Compreender as formas de relação dos países ao longo do tempo é importante para o entendimento do panorama histórico-cultural dos territórios. O imperialismo, por exemplo, é uma forma comum de associação entre as nações.
Por essa razão, o Estratégia Vestibulares preparou um artigo com as principais informações sobre os tipos de regimes imperialistas que marcaram a história da humanidade. Além disso, ao final, você encontra questões resolvidas por nossos professores. Confira!
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O que é imperialismo?
O imperialismo consiste nos diversos atos e modos de dominação que iniciaram no século XIX e se estenderam até o século XX. Ele abrange a economia, a política, a cultura e a organização social dos povos atingidos.
O principal objetivo das dominações imperialistas era a conquista de territórios em que se estabeleceram mercados consumidores e fonte de matérias primas. Nesse momento, a indústria começa a ter forte influência sobre as interações entre as nações.
Desse modo, países desenvolvidos e industrializados se colocavam em uma posição de superioridade frente aos outros países. Assim, as nações subdesenvolvidas eram consumidoras dos produtos industrializados fabricados na Europa.
Tal cenário criou um elo de dependência e exploração entre os povos pobres e os ricos, uma vez que as pátrias menos industriais eram induzidas a fornecer matéria prima para as grandes indústrias europeias.
Em suma, os europeus representam uma forte figura imperialista nos séculos passados. Assim, as grandes potências europeias foram responsáveis por comandar territórios de outros continentes, principalmente na África, seguidos por Ásia e América.
Imperialismo nos continentes
Um grande marco do imperialismo europeu é o Tratado de Berlim, assinado em 1878, na cidade de Berlim, na Alemanha. Esse documento versa sobre a possibilidade de dominação europeia sobre territórios africanos. Além disso, a exploração era implantada por meio de estratégias militares violentas.
A grande justificativa para as atitudes imperialistas era o darwinismo social. Nessa teoria, assim como as espécies, as sociedades evoluem e seria possível separar povos como superiores ou inferiores, conforme o grau de evolução social.
Nesse contexto, os europeus se consideravam mais civilizados e desenvolvidos que os povos de outros continentes. Por isso, as investidas dominadoras eram vistas como atos de missão civilizatória, nos quais a “civilização” e a “ordem” estavam sendo apresentados para as outras populações.
Outra ideia muito difundida era a eugenia. Também de cunho discriminatório, essa teoria acreditava que os indivíduos de pele branca eram bem nascidos e traziam evolução para o território, enquanto outros fenótipos eram subestimados.
Por isso, em alguns países como o Brasil, foram implantadas políticas de “branqueamento da população” — o que, supostamente, favoreceria o desenvolvimento da nação.
Dessa forma, as ideias etnocêntricas e eurocêntricas que circulavam na população europeia foram determinantes para o fortalecimento do imperialismo ao redor do mundo. Além disso, as investidas de dominação ocasionaram desenvolvimentos tardios em diversos países, como o Brasil, por exemplo.
Capitalismo Financeiro
Conforme o teórico russo Vladimir Lênin, atuante na revolução russa, o imperialismo seria uma forma avançada de capitalismo. Isso porque, segundo ele, as atitudes imperialistas visam alcançar novos focos de exploração.
Em termos práticos, o capitalismo necessita de matéria prima e mercado consumidor para seu crescimento. Com isso, é necessário que as potências explorem outros territórios e conquistem tais elementos que são cruciais para seu desenvolvimento econômico — situação que induz ao imperialismo.
Imperialismo: Colonialismo X Neocolonialismo
O colonialismo representa a forma primária de dominação imperialista, que ocorreu entre os séculos XVI e XVII. Nesse caso, a economia predominante era mercantilista, a principal área dominada era o continente americano.
Além disso, era comum a busca por especiarias, produtos agrícolas, metais preciosos e matéria prima com uso da mão de obra escravizada. Essas atividades tinham grande influência dos Estados Modernos, como aconteceu com Portugal e Brasil, ou México e Espanha, entre outros.
O neocolonialismo, por sua vez, aparece mais recentemente na história: entre os séculos XIX e XX, com a presença imponente da burguesia. Nessa situação, a política econômica era liberalista e as principais zonas exploradas foram a África e Ásia.
No novo colonialismo, a relação era pautada por exploração e dominação dos locais com fontes de matérias primas, expansão do mercado consumidor e políticas expansionistas estratégicas nos objetivos capitalistas.
Formas de dominação imperialista
As formas de dominação imperialista são os diferentes modos com que se aplica a exploração, confira:
Protetorado
Por meio da associação com um líder local do país dominado, o país dominador consegue implantar alterações político-sociais que favorecem seus interesses imperialistas e capitalistas.
Colônia
Como aconteceu no Brasil, as colônias representam a dominação de uma metrópole sobre um outro território, chamado de colônia. Nesse caso, não é necessária a presença de indivíduos intermediários entre as duas nações e a exploração ocorre de forma direta.
Área de Influência
É a conquista de uma área de maneira indireta, nesses casos, tudo acontece normalmente no país e na região dominada. Entretanto, na pequena porção do território em que ocorre o imperialismo, as principais decisões possuem influência da potência europeia dominadora.
Econômica
A interação por meio da economia demonstra uma maneira de imperialismo que influencia as decisões dos políticos locais. Por exemplo, no Brasil, a Inglaterra utilizava seu poder monetário e industrial para favorecer as leis antiescravistas no território. Tal escolha favorece um maior mercado consumidor para sua organização capitalista.
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Questões resolvidas sobre Imperialismo
ENEM PPL 2013
A rn:enhancement-6793ccb4-fa80-4643-a4a5-0b6bfb924538″ class=”textannotation disambiguated wl-place” itemid=”https://data.wordlift.io/wl110249/entity/inglesa”>Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras. 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma
a) cruzada religiosa
b) catequese cristã.
c) missão civilizatória.
d) expansão comercial ultramarina.
e) politica exterior multiculturalista.
Conforme as ideias imperialistas se fortaleciam, as estratégias de justificação foram criadas com base em uma suposta hierarquia social entre os países.
Dessa forma, os europeus se consideravam superiores em termos econômicos e políticos. Isso fazia com que acreditassem que suas atitudes de dominação eram, na verdade, maneiras de salvar os povos “menos civilizados”. Tal fato é percebido no trecho: “elas são inferiores; nos, superiores, e assim por diante.”
Por essa razão, a alternativa correta é a letra C.
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