuldade para colocar em prática o que foi transmitido, conectar as informações entre os conceitos, ou até mesmo enxergar o uso daquilo em outros temas e até no dia a dia, e atuar nesses pontos faz a diferença na superação das dificuldades.

Como enfrentar os bloqueios

Para ultrapassar essas barreiras, é necessário traçar metas que ajudem a avançar em cada processo. Anne e Gabriel citam o método SMART, que é um acrônimo para: Específicas (no inglês S de specific), Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais (S.M.A.R.T.). Veja os exemplos citados abaixo:

Exemplo negativo

Um aluno usa a seguinte frase: “quero ser bom em matemática”. A frase é pouco específica, já que a Matemática é uma matéria muito grande. É também difícil mensurar o que é ser “bom”, e, por conta dos dois pontos citados, também se torna pouco atingível.

A relevância acaba sendo pouco importante, já que não há um objetivo concreto, o que acaba desanimando o aluno no progresso. Além disso, a frase não possui um prazo, um tempo para que a meta seja concluída.

Anne explica. “É relevante ser bom em Matemática, mas é uma meta específica? Vai ver o tanto de coisa que tem em Matemática para estudar. É mensurável? O que é ser ‘bom’? Dá para medir o bom? Não é uma quantidade, é uma qualidade, e a gente quer algo mensurável. Atingível pode ser, mas você não vai saber quando alcançou”.

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Exemplo positivo

O exemplo passado para ser meta traz uma frase que contempla os pontos SMART: “quero melhorar minha habilidade em resolver equações de segundo grau, resolvendo pelo menos dez exercícios por dia durante as próximas duas semanas”.

Na frase acima há a especificidade do conteúdo (equações de segundo grau), mensurável por ter dez exercícios, atingível de acordo com as dificuldades do aluno, relevante, já que o conteúdo é comum em vestibulares e possui um prazo de duas semanas, sendo, portanto, temporal.

“Sejam o mais específico possível nas suas metas, porque só assim vocês vão ter a sensação de que vocês conquistaram. A meta não é só uma forma de se cobrar, é uma forma de ver o que você conquistou”, completa Anne.

Gabriel usa também um exemplo sobre a temporalidade das metas. “O que é mais fácil: ter uma meta de fazer cinco mil questões durante um ano, ou 100 questões por semana? É importante ter metas de curto prazo, porque elas são mais factíveis e concretas, e por isso você reúne mais esforço para concluí-las”.

Estratégia de estudos: diversificação e adaptação

Os bloqueios podem mostrar necessidades específicas de adaptação. Muitas vezes essa dificuldade está atrelada ao método de estudo, que varia de acordo com gostos pessoais, capacidades, motivações e outros.

Entender, portanto, como é o seu funcionamento em relação a cada matéria, faz com que o aproveitamento do tempo de estudo seja maximizado. E, para isso, é uma boa diversificar os métodos, justamente para que não haja um cansaço acumulado em cada tema.

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Variar formatos

Dentre as estratégias de diversificação estão buscar a variedade de formatos de materiais. O Estratégia, por exemplo, possui mapas mentais, vídeoaulas, áudios, PDFs, materiais interativos e Banco de Questões, que permitem uma versatilidade na forma de aprender o conteúdo.

Resolver exercícios

Outra estratégia interessante pode ser alternar o momento de resolver exercícios de acordo com a dificuldade de aprendizado ou com a matéria em si. Temas que já se tem uma boa base, muitas vezes podem ser iniciados diretamente com exercícios, para que seja identificado quais os problemas e resolvidos de forma mais rápida, por exemplo.

Há também a possibilidade de assistir a uma aula e realizar os exercícios antes de ler os conteúdos, para que a leitura seja dinâmica. Mas há situações em que os exercícios devem ser feitos apenas no final, para que haja um melhor aproveitamento de acertos e manutenção da motivação, especialmente em conteúdos difíceis. O formato pode variar de acordo com as necessidades do aluno, e isso é o importante de se ter em mente.

Ensinar o conteúdo

Uma estratégia coletiva que pode ajudar é encontrar amigos ou uma única pessoa e tentar ensinar o conteúdo para ela. Assim, é possível notar os pontos em que a “aula” foi bem passada e pontos a melhorar. Além disso, a troca de experiências gera novas perspectivas, que podem auxiliar nas dificuldades encontradas.

Enfrentar matérias difíceis em bons momentos

Aproveitar os momentos em que há bom rendimento e ânimo é uma boa para encarar as matérias vistas como mais difíceis, justamente para que não haja um cansaço, o que possa aumentar o bloqueio existente com aqueles temas.

Como lidar com estresse e pressão

Dois pontos que estão presentes na vida de um vestibulando, o estresse e a pressão caminham lado a lado ao longo dos dias na rotina de estudos. Confira algumas atitudes e dicas que auxiliam a amenizar ambas as condições.

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Planejar descansos e recompensas

Algo que facilita a cumprir as metas, é criar situações em que existam recompensas para que isso aconteça. É algo pessoal, mas ajuda com a motivação nos estudos e a ver que os objetivos estão sendo conquistados.

Outro ponto importante é ter pausas para descansos, que podem ser destinados a atividades desestressantes. Um hobby, sair de casa, fazer exercícios físicos, conversar com amigos, assistir séries e filmes são alternativas. Mas, tome cuidado com o tempo e rigidez de cada momento, para que essas situações não tornem os estudos improdutivos.

Fazer atividades físicas

As atividades físicas mantém o corpo são e liberam hormônios e substâncias relacionadas ao prazer, o que ajuda a enxergar os estudos como algo positivo e benéfico ao longo prazo. Além disso, o condicionamento físico dá uma sensação de movimento, quebrando a rotina de estudos que, querendo ou não, exige concentração, foco e uma certa quietude.

Desenvolver curiosidade pelos assuntos

É importante tentar estabelecer relações entre os temas e matérias com questões e vivências do cotidiano. Isso faz com que haja um maior interesse, além de facilitar a aprendizagem de forma geral. Buscar pontos de convergência entre pontos pessoais e os assuntos diminuem os atritos da aprendizagem.

Intercalar com assuntos confiantes

Uma abordagem que pode ser usada é identificar um bloqueio e tentar sair dele para algo que haja uma confiança, assim a mente se anima e a volta se torna mais produtiva. Fazer uma lista rápida de exercícios da sua matéria favorita, entre pausas de assuntos complicados, por exemplo, é uma medida que pode funcionar.

Respeitar o processo e valorizar cada progresso

A jornada de estudos é longa e precisa ser vista como um processo contínuo. As conquistas, portanto, são cotidianas e podem passar despercebidas se não houver metas de curto prazo e uma valorização de cada passo. 

O aprendizado tem uma curva de crescimento em que, no início há um progresso lento, para depois acelerar e estabilizar, mas um ponto está conectado ao outro e compreender isso faz com que a jornada seja mais eficiente, duradoura e positiva.

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