O Brasil é um país de grande extensão territorial, com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Por isso, as características de diferentes áreas do país divergem entre si, tanto em termos de bioma, demografia, cultura, economia, desenvolvimento industrial e assim por diante. Para ter um maior controle sobre essa diversidade, houve o processo de regionalização do Brasil, que consiste em dividir o território conforme alguns critérios de semelhança entre as áreas.
Do ponto de vista da geografia isso pode ser feito conforme a semelhança de espaço geográfico, para a questão política, pode ser importante setorizar o país conforme similaridades de economia e desenvolvimento histórico, em termos de biodiversidade, trazer em consideração os biomas, entre outras formas de divisão territorial.
Nesse sentido, conhecer as principais formas de regionalização do Brasil pode ser importante para desenvolver raciocínio crítico em termos de redações e interpretação de texto, bem como para responder questões geográficas específicas que abordem esse tema. Para se preparar nesse conhecimento, continue lendo este artigo, que tratará sobre todos esses pontos!
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Regionalização do Brasil
A principal forma de regionalização do Brasil foi estabelecida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no século XX. O principal critério utilizado foram as semelhanças naturais das áreas, em termos de biomas, clima, relevo; além de similaridades entre aspectos humanos e culturais.
Nessa divisão, como está demonstrado no mapa acima, existem 5 regiões principais, que recebem a nomenclatura conforme o ponto cardeal que ocupam.
- Em verde está a região Norte, com os estados: Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre e Tocantins;
- Em amarelo está demarcada a região Centro Oeste, que contém Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal;
- Em vermelho, encontra-se o Nordeste, a região com o maior número de estados, que são: Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Bahia, Alagoas e Sergipe;
- Mais abaixo, em azul, está representada a região Sudeste, com os territórios de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais; e
- Por fim, a região mais ao Sul é composta por Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Divisão hidrográfica do Brasil
Outro critério que pode ser utilizado para a regionalização do Brasil é a distribuição das bacias hidrográficas dentro do território. Afinal, o país é repleto de corpos hídricos de grande importância, contendo algumas das maiores bacias hidrográficas do mundo, com destaque para a Bacia Amazônica.
O mapa abaixo demonstra essa divisão do mapa conforme os territórios hídricos, vejam como grandes nomes de corpos hídricos são citados. Nessa classificação, nota-se que as bacias Amazônica, do Tocantins, do São Francisco são destaque por seu volume e grandeza, com notoriedade nacional e até internacional. A do Paraná ganha destaque porque se relaciona com as bacias do Paraguai e Uruguai, construindo a Bacia Platina, tão famosa na América Latina.
Regionalização do Brasil por biomas
Uma forma interessante de representar o território brasileiro leva em consideração os diferentes biomas que são encontrados no país. Lembre-se que o Brasil é um país com rica biodiversidade e, esse tipo de divisão, permite um olhar crítico e analítico sobre a relação entre estados e os biomas, por exemplo.
O mapa traz a composição de biomas brasileiros, que são: amazônia, caatinga, cerrado, mata atlântica, pampa e pantanal. Um ponto a ser destacado nesse mapa do IBGE está na presença dos limites dos estados. Com isso, é possível perceber, por exemplo, que o Mato Grosso possui uma mistura de três grandes biomas: cerrado, pantanal e amazônia. Enquanto que estados como Santa Catarina está inserido apenas na Mata Atlântica.
Regionalização geoeconômica do Brasil
Uma quarta forma de regionalizar o país é a partir de critérios geoeconômicos, que leva em conta tanto aspectos naturais do território, desenvolvimento histórico e econômico, além das dinâmicas humanas e sociais ali estabelecidas.
As divisões encontradas também podem ser chamadas de macrorregiões econômicas ou complexos regionais. É uma classificação estabelecida pelo estudioso Pedro Pinchas, no ano de 1967, que criou três grandes espaços, conforme mostra o mapa abaixo.
A primeira macrorregião é a da Amazônia (1), que abrange os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, e também algumas porções do território de Maranhão e Mato Grosso.
É um espaço com baixa densidade demográfica, que trabalha especialmente com agropecuária e extrativismo vegetal, principalmente devido à presença da biodiversidade da Floresta Amazônica. Mas também tem um grande potencial industrial, devido ao polo que existe em Manaus. Trata-se de um local com problemas na distribuição de renda e também nos acessos aos serviços de saúde e educação.
Depois, existe o complexo regional do Centro-Sul (2), em que estão inclusos os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além de espaços que adentram Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins.
Abriga mais de 70% de toda a população brasileira, se caracterizando com uma macrorregião populosa. Tem um histórico social marcado pela má distribuição de renda, desigualdade social e marginalização dos indivíduos. Cenário esse que contrasta com o crescimento valorizado da economia e da industrialização, principalmente porque abrange grandes polos como a cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Por fim, existe a região geoeconômica do Nordeste, que abriga as regiões federativas de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, como a porção leste do Maranhão e territórios do norte de Minas Gerais.
Área com muitos pontos de grande valor nacional, como a exportação de petróleo, agricultura associada principalmente ao cacau e cana de açúcar, desenvolvimento do turismo forte em grandes centros como Salvador e também pequenas cidades muito atraentes por suas belezas naturais.
Mesmo com seu valor fundamental e cultural para a sociedade nacional, é importante ressaltar os pontos negativos, a fim de atrair as medidas necessárias para a transformação da realidade de milhões de pessoas que vivem em condições precárias. Entre os dilemas socioeconômicos estão: focos de analfabetismo, favelização, violência, fome, má distribuição de renda, exploração trabalhista, desigualdade social e etc.
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