O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é considerado um dos principais expoentes do iluminismo, além de ser considerado o fundador do empirismo, teoria de conhecimento que investiga a origem do conhecimento humano, e propõe que ele é adquirido através dos sentidos e das experiências.
É conhecido por ser um defensor da liberdade individual e por ter sido oposição ao absolutismo inglês. Por conta de tais características, é considerado precursor do liberalismo, e afirmava que a soberania não advinha de um Estado, mas sim da população e que os representantes desse Estado deveriam promulgar as leis, com o governo, ou um rei, executando-as.
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Biografia de John Locke
John Locke nasceu em 1632, na Inglaterra, em um pequeno povoado ao norte da ilha. Mesmo de família pobre, Locke teve acesso a colégios renomados como Westminster e Christ Church, instituição associada à Universidade de Oxford.
Por lá, conheceu a filosofia de Descartes e Francis Bacon, além de estudar Medicina, Filosofia e Ciências Naturais e ter lecionado aulas de grego, retórica e Filosofia. Morou na Holanda por cinco anos e, sete anos após seu retorno, foi nomeado membro do parlamento inglês, cargo que atuou por outros cinco anos.
Escreveu obras como “Carta acerca da tolerância”, “Ensaio sobre o entendimento humano” e “Segundo tratado sobre o governo”, dentre outros. Faleceu em 1704, na Inglaterra.
1 — “Onde não há lei, não há liberdade” — Segundo Tratado Sobre o Governo Civil
Locke acreditava que a sociedade não retirava a liberdade das pessoas, mas a normalizava. A liberdade, em seu conceito, deveria ser garantida por leis, estas feitas em consenso com a população como um todo.
2 — “O homem nasce como se fosse uma folha em branco” — Ensaio sobre o entendimento humano
A “tábula rasa” era uma das bases do empirismo, contrariando o chamado inatismo, que dizia que as almas compartilhavam um certo estoque de informações. Locke acreditava que todo ser tem faculdades mentais para adquirir conhecimento, mas com limites temporais, científicos e a partir das próprias experiências de vida.
3 — “O que te preocupa, te escraviza”
Locke pregava que as pessoas deveriam se libertar de preocupações sobre as quais elas não tem responsabilidade. Esse esforço, preocupar-se, portanto, seria uma demanda errada de tempo, gerando desgastes desnecessários.
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4 — “As pessoas sempre esquecem que a felicidade humana é uma atitude mental e não depende das circunstâncias”
O pensamento sobre as escolhas humanas fica evidenciado nesta frase, em que Locke avalia que o olhar das pessoas sobre os acontecimentos é parte fundamental da “felicidade verdadeira”, que é a busca de cada ser.
5 — “As coisas que crianças aprendem melhor não são as que os pais lhes ensinam, mas aquelas que os pais permitem que aprendam por si mesmas”
Locke defendia que as crianças tinham uma motivação natural para o aprendizado, e que, por conta disso, era necessário oferecer os conhecimentos de maneira participativa, estimulando-as de forma ativa no processo.
6 — “Toda a riqueza é o resultado do trabalho” — Segundo tratado sobre o governo
Para Locke, o trabalho do corpo é uma propriedade privada, e quem o faz, transforma algo para sua satisfação pessoal. Apropriar-se da natureza é um ato de trabalhar, o que é um processo de individualização”.
7 — “É mais fácil avaliar do espírito de qualquer pessoa pelas suas perguntas do que pelas suas respostas”
Se Locke acreditava que o conhecimento provém da experiência, parte do conhecimento inclui questionar e perguntar sobre temas e situações de forma geral. Assim, a busca pelo conhecimento parte das perguntas, e não necessariamente das respostas delas.
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8 — “Os pais se perguntam por que as águas do rio são amargas quando eles mesmos envenenam a fonte” — Alguns pensamentos sobre a educação
Nessa frase, Locke segue seu conceito de tábula rasa e afirma que é na infância que os princípios e conceitos são apresentados às pessoas, portanto, as ações dos pais podem ser “contaminadoras” quando transmitimos conhecimento às crianças.
9 — “O mais precioso de todos os bens é o poder sobre nós mesmos”
Ao falar sobre liberdade de escolha, Locke se torna um dos pais do liberalismo, vertente política que destaca tal valor. A frase, portanto, ilustra a importância que o filósofo dá às escolhas pessoais e ações sobre as quais as pessoas têm, de fato, responsabilidade para agir.