Por que, por quê, porque, porquê? E agora… Qual usar? Quem nunca se deparou com o uso dos porquês e não soube qual termo empregar da forma correta. Foi para tirar essa dúvida que o Estratégia Vestibulares escreveu este artigo. Depois daqui, o uso dos porquês nunca mais vai ser um problema na sua vida.
Sim! É muito comum ver as pessoas confundirem o uso dos termos. E, a primeira coisa que você precisa ter em mente é: contexto. O uso do porque vai depender estritamente do que exatamente você está falando. Você vai conhecer bem todos os porquês e logo vai perceber o quanto é fácil.
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Uso dos porquês: quando usar cada um
Vamos a algumas regrinhas básicas que você pode levar em conta no uso do porque.
- por que = pode usar sempre para perguntas
- porque = pode usar sempre para quando for responder
- por quê = uso comum ao final de perguntas
- porquê = sinônimo de razão, motivo, circunstância
A tirinha a seguir retrata bem o que estamos tentando dizer.
Quando usar o por que?
Retomamos à tirinha. No primeiro quadrinho, temos o menino fazendo a seguinte pergunta: Por que é separado? Neste caso, o autor empregou o uso do porque da forma correta (separado e sem acento). Usado normalmente em perguntas, e no começo das frases, este porque assume a função de pronome interrogativo.
Exemplos:
- Por que você fez isso?
- Por que ele faltou à aula hoje?
- Por que não foi ao baile?
- Por que você faltou hoje?
O “por que” também pode ser utilizado no meio de frases e orações não-interrogativas, assumindo a função de pronome relativo. Nesse caso, o por que substitui expressões como “pelo qual” e “por qual“.
Exemplos:
- O lugar por que eu passei é lindo.
- Não entendo o motivo por que tantas dúvidas.
- Não sei por que você não quer ir.
Quando usar o porque?
Enquanto o por que (separado e sem acento) é utilizado, normalmente, em frases interrogativas, o porque (junto e sem acento) será utilizado para responder ao questionamento. Nesse caso, o porque assume a função de conjunção explicativa.
Exemplos:
- Passei porque estudei.
- Não queria sair porque não me sentia bem.
- Não fui ao cinema porque precisava estudar para a prova.
- Leve o casaco porque vai fazer frio.
Quando usar o porquê?
Já o porquê (junto e com acento) você sempre vai utilizar como sinônimo de motivo, causa, indagação, razão. Por ter a função de substantivo, o “porquê” admite o uso do artigo definido ou indefinido, podendo ser flexionado no plural. Pode aparecer, ainda, junto de um pronome ou numeral.
Exemplos:
- Não sei o porquê te tanto medo.
- Qual é o porquê desta vez?
- Você precisa me dizer o porquê.
- Todos estavam chorando, mas ninguém me disse o porquê.
É fácil observar esse exemplo no último quadrinho da tirinha, quando um dos interlocutores fala “O porquê eu não sei!”. Na substituição pelo sinônimo, teríamos “O motivo eu não sei!”; “A causa eu não sei”.
Quando usar o por quê?
E, para finalizar, o por quê (separado e com acento) é utilizado normalmente ao fim de frases interrogativas, seguido sempre de um ponto de interrogação ou ponto final. O “por quê” é formado pela preposição “por” seguida do pronome interrogativo tônico “quê”.
Exemplos
- Ele chorou na aula. Você sabe por quê?
- Você vai a pé, por quê?
- Você não comeu? Por quê?
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