A respiração pulmonar, a partir do sistema respiratório, é crucial para a perpetuação de nossa espécie. Sem a troca gasosa e a circulação de oxigênio no sangue, o ser humano não consegue sobreviver mais do que alguns minutos.
As narinas, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os pulmões e suas subdivisões são partes integrantes deste sistema fisiológico. No artigo de hoje, você verá características da respiração e dos órgãos respiratórios. Leia agora!
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O que é o sistema respiratório?
O corpo humano é formado por diversos órgãos que funcionam simultaneamente para garantir a manutenção da vida e da homeostase. O sistema respiratório é composto por estruturas que conduzem o ar para dentro e para fora dos pulmões, permitindo que o oxigênio se difunda pelo corpo e o gás carbônico seja eliminado.
Ele pode ser dividido em duas principais partes:
- estruturas condutoras, que tem a função de encaminhar a massa gasosa; e
- estruturas respiratórias, que realizam a permuta de gases dentro dos pulmões.
Outro ponto importante é que o sistema respiratório se relaciona intimamente com a hematologia, uma vez que o sangue é o principal condutor de gases e nutrientes pelo corpo.
Um importante exemplo disso seria um caso de anemia: se o sangue não consegue transportar adequadamente oxigênio para os tecidos, a eficiência do sistema respiratório fica comprometida como um todo — a pessoa padece com falta de ar, cansaço e dificuldade para realizar esforços físicos.
Estruturas condutoras do sistema respiratório
Nariz
Uma das principais funções das estruturas condutoras do sistema respiratório é fazer a comunicação entre o meio interno e externo do corpo humano.
O primeiro elemento de que trataremos é o nariz: composto por uma histologia cartilaginosa com duas narinas, por onde o ar entra. Dentre suas especializações, são observados pequenos pelos (também chamados de vibrissas) que tentam impedir a passagem de materiais estranhos para o interior do corpo.
Internamente, existem duas porções, as cavidades nasais direita e esquerda — que estão separadas por uma parede de tecido cartilagíneo. Dentro dessas estruturas, existem projeções ósseas que favorecem o turbilhonamento e, consequentemente, o aquecimento do ar para que ele não cause um desequilíbrio na temperatura corporal.
Além disso, em grande parte dessas vias respiratórias condutoras, observamos células produtoras de muco, que umidificam o caminho doar e também retém partículas prejudiciais.
Faringe
Em sequência, os volumes gasosos são direcionados para a faringe, um órgão de composição muscular, que possui elementos importantes para a imunidade, como a tonsila faríngea. Essa estrutura também faz parte do sistema digestório, comunicando-se com o esôfago.
Inclusive, existe uma “válvula” chamada de epiglote, que regula a passagem das substâncias:
- Ela fecha a laringe quando o foco é a alimentação; e
- Mantém esse órgão aberto quando o funcionamento é o sistema respiratório.
Laringe
Já que estamos falando de laringe, veja lá: esse elemento é responsável pela fonação — dentro dela estão as cordas vocais, que vibram e permitem a emissão de ondas sonoras.
Você sabia que, inclusive, o famoso “gogó” é uma cartilagem presente na laringe? Em geral, em pessoas do sexo masculino, esse relevo se torna mais protuberante devido a influência da testosterona, que também favorece uma voz mais grave.
Traqueia
Depois de passar pela laringe, o ar se direciona para a traqueia: um órgão formado por aproximadamente 15 a 20 anéis de cartilagem. Por serem rígidos, eles impedem que o tubo se feche.
Em sua composição histológica, também são observadas células produtoras de muco e especializações celulares que auxiliam na função condutora.O procedimento de traqueostomia, muito utilizado em situações de pacientes graves, por exemplo, é realizado nos anéis da traqueia.
Brônquios
Na sua porção final, a traqueia se ramifica para direita e esquerda, formando os brônquios principais. Em seguida, essas estruturas também se ramificam, da seguinte maneira:
- Três brônquios secundários para o pulmão direito; e
- Dois brônquios secundários para o pulmão esquerdo.
Cada um deles adentra os pulmões e se ramificam cada vez mais, formando os brônquios menores e bronquíolos — ao final dessas subdivisões encontra-se a chamada “árvore brônquica”.
Estruturas efetoras do sistema respiratório
Pulmões
Nós humanos temos dois pulmões, um direito e um esquerdo — estão localizados na caixa torácica e interpostos pelo coração. Eles são compostos por tecido conjuntivo e são considerados como órgãos esponjosos, pois estão repletos de sáculos de ar, chamados de alvéolos.
Alvéolos
Os alvéolos pulmonares, por sua vez, são os órgãos mais importantes do sistema respiratório. É dentro deles que ocorrem as trocas gasosas, denominadas de hematose.
Funções do sistema respiratório
Hematose
O termo “hematose” faz referência ao intercâmbio de substâncias entre o sangue e o ar presente nos alvéolos. Por isso, esses elementos estão relacionados com pequenos capilares sanguíneos.
Nesse processo, o sangue desoxigenado (azul) chega aos pulmões provenientes do corpo inteiro. Em seguida, ele se difunde pelos alvéolos pulmonares, recebendo o oxigênio e enviando gás carbônico de volta para a atmosfera (esse gás faz o caminho inverso e é expelido pelas narinas).
O sangue recém oxigenado (vermelho), então, retorna ao coração e é bombeado para a nutrição de todos os tecidos do corpo. Perceba aqui como o sistema cardiovascular e o sistema respiratório funcionam em harmonia entre si.
Equilíbrio ácido-base
Na fisiologia humana, quando há excesso de gás carbônico o potencial hidrogeniônico (pH) do corpo pode ser alterado, prejudicando o funcionamento e a sincronia entre os diferentes sistemas corporais.
Por isso, as trocas gasosas realizadas pelo sistema respiratório são essenciais para a manutenção do equilíbrio ácido-base do nosso corpo. O trabalho dos pulmões mantém o sangue em um pH ideal.
Exercícios sobre sistema respiratório
PUC-RJ 2015
Quando uma pessoa prende a respiração, ocorrem alterações sanguíneas que levam à necessidade de respirar. A esse respeito, considere as alterações abaixo:
I. Aumento de O2.
II. Diminuição de O2.
III. Aumento de CO2.
IV. Diminuição de CO2.
Na situação descrita acima, ocorrem as alterações:
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III e IV.
Ao prender a respiração, a entrada de oxigênio diminui, ao mesmo tempo em que esse gás está sendo distribuído pelos tecidos corporais. O trabalho das células, ainda, favorece a liberação de gás carbônico no sangue.
Assim, pouco tempo depois, a concentração de gás carbônico aumenta e a de oxigênio diminui — dessa forma o equilíbrio ácido-base sofre interferência e o sistema nervoso envia informações para a retomada da respiração.
Caso não seja possível internalizar o ar, o corpo padecerá a falta de oxigênio e em poucos minutos as atividades fisiológicas cessam. A alternativa que condiz com essas informações é a letra D.
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