Origem da vida: criacionismo, evolucionismo e outras teorias

Origem da vida: criacionismo, evolucionismo e outras teorias

A origem da vida no planeta Terra é um tema que chama a atenção de estudiosos no mundo todo, há muito tempo. Desde os primórdios da humanidade, existem relatos de que o homem sempre quis entender como a vida surgiu. 

Diante dessa curiosidade, muitas teorias surgem para explicar o que aconteceu para a vitalidade começar no planeta Terra. Desde compreensões mitológicas, criacionistas e/ou religiosas, até perspectivas científicas que tentam provar como a vida pode ter surgido, inclusive com experimentos científicos. 

Embora diferentes descrições existem, há muita controvérsia no mundo científico sobre como surgiu o princípio que move a sobrevivência. A nível de vestibular, é importante conhecer as principais teorias sobre o tema, quais delas são aceitas cientificamente e, inclusive, quais já foram descartadas. Continue lendo para conhecer essas ideias e suas características. 

Hipóteses e teorias para a origem da vida

Criacionismo

O criacionismo é uma das explicações mais antigas para a origem da vida. No mundo ocidental ele é compreendido como a criação do mundo, Terra, natureza e todos os seres vivos a partir da vontade divina e sua completa intervenção nesse processo criativo. 

A maior base teórica para o criacionismo é a Bíblia, livro sagrado para os cristãos. É formada pela coleção de diferentes livros históricos e o primeiro deles é Gênesis, que relata como foi a criação da Terra, dos animais e do homem, a partir de ações e palavras de Deus. É uma teoria de grande abrangência em território brasileiro, em que grande parte das pessoas se declaram cristãs, além de ter grande relevância em diversas partes do mundo.

Abiogênese ou geração espontânea

Em um determinado momento da história, os homens tornaram-se mais curiosos acerca da origem da vida. Um dos estudiosos que mais se destacou nesse sentido foi o filósofo grego Aristóteles. 

Segundo suas teorias, a vida é uma entidade que surge espontaneamente, a partir de elementos que estejam no ambiente, algo que pode ser chamado de “geração espontânea”. Diante disso, todos os seres vivos possuem uma “força de vida”, ou “princípio vital”, que rege a sobrevivência e a existência de vitalidade dentro de seus corpos. 

Essas ideias se mantiveram desde a Era Clássica Aristotélica, até o século XIX, quando os estudiosos Redi e Pasteur desenvolveram um experimento científico para provar que a vida não pode surgir espontaneamente. 

Até aquele momento, acreditava-se que as moscas que aparecem em um pedaço de carne deixado sobre a mesa, surgiam e geram suas vidas a partir daquele material. Então, os pesquisadores separaram um vidro com carne dentro, perfeitamente vedado, enquanto que o outro estivesse aberto. 

Eles observaram então, que a carne do recipiente aberto tinha moscas, enquanto que a do recipiente com vedação, estava sem bichos, apesar da decomposição. Tornou-se evidente que as moscas não tinham um princípio vital a partir da carne, mas que vinham do ambiente para pousar sobre o alimento. 

Biogênese

Com a observação de Redi e Pasteur, a comunidade científica partiu para a interpretação de que a vida sempre surge de outra vida. Ou seja, as moscas só chegaram à carne porque tinham vida em si e antes dela existia vida, assim sucessivamente. Essa explicação só não é capaz de fornecer como a primeira vida surgiu, ainda é aceita atualmente, apesar de não ser completamente clara em todos os seus aspectos.

+ Veja também: Abiogênese e biogênese: características, diferenças e mais

Evolução química (Oparin e Haldane)

As discussões levantadas no século XIX se prolongaram e, já no século XX, surge uma nova teoria científica para explicar a origem da vida. Agora, o cientista russo chamado Aleksandr Oparin e o biólogo inglês John Haldane são os protagonistas da história. 

Segundo eles, a própria Terra teria passado por transformações progressivas que permitiram a formação de compostos químicos simples que, com o passar de milhões de anos, ficavam cada vez mais complexos. 

Tudo isso era permeado pela interação entre as altas temperaturas da terra bilhões de anos antes da origem da vida, uma grande quantidade de radiação ultravioleta, intensas tempestades com raios que se expandem sobre a massa terrestre, além de uma atmosfera rica em amônia, gás metano e hidrogênio, além do vapor de água.

Alguns desses fenômenos forneceram energia para a ocorrência das reações químicas que resultaram nos compostos químicos. Depois, vieram os compostos orgânicos, os aminoácidos e as primeiras moléculas proteicas. 

Cada vez mais os esqueletos químicos se tornaram complexos e reagiam entre si, até que surgiram conglomerados orgânicos (os coacervados). Diante de tantas transformações surgiram as informações genéticas, que depois passaram a ser interpretadas para formar os aminoácidos e formar proteínas.

Então, em uma escala de bilhões de anos, a vida poderia surgir a partir dessa teoria. E isso foi testado em laboratório por muitos pesquisadores, que encontraram pontos de veracidade nas teorias, o que torna o estudo um dos mais importantes para o meio científico atual.

Origem da vida: O primeiro ser vivo

A partir da teoria de Oparin, as questões a respeito da primeira vida já não eram alvo das pesquisas científicas. Agora os estudiosos gostariam de entender como esse primeiro ser vivo era, do que se alimentava e muito mais — eles entraram em concordância em dizer que era um organismo unicelular e procarionte, já que é uma das estruturas mais simples do planeta Terra, mas a nutrição ainda era um ponto de divergência, que será discutido nos tópicos abaixo.

+ Veja também: Tipos de células: eucariontes, procariontes e diferenças

Hipótese autotrófica

Para os especialistas que acreditam nessa hipótese, o primeiro ser vivo seria capaz de produzir seu próprio alimento. Afinal, eles consideram que o ambiente terrestre não tinha todas as moléculas necessárias para suprir as necessidades daquele organismo. 

Uma limitação para essa teoria é o fato de que, segundo Oparin, não havia gás carbônico na atmosfera primitiva, o que torna impossível a fotossíntese. O único metabolismo energético possível, então, seria a quimiossíntese: quando os compostos inorgânicos são utilizados por organismos para formar energia, sem a intermediação da luz. 

Hipótese heterotrófica

Do outro ponto de vista, esses organismos primitivos não teriam uma estrutura metabólica tão desenvolvida para produzir o próprio alimento. Seria necessário que os conteúdos ao redor suprissem as necessidades fisiológicas dessas estruturas.

Então, eles propõem que eles sobrevivessem a partir da fermentação de matéria orgânica que já estava no ambiente terrestre. Não existe um consenso sobre qual teoria é mais coerente, mas essa questão tem intrigado cientistas em todo o mundo e, como a ciência é um estudo dinâmico, novos estudos surgirão para  tentar solucionar essas questões, mais cedo ou mais tarde.

Questões sobre origem da vida

(Unicentro/adaptada) São muitas as discussões sobre a origem da vida no planeta Terra. Os estudos sobre o assunto evidenciam a importância dos avanços tecnológicos e das pesquisas para o aprimoramento das hipóteses sobre a origem da vida. Porém, após alguns séculos de estudos, apesar de consideráveis avanços, ainda existem muitas perguntas sem respostas. Sobre as principais teorias da origem da vida, pode-se afirmar:

a) Haldane e Oparin admitiam que moléculas inorgânicas, encontradas na atmosfera primitiva, se combinariam originando moléculas orgânicas simples, que, posteriormente, adquiriram a capacidade de autoduplicação e metabolismo.

b) A teoria da abiogênese foi confirmada com as pesquisas realizadas por Pasteur, em que micro-organismos foram encontrados em frascos com “pescoço de cisne”, após o processo de fervura.

c) Os avanços tecnológicos e as pesquisas atuais permitiram definir a descoberta da vida como sendo através da evolução de componentes inorgânicos originados no próprio planeta Terra.

d) As pesquisas realizadas puderam comprovar a hipótese autotrófica, pois não existiam nutrientes suficientes na Terra primitiva para suprir os seres vivos.

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