O sujeito de uma oração é o elemento que sofre ou pratica a ação do verbo presente na frase. Muitas vezes, é fácil identificá-lo com perguntas diretas, em outras ocasiões, pode estar oculto no contexto e necessita de maior conhecimento sintático para ser encontrado.
Seja simples, composto, oculto, indeterminado e posicionado antes ou depois do verbo, o sujeito é um termo essencial da oração. Dada a importância dessa figura sintática para a escrita e compreensão de Língua Portuguesa, os vestibulares nacionais exploram o tema em diferentes estruturas de enunciado.
Neste artigo, você verá as definições e exemplos para cada tipo de sujeito, além de acompanhar a resolução de uma questão de prova que aborda esse assunto. Aproveite também para entender o sentido e função do sujeito da oração, com o objetivo melhorar a construção sintática das redações. Vamos lá?
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O que é o sujeito?
A palavra sujeito refere-se a um dos elementos essenciais da oração. É o termo sobre o qual está sendo declarado algo, como quando dizemos que “Celso é lindo e cheiroso”, estamos adicionando adjetivos que caracterizam um substantivo (nesse caso, o nome Celso cumpre esse papel).
Quando conseguimos identificar com facilidade e diretamente o sujeito de uma oração, em geral, consideramos que trata-se de um sujeito simples, quando é formado por uma só palavra.
Em outras situações, o substantivo próprio pode ser substituído por um dos pronomes pessoais do caso reto, e então o pronome será o sujeito em questão. Assim: “Ele é lindo e cheiroso”. Agora a palavra “ele” é o sujeito simples da oração.
Perceba também que em ambos os casos é possível encontrar o sujeito fazendo perguntas a partir da oração, dessa forma: “quem é lindo e cheiroso?”. A resposta fornece a palavra que atua como principal agente na construção sintática.
Além disso, podemos observar que o sujeito de uma oração é quem rege a concordância do verbo, como nos exemplos:
- Elas passearam ontem; e
- Joana cantou na cerimônia.
Posição do sujeito na oração
Por fim, a posição do sujeito na oração também pode ser importante para enfatizar uma ou outra informação. A frase que tem sujeito anteposto ao verbo (aparece antes do verbo) traz seu maior foco para o sujeito em si, como em “Os amores existem para trazer cor e brilho à vida”.
Nos casos em que o enunciado apresenta o sujeito posposto ao verbo (depois do verbo), há maior ênfase na informação que se diz sobre o termo: “Para trazer cor e brilho à vida, existem os amores”.
Por simples que seja essa observação, ela pode ser muito explorada na construção de textos e melhor encadeamento dos argumentos. No exemplo, você pode escolher entre trazer o enfoque para o tema “amores” ou para os efeitos que ele causa, como “trazer cor e brilho à vida”.
Predicado
Antes de conhecer os diferentes tipos de sujeito, vamos discutir o que é predicado. Esse é outro termo essencial da oração, que complementa o termo presente no sujeito e complementa a oração.
O predicado representa tudo aquilo que foi declarado sobre o sujeito, ou seja, depois que encontramos o sujeito da oração, tudo o que sobrou é considerado predicado.
Quais os tipos de sujeito?
Sujeito simples
Como foi mencionado anteriormente, o sujeito simples é o mais fácil de ser encontrado. Ele aparece de maneira explícita na oração, em forma de substantivo, palavra substantivada ou pronome.
Esse tipo possui, obrigatoriamente, apenas um núcleo principal. Ou seja, apenas uma palavra responde completamente à ação do verbo, como é exemplificado na lista apresentada a seguir:
- Matheus é um ótimo terapeuta!;
- A Rafaela está dormindo
- O Pedro passou no vestibular;
- Os meninos estão se dedicando;
- As famílias são engraçadas;
- Ela está fazendo academia; e
- A prova inicia amanhã.
Sujeito composto
O sujeito composto também pode ser encontrado com facilidade, porque aparece explicitamente na oração. A diferença, agora, é que devem existir pelo menos dois núcleos principais, formados por substantivos, palavras substantivadas ou pronomes. Isso significa que ao menos dois termos principais exercem ou sobre a ação do verbo. Acompanhe nos exemplos abaixo:
- Matheus e Priscila são ótimos profissionais;
- A Rafaela e o Antônio estão dormindo;
- Pedro e seus amigos passaram no vestibular;
- Os meninos e as meninas estão se dedicando;
- As famílias e seus animais são engraçados;
- Ela e a mãe estão fazendo academia; e
- A prova e a competição iniciam amanhã.
Sujeito oculto
Diferentemente do que vimos até aqui, o sujeito oculto não está explícito na oração. Esse elemento sintático só pode ser observado a partir da desinência verbal, ou seja, observamos a conjugação do verbo e fazemos referência a qual pessoa do discurso a oração se refere, como em:
- Fomos ao cinema — a forma verbal indica que o sujeito é “Nós”;e
- Atingimos os objetivos esperados — o pronome nós também está implícito no verbo “atingimos”.
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado acontece nas orações em que não se pode determinar exatamente quem executou a ação. Ele acontece quando a frase está descrita com um verbo na terceira pessoa do plural sem colocar um sujeito explícito, quando há um verbo na terceira pessoa do singular com pronome “-se” ou quando há um verbo flexionado no infinitivo impessoal. Confira os modelos!
- “Passearam no parque aquático” — o verbo “passearam”, na terceira pessoa do plural, corresponde aos pronomes “eles” ou “elas”, mas é impossível determinar quem é exatamente;
- “Debateu-se o corte de gastos” — o verbo “debateu” seguido do pronome “-se” não permite definir um sujeito que tenha debatido. É uma informação mais impessoal e objetiva;
- “Beber álcool excessivamente faz mal ao fígado” — o verbo “fumar” aparece na forma infinitiva impessoal, não associando a oração a algum sujeito qualquer.
Questão de vestibular
(PUC) “Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos, a pau.” Nessa frase o sujeito do verbo é:
a) nas mãos.
b) indeterminado.
c) eles (determinado).
d) inexistente ou eles: dependendo do contexto.
e) n.d.a.
O verbo “começaram” está conjugado na terceira pessoa do plural e, como vimos anteriormente, orações com essa característica tem sujeito indeterminado, porque é impossível prever se trata-se de “eles” ou “elas”, embora o contexto possa ajudar, quando existe acesso ao texto todo. De toda forma, a melhor alternativa para responder ao enunciado é a letra B.
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