Concordância Verbal: o que é, como fazer e exemplos!
markus-winkler-GoQC90FiMjY-unsplash (1)

Concordância Verbal: o que é, como fazer e exemplos!

A construção de uma redação apresenta diversos detalhes que garantem a clareza do texto, como: a concordância verbal e nominal, a disposição dos parágrafos e sentenças, a coerência entre as ideias, a sequência lógica, entre outros fatores.

Ao perceber isso, o Estratégia Vestibulares preparou um resumo com os maiores exemplos e definições sobre concordância verbal. Confira a seguir!

O que é Concordância Verbal?

A concordância verbal é o ato de alinhar os termos conforme gênero, número e/ou grau para que se encaixem no verbo principal da frase, ou seja, o verbo varia de acordo com a pessoa, número e grau.

Quais os tipos de concordância verbal?

A concordância verbal pode abranger diversas formas, conforme a sintaxe da frase se altera. Veja exemplos logo abaixo!

Concordância entre verbo e sujeito 

Esse tipo de concordância é dada pelo encaixe entre verbo e sujeito, seja ele simples ou composto.

  • Sujeito Simples: para a construção da frase “ela gosta de chocolate”, é preciso perceber que o sujeito “ela” é um pronome singular, assim, o verbo acompanha a singularidade. Acompanhe outros exemplos:
    • “Elas viajam todo ano” = sujeito plural, verbo plural (sujeito + verbo + complemento)
    • “Os amigos são felizes” = sujeito plural, verbo plural (sujeito + verbo + complemento)
  • Sujeito Composto: na concordância verbal de sujeitos compostos, o verbo pode concordar em diversas formas. O verbo deve ser conjugado na 1° pessoa se houver o sujeito eu ou nós, o verbo deve ser conjugado na 2° pessoa se houver o sujeito tu ou vós, e o verbo conjugado na 3° pessoa acontece quando não há sujeito. Confira:
    • Concordância com os dois núcleos simultaneamente: “A covardia e o medo nos limitam” = o verbo limitar se associa à “covardia” e ao “medo”
    • Concordância com o núcleo mais próximo: “Limita-nos a covardia e o medo” = o verbo “limitar” se manteve no singular, com associação ao núcleo do sujeito “covardia”
    • Concordância entre sujeitos de pessoas gramaticais diferentes: “Eu, minha mãe e meu pai compramos uma casa” = o verbo “comprar” é flexionado na primeira pessoa do plural, ou seja, “nós compramos”.
    • Sujeitos ligados por “com” ou “nem” serão flexionados para o plural. Como em: “Nem eu, nem  você iremos” ou “A garota com seus amigos dançaram muito”

Concordância para verbos infinitivos

  • No caso de locuções verbais com verbos no infinitivo, somente o primeiro termo será flexionado: “Devemos nos empenhar neste processo” = o verbo “dever” concorda com a primeira pessoa do plural, “nós”, e o verbo “empenhar” mantém-se no infinitivo impessoal.
  • Os infinitivos que admitem valor substantivo não precisam ser flexionados, como em “Sorrir faz a vida melhor”.
  • Quando regidos por preposição, os verbos também não devem ser alterados, por exemplo: “Escolhemos por amar”.
  • Em ocasiões de ordenação, com valor imperativo, os verbos infinitivos não se alteram. Como na frase “Vá comer logo, garoto!”

Concordância da palavra “se”

  • Pronome apassivador do sujeito: muito utilizado em anúncios, o pronome apassivador do sujeito aparece quando o sujeito da oração é tido como um termo paciente.

Em uma transcrição didática, a frase “alugam-se casas” admitiria a conformação de “casas são alugadas”. Isso evidencia que o substantivo “casas” é um sujeito da voz passiva. Assim, o verbo concorda com o sujeito paciente.

  • Índice de Indeterminação do Sujeito: são sentenças em que a palavra “se” aparece, mas que não admitem a voz passiva, assim, o verbo permanece na 3° pessoa do singular. Para melhor compreensão, acompanhe o exemplo a seguir:

Na sentença “Precisa-se de novos investimentos”, a voz passiva é impossível, pois  a sequência “novos investimentos são precisados” não é coerente em sentido e significado. Assim, podemos observar a presença do “índice de indeterminação do sujeito”. Nesse caso, o verbo não precisa entrar em concordância com o sujeito.

Expressões, palavras e orações específicas

  • Substantivos coletivos: nesse caso o verbo pode admitir concordância singular e plural, a critério do autor. Por exemplo “A turma de alunos gritou” ou “A turma de alunos gritaram”.

Para aqueles substantivos coletivos partitivos a regra é a mesma, como em “Grande parte dos amigos se salvou” ou “Grande parte dos amigos se salvaram”.

  • Pronome “quem”: o verbo deve se encaixar ao termo antecedente ao pronome “quem” ou se manter na terceira pessoa do singular. Por exemplo: “Eu quem derrubei o suco” ou “Eu quem derrubou o suco”.
  • Verbos impessoais: devem ficar na terceira pessoa do singular. Como modelo: “Havia medo e fadiga entre nós”.

Qual a função?

A aplicação e disposição das frases com a concordância verbal correta permite a reparação de possíveis ambiguidades e inadequações no texto. Por exemplo: 

De forma análoga, essa compreensão ajuda na construção das figuras de linguagem sintáticas – o que confere características literárias e valor linguístico para o escrito.

Qual a diferença entre concordância verbal e nominal?

Agora que você já conhece as principais formas de concordância verbal, é importante diferenciá-las das concordâncias nominais.

A concordância nominal se estabelece quando a modificação é feita no substantivo para que se harmonize com os outros termos da oração.

Como em: “Seguem anexo as faturas” que é uma construção incorreta. Para que a organização sintática fique adequada, a frase deve ser “seguem anexas as faturas”.

Veja também:

Você pode gostar também