Guerra da Coreia: causas, características e consequências 

Guerra da Coreia: causas, características e consequências 

A Guerra da Coreia é um conflito marcante do século XX, que demonstra com clareza as características de um período histórico conhecido como Guerra Fria. As batalhas entre Coreia do Norte e Coreia do Sul estavam influenciadas por grandes potências mundiais em disputas ideológicas. 

Além de ser parte da história coreana e uma guerra com números significativos de feridos e mortos, a Guerra da Coreia é representativa de seu contexto histórico. Por essa razão, os vestibulares cobram tal conhecimento, em relação a todo o panorama mundial daquela época. 

Se você quer conhecer mais sobre a guerra coreana, suas características, maiores informações sobre o cenário mundial, estatísticas das batalhas e muito mais, continue lendo este artigo. Ao final, acompanhe a resolução de uma questão e atente-se sobre a forma que o conteúdo é cobrado.

Contexto histórico da Guerra da Coreia

Dominação japonesa

Desde o começo do século XX, o território coreano estava sob influência das disputas estrangeiras. Uma das primeiras questões que surgiu foi com o Japão, um documento permitia a anexação da Coreia ao Japão, de forma que península pudesse ser tomada e ocupada por japoneses.

Esse momento da história evoluiu mal, de forma que os japoneses passaram a explorar, as terras coreanas, a mão de obra, os espaços mais produtivos do território e muito mais. Há relatos de exploração sexual e crimes contra a dignidade de muitas cidadãs coreanas.

Segunda Guerra Mundial

Anos se passaram, até que a Segunda Guerra Mundial eclodiu, em 1939. Na história dessa grande guerra, existiam dois grupos de potências que batalhavam entre si. Em um deles estava os Estados Unidos, no outro estava o Japão. Dado o passado exploratório vivenciado na Coreia, esta nação posicionou-se contra o grupo japonês na Segunda Guerra.

Nesse sentido, os coreanos se aliaram aos americanos antes mesmo da eclosão da Guerra Fria, em que houve a bipolarização mundial. Essas lutas aconteciam com o intuito de conquistar uma autonomia da nação, livrando-se das amarras injustas e radicais impostas pelos japoneses. 

Ao mesmo tempo em que os EUA defendiam parte do território coreano, os soviéticos também lutavam contra os japoneses. De forma que ambas as nações tinham ampla influência em diferentes pontos da península. 

Foi assim que, após a derrota japonesa em 1945, a península da Coreia foi reconstruída em duas grandes áreas. Nessa reunião, chamada de Conferência de Potsdam, foi determinado um eixo geográfico que dividia o território em duas partes, era o chamado paralelo 38.

As regiões ao norte do paralelo estariam sob influência e domínio dos soviéticos (URSS), enquanto que a porção sul ficaria nas dependências dos Estados Unidos. De certa forma, observa-se uma motivação imperialista por trás das ajudas fornecidas por essas potências. 

Guerra fria

Após a divisão da Coreia em norte e sul, cada potência se responsabilizou em determinar governos que fossem de acordo com sua forma de pensamento. Nesse período histórico, já estava em desenvolvimento a Guerra Fria.

Essa época é muito famosa pelo embate entre as ideologias capitalista, dos Estados Unidos da América, e socialista, da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Por isso, na Coreia do Norte foi eleito um governante de caráter socialista-comunista, enquanto o sul tinha um sistema voltado para o acúmulo de capitais. 

A rivalidade entre comunistas e capitalistas era tão grande que não havia tolerância em nenhum dos dois territórios. No norte, havia apoio econômico e militar para fortalecer o comunismo, enquanto o capitalismo era reprimido. Já no sul, havia formas de repressão mais severas, com perseguição de quem se declarasse a favor das ideias marxistas.

A gênese da Guerra da Coreia está na disputa para ver qual forma de governo prevaleceria e seria implantada em toda a península, com uma unificação dos territórios. Porém, no fim da década de 1940, ambos os territórios foram desocupados pelas grandes potências da Guerra Fria.

O início da Guerra da Coreia

Sobrou, então, um cenário caótico de disputa entre dois territórios. O clima de tensão cresceu e, de repente, havia uma intenção clara do governo nortista em invadir e dominar o território coreano. 

Para isso, era necessário recurso, como auxílios, armas e suprimentos para as tropas que fossem guerrear. Então, conseguiu-se o apoio do governante soviético Josef Stálin. Dado o contexto de Guerra Fria, o maior temor era o desenvolvimento de uma guerra pela reação estadunidense, quando a Coreia do Sul fosse invadida. 

Por fim, os nortistas invadiram o território do Sul em junho de 1950. A perspectiva de uma nova grande guerra e a ONU recém formada, no pós Segunda Guerra, foram fatores importantes para permitir a intervenção de outras nações no conflito. Como era de se esperar, a primeira potência que quis se envolver no processo foi os EUA. 

Fases da Guerra da Coreia

A Guerra da Coreia apresentou três fases:

  • Na primeira, que durou cerca de 3 meses, os norte-coreanos apoiados pela URSS prevaleceram;
  • No segundo momento, os sul-coreanos alinhados com americanos ganharam força e puderam se destacar. Nesse período, é importante destacar que a China passou a apoiar os nortistas, com medo das influências estadunidenses na região; e
  • Por fim, a entrada da China possibilitou uma disputa mais acirrada entre as tropas, que durou quase 3 anos.

Como terminou a guerra?

A Guerra da Coreia terminou após um longo período de disputas, que se estendeu de 1950 até julho de 1953. O conflito não teve uma resolução clara, um acordo de paz ou um desfecho bem delimitado.

Na verdade, as batalhas se encerraram pelo desgaste que ocorria, com uma guerra longa, com uma contagem de mais 2,5 milhões de mortos e sem perspectiva de resoluções. Então, foi acordada uma trégua, que é conhecida como armistício em Panmunjom. Com isso, o paralelo 38 manteve-se como divisão dos territórios, que seguiram sem unificação.

Embora a guerra tenha se encerrado em 1953, as tensões entre Coreia do Sul e Norte se mantêm até os dias atuais. É comum observar, nos noticiários, notícias sobre a relação entre os dois territórios, por vezes apreensivas com os próximos passos de ambas as nações. 

Questão sobre Guerra da Coreia

(Simulado Geral – Estratégia Vestibulares)

Durante a Guerra das Coreias, em que os americanos se envolvem oficialmente, mas os russos não, Washington sabia que pelo menos 150 aviões chineses eram na verdade aviões soviéticos com pilotos soviéticos. A informação foi mantida em segredo, porque se supunha, corretamente, que a última coisa que Moscou queria era guerra. 

O fim da Guerra foi marcado por um Tratado que  

a) manteve a divisão das duas Coreias tendo o paralelo 38 como marco limítrofe. 

b) garantiu a influência dos Estados Unidos na Coreia do Norte e da União Soviética na Coreia do Sul. 

c) garantiu a influência do Japão nessa área. 

d) não é mais válido, apesar das tentativas de integração das duas Coreias. 

e) garantiu a reunificação das duas coreias, que não durou muito tempo

A alternativa correta é a letra A. A Guerra da Coréia foi um dos mais sangrentos conflitos ocorridos durante a Guerra Fria, resultando na morte de dois milhões de coreanos e chineses. Em julho de 1953, um acordo entre os governos dos dois países foi assinado. Nesse processo, o paralelo 38º foi usado como marco limítrofe de suas fronteiras.

Letra B: Errado. Aqui a alternativa inverteu as influências. Coreia do Norte: URSS; Coreia do Sul: EUA.

Letra C: Errado. A influência do Japão nessa região é anterior à 2ª. Guerra Mundial. Faz parte do expansionismo japonês que se desenvolveu a partir do final do século XIX com a modernização e industrialização japonesa, conhecida como Revolução Meiji. Em 1910, o Japão anexou a Coreia, que permaneceu uma colônia japonesa até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Letra D: Errada. É válido sim e veja que a construção da frase dá sentido oposto ao que ocorreu: a divisão das Coreias.

Letra E: Errado. O armistício manteve a divisão entre as duas Coreias, e não o oposto como afirma a alternativa.

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