O pensamento científico permeia as mais diversas áreas da sociedade atual, os produtos e serviços são desenvolvidos metodologicamente para garantir os melhores resultados possíveis. Mas nem sempre foi assim, afinal, foi necessária uma reorganização da sociedade e dos conhecimentos para favorecer o desenvolvimento da ciência.
Este artigo trata sobre a definição do pensamento científico e os diferentes tipos de pensamento que também estão presentes na sociedade. Além disso, entenda como a ciência se desenvolveu, se estabeleceu e se difundiu até chegar aos níveis atuais.
O tema é importante para a preparação pré-vestibular, mas também é de grande relevância em termos de desenvolver uma análise crítica sobre os assuntos, reconhecer a necessidade da ciências nos dias de hoje e compreender as limitações dos estudos científicos. Leia e fique antenado sobre esses tópicos!
Navegue pelo conteúdo
O que é pensamento científico?
O pensamento científico é uma forma de compreender as informações com base em validações, evidências, provas e demonstrações que indiquem a veracidade daquele dado. Nesse caso, cada relato apresentado deve apresentar confirmações que atestem sua realidade.
Esse tipo de pensamento é utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento. Por exemplo, a medicina é uma profissão voltada para a testagem e desenvolvimento de métodos que trazem cura e alívio para o sofrimento dos pacientes.
O desenvolvimento dessas técnicas passa por um rigoroso processo de avaliação, aplicação e análise dos resultados. Afinal, deseja-se encontrar o método que traga o maior benefício possível, no menor tempo possível e com a menor taxa de efeitos colaterais e/ou danos.
Esse mesmo raciocínio se aplica para outras áreas, com diferentes objetivos. Veja exemplos:
- Na agricultura, o pensamento científico visa otimizar o plantio e colheita, com a maior preservação da lavoura e melhor lucratividade possível;
- Na engenharia, busca-se construir edifícios, máquinas, equipamentos com o máximo desempenho;
- Na culinária, o alvo é misturar os ingredientes com a melhor harmonia possível, considerando as características físicas e químicas de cada alimento.
A forma científica de pensar traz consigo questionamentos sobre a verdade nas informações. O indivíduo envolvido por esse modelo costuma indagar quais métodos foram utilizados para chegar à conclusão, quais dados a evidenciam, quantas vezes o estudo foi testado, entre outras perguntas.
Por isso, é necessário que os conhecimentos sejam criados a partir do método científico, que é uma sequência bem estruturada de etapas que devem ser seguidas para garantir a veracidade de uma pesquisa. Com esses passos, o pesquisador formula uma hipótese, testa, comprova se é uma verdade ou não — depois, ele pode tornar o campo de pesquisa maior e testar a hipótese em ambientes maiores, ou com um maior número de indivíduos ou organismos.
Características do pensamento científico
O pensamento científico se baseia na racionalidade. É necessário que os dados tenham uma conexão lógica estruturada, que os questionamentos levantados sejam sanados por meio de estatística, argumentos históricos, termos comprobatórios, ou outras fontes que permitam a confirmação dos fatos.
Trata-se de uma compreensão sistemática da vida e seus acontecimentos, afinal, é necessário passar por um sistema de etapas que permitem a comprovação e análise empíricas das informações.
O pensamento científico não é um pensamento rígido. Como se baseia em hipóteses e dados, é possível que um cientista encontre, por meio de uma tecnologia, conclusões diferentes daquelas que eram pregadas no passado. Então, se sua pesquisa possuir evidências concretas, as ideias antigas podem ser atualizadas.
Por fim, o pensamento científico é útil para a apresentação de um novo conhecimento à comunidade. Afinal, se os indivíduos entenderem os fundamentos da ciência, facilita o esclarecimento das atualizações científicas, novos medicamentos, novas técnicas e quaisquer outras inovações da ciência.
Como se desenvolveu o pensamento científico?
Anteriormente ao pensamento científico, grande parte da sociedade vivia a partir do senso comum, que são informações difundidas na comunidade e que não são necessariamente verídicas.
Além disso, a Igreja Católica atuava como grande centralizadora dos conhecimentos, transmitindo os dados de maneira direcionada para os fiéis. A maior parte dos questionamentos eram sanados com explicações religiosas.
Até que, na Era Moderna, o cientista Francis Bacon desenvolveu o conhecido método científico. A partir disso, das ideias do iluminismo e do racionalismo, os indivíduos distanciaram-se gradualmente das explicações simplistas para os fenômenos. É necessário dizer que isso não significou um afastamento da religião, mas a adoção de novas compreensões sobre o viver.
Desde então, cientistas aplicaram-se para produzir conhecimento científico baseado em evidências. Esse processo intensificou-se com o tempo e, atualmente, nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, o pensamento científico é muito valorizado.
Apesar da importância de Bacon para reintroduzir o tema na sociedade, é importante mencionar que, já na Grécia Antiga havia um interesse de explicar os fenômenos naturais por meio de argumentos lógicos — sem elementos da mitologia.
Outros tipos de pensamento e conhecimento
Conhecimento popular ou vulgar
O senso comum, também chamado de conhecimento popular, abrange as informações produzidas sem um método científico. Geralmente, são dados intuitivos, espontâneos, baseados em emoções, observações de poucos fatos, transmitidos geracionalmente e sem evidências ou relações diretas.
Muitas vezes, o pensamento científico surge como uma maneira de questionar o senso comum, para entender se ele é verídico. Caso haja comprovação científica, então a informação será explicada cientificamente. Por outro lado, quando o conhecimento popular não é verdadeiro, é essencial avisar a comunidade — especialmente nos casos em que aumenta-se o risco para a saúde da população.
Conhecimento empírico
O conhecimento empírico também tem uma relação com o senso comum, mas torna-se um pouco mais verídico por ser baseado em observações do cotidiano. Por exemplo, não é necessário ser um cientista de renome para perceber que, quando o céu está nublado com nuvens muito cinzas, as chances de chuva são maiores.
Embora esse conhecimento seja empírico, ele é verdadeiro e pode ser comprovado cientificamente. Nesses casos, a ciência adiciona a explicação química e física para a ocorrência das chuvas após um tempo nublado.
Outros exemplos seriam o derretimento de um cubo de gelo caso fique fora da geladeira — é uma informação observável empiricamente. E então o conhecimento científico acrescenta as compreensões de calorimetria, trocas de calor, mudanças de estado físico e outros fenômenos.
Estude para o vestibular com o Estratégia!
Gostou do conteúdo? Tenha acesso a diversos resumos e explicações didáticas sobre assuntos de Biologia, Geografia, História, Filosofia, Matemática, Física, Química, Português e todas as outras disciplinas. Tudo isso está disponível nos cursos da Coruja, em PDFs ou aulas. Conheça mais: clique no banner abaixo!
