5 alusões históricas coringa para usar na redação

5 alusões históricas coringa para usar na redação

O Estratégia Vestibulares preparou esse artigo com alusões históricas coringa, que podem ser usadas em diversas redações, para ajudar na sua argumentação

Para uma redação nota mil no Enem é necessário cumprir com maestria cada uma das cinco competências que serão avaliadas pela banca. Para cumprir os critérios das competências 2 e 3, é necessário utilizar repertórios socioculturais que se relacionem com o tema e sirvam de apoio e argumento para a tese. Para te ajudar, trazemos neste artigo alusões históricas coringa para enriquecer seu repertório.

Antes de mais nada é importante lembrar: qualquer repertório deve fazer sentido com o tema e a tese que será desenvolvida a partir da proposta de redação. Citações soltas, fora de contexto ou imprecisas podem, inclusive, tirar pontos. A recomendação do professor de redação Wagner Santos é: na dúvida, não utilize.

“Alusão histórica não é aquilo que a gente acha, mas sim aquilo que a história considera como versão oficial. Ainda que a gente viva em um momento ideológico em que a gente questiona muita coisa, em que verdades históricas se tornam não-verdades, temos que tomar cuidado com isso”, explica o professor.

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Ou seja, nada de tentar reinventar a história ou contestar fatos que são versões oficiais da disciplina, combinado? Com o cuidado devido e seguindo as dicas das aulas de redação a nota mil fica ainda mais próxima. Vamos às alusões históricas coringa?

5 alusões históricas para usar na redação

A alusão histórica trata-se de uma menção ou resgate de um acontecimento histórico que serve para contextualizar uma situação ou problema do presente. Por exemplo, se hoje é necessário criar políticas públicas contra o racismo e pela inclusão de pessoas negras na sociedade, é porque no passado houve o período de escravização de africanos pelos europeus. 

Nesse sentido, como a redação do Enem 2016 foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” e a segunda aplicação do exame (que ocorreu devido a ocupação de algumas escolas por estudantes secundaristas), foi sobre “Caminhos para combater o racismo no Brasil” em ambos os casos caberia a alusão histórica do período do tráfico de escravos e suas consequências para os dias atuais. 

Portanto, use as alusões históricas coringa com sabedoria e, acima de tudo, respeitando seus contextos e relações com o tema e a tese desenvolvida. 

O Estratégia Vestibulares preparou esse artigo com alusões históricas coringa, que podem ser usadas em diversas redações, para ajudar na sua argumentação

1. Criação da Internet em 1969

Atualmente é difícil pensar em algum aspecto da vida que não esteja atrelado à internet. Desde a forma como nos comunicamos até os meios pelos quais nos informamos e trabalhamos está ligada à rede. As redes sociais também têm um forte efeito sobre nossas emoções, crenças e até sobre a política.

Caso qualquer um desses temas apareça como tema de redação, é possível remeter à origem da internet. A primeira internet, “Arpanet”, foi desenvolvida em 1969 pelo Departamento de Defesa dos EUA como forma de comunicação entre laboratórios científicos e militares.

Em 1987 o primeiro uso comercial foi liberado nos EUA e em 1992 começam a surgir as primeiras empresas de provedores de internet. No Brasil, a exploração comercial foi feita a partir de 1995. Menos de 30 anos depois, é muito difícil de imaginar a vida fora da rede. 

Como referenciar?

Pode ser utilizada para falar sobre o fato de ser nova, mas já ser a principal forma de comunicação na sociedade, entre as empresas e sobre a dependência econômica atual, especialmente em tempos globalizados. 

Enem 2018: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

2. O legado colonial

O período colonial no Brasil durou quase 400 anos e formou grande parte da elite brasileira que até hoje comanda o alto escalão da economia em diversos setores. Famílias inteiras remontam heranças que datam a época das capitanias hereditárias (que são hereditárias por um motivo).

Nesse sentido, uma série de desigualdades do presente como o racismo, a pobreza, a concentração de terras e a questão do marco temporal indígena que se discute no congresso, bem como as elites políticas atuais podem ser contextualizadas a partir desse período. 

É muito importante lembrar dos marcos históricos, como a Lei de Terras de 1850, a abolição da escravatura em 1888, além do incentivo à imigração europeia no início do século XX com a tentativa de branqueamento da população, o que privou os ex-escravos do acesso ao mercado de trabalho capitalista.

Como referenciar?

É importante lembrar que o período colonial foi muito mais do que um sistema de exploração econômica e dominação política: foi um estilo de vida, uma forma de ver o mundo que dá a sustentação a grande parte das discriminações do presente, como contra mulheres, negros e outras minorias.

Enem 2016: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

3. Imperialismo 

O Imperialismo é um período que remete ao neocolonialismo, especialmente no continente africano e asiático, quando há a divisão do continente africano na Conferência de Berlim em 1885 e mantida até os dias de hoje.

Trata-se de um regime de exploração econômica que se baseava em valores de supremacia racial e na exploração econômica do continente africano pelos países europeus. É a partir desse processo que se inicia uma série de conflitos culturais e problemas sociais e políticos que se arrastam até os dias atuais. 

Como referenciar? 

As práticas imperialistas podem ser convocadas sempre que fizer sentido referenciar questões globais e humanitárias, como os conflitos migratórios, grupos terroristas anti coloniais e sobre a questão da extrema pobreza no mundo contemporâneo. Por isso, esse período é uma das alusões históricas coringa de extrema importância!

Redação Enem 2012: “O movimento imigratório para o Brasil no Século XXI

4. Ditadura Militar no Brasil

A ditadura militar se iniciou com o golpe de 1964 e que tirou do poder o então presidente João Goulart. Sob pretexto de uma suposta ameaça comunista, a ditadura foi um período de restrições de liberdade e supressão dos direitos políticos e da cidadania brasileira.

A questão militar acompanha o Brasil desde a Proclamação da República, com ideais positivistas e autoritários da ala mais conservadora da política brasileira. A ditadura é conhecida pela censura nas artes, pelo desaparecimento de políticos, artistas e intelectuais contrários ao regime, além do mascaramento de dados oficiais.

Como referenciar?

Uma série de questões atuais nos remetem aos anos de chumbo, como a ideologia autoritária que persiste na sociedade brasileira, o medo de uma ameaça comunista e os constantes debates sobre a anistia dada aos militares que cometeram crimes neste período. É possível referenciar em temas sobre a democracia, sobre sistemas políticos e sociedades sob controle e vigilância.

Enem 2009: “O indivíduo frente à ética nacional”

5. Idade média

A idade média é conhecida por ser um período de formação da Europa atual, com forte domínio da Igreja Católica e que serve como base ideológica para grande parte dos acontecimentos históricos. 

Neste período houve o Tribunal da Santa Inquisição, a perseguição a intelectuais, o obscurantismo na ciência e a pandemia da Peste Negra, citando alguns exemplos. Até mesmo a perseguição contra as bruxas e o papel destinado à mulher pela Igreja podem remeter a este contexto histórico. Ou seja, existem diversos paralelos que se pode fazer com a sociedade atual sobre essa série de temas. 

Como referenciar?

É possível falar sobre o período da idade média em temas filosóficos como a questão da verdade científica e a crença religiosa, em temas como a questão das pandemias e crises sanitárias comparando períodos passados com o presente, sobre a influência da religião na cultura e ideologia dos povos, além de revoltas sociais que foram reprimidas nesse período.

Enem 2015: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

Veja também? 7 filmes e documentários sobre mulheres na ciência para aumentar seu repertório sociocultural

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