Compreender o comportamento da atmosfera, a dinâmica do clima e os fenômenos climáticos é importante para diversas áreas da ciência: biologia, física, química, geografia, entre outros. Por isso, existem ramos científicos que se dedicam ao estudo dos hábitos atmosféricos e aparecem nas provas, como pode ser vista a climatologia no Enem.
Para te ajudar com o entendimento desse assunto, o Estratégia Vestibulares preparou um resumo de climatologia com as principais informações e conceitos: altitude, longitude, maritimidade, continentalidade, massas de ar e correntes marítimas. Confira a seguir!
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O que é Climatologia?
A climatologia geográfica é uma ciência voltada para o estudo do tempo atmosférico no decorrer de longos intervalos temporais. Sua principal função é prever e determinar o comportamento climático de uma certa região e entender como isso interfere nas interações sociais das variadas espécies vivas.
O desenvolvimento desse ramo científico começou no Mundo Antigo. Existem evidências, por exemplo, de que estudiosos gregos como Aristóteles e Hipócrates já se dedicaram a estudar os fenômenos climáticos.
Posteriormente, com o aparecimento das teorias heliocêntricas, os teóricos passaram a procurar a influência dos astros sobre os modos de vida e sobrevivência nos diferentes ambientes que conheciam. Por fim, os estudos evoluíram e são de grande importância para a sociedade atual.
De certa forma, por exemplo, a climatologia no Enem pode aparecer em termos da influência no aperfeiçoamento da agricultura: as estações do ano, os comportamentos do tempo atmosférico, o local ideal para o plantio de determinadas espécies, entre outros pontos importantes para a subsistência humana.
O que é clima?
O clima é definido a partir da média das condições atmosféricas de um local, em um intervalo longo de tempo, que fica por volta de 20 anos. Para determinar o tipo climático, utilizam-se elementos como a temperatura, a umidade relativa do ar e a pressão atmosférica.
Alguns fatores da localização determinam o desempenho do clima. Conheça melhor nos tópicos a seguir:
Latitude
A latitude é a distância da região até a linha do Equador. Por meio dela, o mapa é dividido em paralelos, os círculos que demarcam o globo terrestre.
Conforme a localização se afasta do marco equatorial, mais frio se torna o clima, o que permite a criação de zonas climáticas, como demonstra a imagem abaixo:
Tudo isso se baseia no grau de inclinação dos raios solares em cada zona representada. De forma que na linha do Equador, a incidência da luz é perpendicular e permite maior uniformidade para o clima.
Por outro lado, nas regiões mais distantes da geosfera, ocorre uma maior inclinação dos feixes luminosos solares e isso influencia na temperatura mais gélida desses locais.
Altitude
A altitude é uma medida utilizada para determinar a distância em altura até o nível do mar. Ou seja, na praia a altitude é baixa, enquanto nas grandes montanhas, como o Everest, ela atinge a casa dos milhares.
Assim como a latitude, a altitude interfere na temperatura da região. Quanto mais alto é o lugar, mais frio ele é. Por isso, é muito comum ver fotos e representações de grandes montanhas com neve acumulada no cume — ideia que ilustra os baixos níveis termométricos do lugar.
Maritimidade
A maritimidade é uma grandeza geográfica que determina a proximidade da região de corpos d’água. Conforme as características físicas e químicas do H2O, esse composto atua como um regulador térmico eficiente.
Isso é um fato porque quando uma área está próxima de rios, lagos e mares, a amplitude térmica ao longo do ano é menor do que em zonas secas. Por exemplo, na região amazônica, devido a presença da umidade do rio, as temperaturas são pouco variáveis ao longo do ano.
Continentalidade
Em oposição ao conceito de maritimidade, a continentalidade indica um distanciamento relevante das regiões hídricas. A ausência da água como regulador térmico influencia numa variação de temperatura maior ao longo do tempo.
Por essa razão, nesses locais a amplitude térmica tende ser grande. Imagine um deserto, por exemplo, a falta d’água determina um calor acentuado nos períodos diurnos e uma noite extremamente fria — esse é um grande modelo de localização e continentalidade.
Correntes marítimas
As correntes marítimas são corpos d’água que se deslocam dentro do mar. De uma maneira específica, cada corrente consegue se juntar em um fluxo direcionado de água em meio ao ambiente marinho.
Uma analogia seria imaginar um rio de água salgada que corre sozinho no meio do oceano. Nesse caso, conforme viajam de uma localidade para outra, as correntes influenciam na umidade e temperatura das regiões litorâneas.
Por exemplo, as correntes de água fria favorecem a condensação dos vapores de água e promovem a queda de chuvas no meio do oceano — o que dificulta a chegada de nuvens às praias. Por isso, os litorais de água fria apresentam baixa umidade relativa do ar, como a região do Atacama, no Chile.
Em outro cenário, as correntes marítimas de água quente influenciam na formação e “transporte” de nuvens até os litorais. Por essa razão os litorais de água quente são úmidos, como acontece no Brasil.
Massas de Ar
São corpos de ar que se transportam ao redor do globo terrestre. Conforme as leis da física, o ar em movimento (popularmente chamado de vento) se desloca de regiões com alta pressão atmosférica para zonas de menor pressão.
Desse modo, os pontos onde a pressão da atmosfera é alta são chamados de anticiclonais, ou seja repelem o vento repelem o ciclone. De maneira análoga, os locais em que a pressão é baixa atraem as massas de ar e são denominadas zonas ciclonais.
A dinâmica desses corpos do ar pode influenciar na determinação de regiões mais úmidas ou mais secas. Em outros casos, elas também indicam as estações do ano.
Climatologia no Enem e vestibulares: questões
UEG 2015
Observe a figura a seguir.
Considerando-se a representação na figura, verifica-se que a pressão atmosférica é
arn:enhancement-cfcea55a-5473-4cff-a31d-d0bd3038d9c6″ class=”textannotation”>) menor na cidade de Santos, em decorrência da maritimidade.
b) maior na cidade de Santos, em decorrência da menor altitude.
c) maior na cidade de São Paulo, em decorrência da maior <span id=”urn:enhancement-b4c0d138-6e59-4879-8839-baee891df6a6″ class=”textannotation”>altitude.
d) menor na cidade de São Paulo, em decorrência da continentalidade.
A altitude é menor na cidade de Santos do que em São Paulo. Esse fator climático se relaciona diretamente com a pressão atmosférica, nesse caso, quanto menor a altitude maior a pressão atmosférica. Note:
Quando a altitude é baixa, como em Santos, a coluna de ar formada possui maior volume e pode exercer maior pressão. Enquanto isso, em São Paulo, a coluna de ar é menor e menor barométrica.
A continentalidade e maritimidade, por outro lado, só se relacionam com a proximidade ou distância dos corpos d’água — conceitos não abordados pela imagem. Desse modo, a alternativa B: a pressão atmosférica é maior na cidade de Santos, em decorrência da menor altitude.
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