Fluxo de energia: relação entre energia e ecossistema

Fluxo de energia: relação entre energia e ecossistema

A relação entre os seres vivos entre eles e com o ambiente ao seu redor é um tema importante, pois explica como os animais interagem com os vegetais e como isso propicia a sobrevivência entre os diferentes seres vivos. Nesse sentido, o fluxo de energia trata sobre como uma quantidade energética produzida pode transitar entre animais, vegetais, fungos, microrganismos e outros. 

Neste artigo, você pode entender melhor os conceitos ecológicos e o fluxo de energia em uma cadeia ou teia alimentar. Veja como essas grandezas podem ser representadas graficamente, por meio de pirâmides ecológicas. 

Este é um tema de grande importância para o estudo pré-vestibular, porque os vestibulares nacionais como o Enem, Unicamp, Vunesp e Fuvest cobram o assunto frequentemente. Para ajudar no entendimento dessas questões, o Estratégia desenvolveu resoluções de exercícios comentadas, ao final do artigo. Leia mais!

O que é fluxo de energia?

O fluxo de energia se estabelece em cadeias e teias alimentares, quando os seres vivos são alinhados dentro de um padrão alimentar. Por exemplo, quando plantas produzem energia a partir da luz solar, e então são comidas por pequenos insetos.

Depois, os insetos serão comidos por animais invertebrados de maior tamanho. Que são alimento para animais vertebrados de grande porte, e assim sucessivamente, até que chegue no topo da cadeia alimentar, quando o animal é tão grande que não pode ser alimento de outro. Nesse caso, o ser de grande porte morre e será decomposto por microrganismos.

Cada ser vivo presente na cadeia alimentar está em um nível trófico: uma classificação que faz relação entre a distância que o animal está da energia original. Para isso, é importante compreender que os seres produtores são sempre vegetais, sejam plantas ou algas — esse é o primeiro nível trófico. 

O próximo nível trófico é um animal, chamado de consumidor primário (C1), que é o segundo ser a receber a energia produzida. A passagem de um nível trófico para outro resulta na perda de energia para o meio. 

Quando a planta produz energia a partir da fotossíntese, parte dessa energia é consumida por ela mesma, para realizar os trabalhos metabólicos e garantir sua sobrevivência. Depois, o C1 recebe a energia sobrante e parte dela é utilizada também em seu organismo. Então a energia que passa para o próximo nível trófico também é a sobra do uso de C1 e assim sucessivamente. 

Perceba, portanto, que o fluxo de energia acontece nas cadeias alimentares de maneira decrescente: no início do encadeamento está a máxima quantidade energética, produzida por seres autotróficos e no último nível trófico haverá a menor energia de todo o fluxo. 

Características do fluxo de energia

Como a energia sempre flui do produtor em direção aos consumidores, com dissipação do conteúdo, o fluxo é caracterizado como unidirecional. E inclusive, existe uma relação importante desse conceito com o sol, pois sua luz é a principal fonte de energia para os seres vivos, já que grande parte dos produtores utilizam esse substrato para as reações químicas. 

Em geral, uma cadeia alimentar tem poucos níveis tróficos, em torno de cinco a seis, no máximo. Isso acontece porque a energia ao final do processo é tão pequena que não seria suficiente para garantir a sobrevivência de um próximo ser vivo. 

A eficiência ecológica de uma teia ou cadeia alimentar diz respeito à quantidade de energia dissipada entre seus níveis tróficos. Algumas cadeias consomem menos do que outras, por isso chega-se a valores de eficiência entre 5% a 15%, por exemplo. 

Pirâmide ecológica: fluxo de energia

Outra característica notável no fluxo de energia seria a possibilidade de representá-lo em gráficos, que são chamados de pirâmides ecológicas. Cada nível trófico é retratado por meio de retângulos, com tamanhos proporcionais: quanto mais energia armazenada, maior será o quadrilátero; quanto menor a quantidade, menor a figura geométrica. 

Como vimos até aqui, os produtores são o primeiro nível trófico, por isso ficam na base do gráfico; como eles têm a maior quantidade de energia, serão o maior retângulo da representação. Pouco a pouco as figuras ficam menores, o que dá a sensação de formar uma pirâmide, como está demonstrado abaixo:

Note como os agentes decompositores, geralmente fungos e bactérias, se alimentam de todos os níveis tróficos: isso acontece porque os animais consumidores morrem e toda sua matéria orgânica será substrato para a sobrevivência desses microrganismos. 

Nesse exemplo acima, é possível observar que o número de indivíduos em cada nível trófico também diminui consideravelmente a cada transição. Muitos produtores são necessários para a sobrevivência do consumidor terciário representado, afinal, a energia é dissipada entre os herbívoros e depois entre os consumidores secundários. 

Note também que a quantidade de biomassa também é maior em meio aos produtores, os consumidores primários terão menor quantidade de massa biológica e assim sucessivamente, com a menor quantidade de matéria orgânica nos últimos níveis tróficos.

Ainda é possível desenvolver uma pirâmide ecológica para o número de indivíduos em cada nível trófico. Nesse gráfico, o triângulo é formado levando em consideração o número de animais esperados para cada nível e o formato também será uma pirâmide. 

Questão resolvida

(PUC-RJ) Quando nos referimos ao ecossistema de um lago, dois conceitos são muito importantes: o ciclo dos nutrientes e o fluxo de energia. A energia necessária aos processos vitais de todos os elementos deste lago é reintroduzida neste ecossistema:

a) Pela respiração dos produtores.

b) Pela captura direta por parte dos consumidores.

c) Pelo processo fotossintético.

d) Pelo armazenamento da energia nas cadeias tróficas.

e) Pela predação de níveis tróficos inferiores.

A energia só pode ser reintroduzida em um ecossistema por meio da produção, por fotossíntese e, mais raramente, por meio da quimiossíntese. A respiração é uma forma de gasto energético, assim como a alimentação dos consumidores por predação ou captura. Por fim, não há armazenamento de energia nas cadeias, mas dissipação entre os níveis — a única alternativa possível é a letra C.

(UFC-CE) Leia com atenção o texto a seguir.

“Todo ano o ciclo da vida se repete no Pantanal Matogrossense. Durante a estação das chuvas, os rios transbordam e alagam os campos onde se formam banhados, lagoas e corixos temporários. O gado é levado em comitivas para as partes altas. Aproveitando a inundação, os peixes saem dos rios e espalham-se por toda a área inundada. Quando as chuvas param e os rios voltam a seus leitos, milhões de peixes ficam aprisionados nas lagoas. É um banquete para aves, jacarés e ariranhas. Os pastos, renovados pela matéria orgânica trazida pela água, crescem verdes atraindo cervos, capivaras e outros animais que convivem com o gado, os quais, por sua vez, atraem onças e jaguatiricas.”

(Revista VEJA, 02 de junho de 1999)

Com base no texto anterior, assinale a alternativa que representa uma cadeia alimentar, começando pelos produtores e terminando com os consumidores secundários:

a) Rios, ariranhas e peixes.

b)  Pastos, capivaras e onças.

c) Campos, gado e capivaras.

d) Pastos, jacarés e aves.

e) Campos, jaguatiricas e cervos.

O pasto é a fonte de energia que as capivaras comem e, depois, as onças comem as capivaras. Então, o pasto são os produtores, os consumidores primários são as capivaras e, por fim, a consumidora terciária será a onça.

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